5/2/2016 às 09h34 (Atualizado em 5/2/2016 às 09h47)
Chefe de Direitos Humanos da ONU defende direito de aborto em gravidez com zika
Vírus foi associado no Brasil a microcefalia, uma condição de má formação de cérebros de bebês

Crescente número de casos de microcefalia associados ao zika tem ampliado as discussões sobre o aborto no BrasilReuters
O principal comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra'ad Al Hussein, conclamou nesta sexta-feira (5) para que os países com o zika vírus disponibilizem aconselhamento sobre saúde sexual e reprodutiva para mulheres e permitem o direito ao aborto.
"As leis e as políticas que restringem acesso a esses serviços devem ser urgentemente revistas em consonância com os direitos humanos, a fim de garantir na prática o direito à saúde para todos", disse ele em comunicado.
O zika vírus tem sido associado no Brasil a microcefalia, uma condição de má formação de cérebros de bebês.
"Estamos pedindo aos governos para mudar essas leis, porque como eles podem pedir a estas mulheres a não engravidar? Mas também não oferecer-lhes informação que está disponível e também a possibilidade de interromper a gravidez se assim desejarem", disse em entrevista coletiva a porta-voz do comissário da ONU, Cecile Pouilly, quando questionada sobre países tais como El Salvador que criminalizam o aborto.
No Brasil, onde o aborto também é criminalizado, o crescente número de casos de microcefalia associados ao zika, tem ampliado as discussões sobre o assunto.
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