Vídeo Aula 127 - Osteologia - Fraturas: Estágios de Consolidação - Sistema Ósseo/Esquelético
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Fratura de tíbia - Diafisaria
Normalmente a fratura dos ossos longos é decorrente de uma grande força e outras lesões ocorrem frequentemente com estes tipos de fraturas.
Anatomia A perna é formada por dois ossos: a tíbia e a fíbula. A tíbia é o maior dos dois ossos. Ele suporta a maioria do peso corporal e é uma parte importante da articulação do joelho e do tornozelo.
Tipos de fraturas diafisárias da tíbia A tíbia pode quebrar de diversas formas. A gravidade da fratura geralmente depende da quantidade de força que causou a fratura. A fíbula é muitas vezes quebrada também.
Os Tipos mais comuns de fraturas tibial incluem:
Fratura estável: Este tipo de fratura apresenta pouco descocamento os ossos estão próximos e não tem a tendencia de sair do lugar. As extremidades dos ossos estão alinhados. Em uma fratura estável, os ossos costumam ficar no local durante a cicatrização.
Fratura deslocada ou desviada: Quando um osso quebra e é deslocado, as extremidades quebradas são separados e não se alinham. Estes tipos de fraturas geralmente exigem cirurgia para colocar os fragmentos ósseos de volta no lugar.
Fratura transversa: Este tipo de fratura tem uma linha de fratura horizontal. Essa fratura pode ser instável, especialmente se a fíbula também está quebrada.
Fratura oblíqua: Este tipo de fratura tem um padrão angular e normalmente é instável. Se uma fratura oblíqua é inicialmente estável ou minimamente deslocada, ao longo do tempo pode desviar. Isto é especialmente mais frequente se a fíbula não está quebrada.
Fratura espiral: Este tipo de fratura é causada por uma força de torção. O resultado é uma espiral em forma de linha de fratura sobre o osso, como uma escada em caracol. Fraturas em espiral podem ser deslocadas ou estáveis, dependendo da quantidade de força que provocou a fratura.
Fratura cominutiva ou multifragmentar: Este tipo de fratura é muito instável. O osso quebra em três ou mais fragmentos.
Fratura exposta: Quando os ossos quebrados rompem a pele, eles são chamados de fraturas expostas ou abertas. Por exemplo, quando um pedestre é atingido pelo pára-choques de um carro em movimento, a tíbia quebrada pode se projetar através de um rasgo na pele e de outros tecidos moles.
Fraturas expostas muitas vezes envolvem muito mais danos para os músculos ao redor, além de tendões e ligamentos. Eles têm um maior risco de complicações como infecção e levam mais tempo para curar.
Fratura fechada: Com esta lesão, os ossos quebrados não romper a pele. Apesar da pele não está lesada, internamente os tecidos moles ainda podem ter sido seriamente danificados. Em casos extremos, inchaço excessivo pode cortar o fornecimento de sangue e levar a morte do músculo, e em casos raros amputação ( Síndrome compartimental).
Causas
Colisões, quedas de moto e acidentes de alta energia de alta energia, são causas comuns de fraturas da diáfise tibial. Em casos como estes, o osso pode ser quebrado em vários pedaços (fratura cominutiva) Raramente podem quebrar em esportes como no futebol, quando a fratura ocorre com traumas menores precisamos avaliar a possibilidade de fraturas patológicas, atletas que quebram a perna com traumas que habitualmente não produzem fratura podem ter uma história prévia de dor após os treinos e apresentarem um trinca (fratura de estresse) por overtraining.
Lesões esportivas: Essas fraturas são normalmente causados por uma força de torção e resultam em um tipo oblíquo ou espiral de fratura.
Quais os sintomas da fratura de tíbia?
Os sintomas mais comuns de uma fratura diafisária da tíbia são:
- Dor
- Incapacidade de caminhar ou suportar o peso sobre a perna
- Deformidade ou instabilidade da perna
- Osso saliente sob a pele
- Perda ocasional da sensibilidade no pé
Exame médico
É importante
que o seu médico saiba as circunstâncias de como ocorreu a fratura. Por
exemplo, se você caiu de uma árvore, até onde você caiu? É tão
importante para o seu médico para saber se você sustenta qualquer outros
ferimentos e se você tiver outros problemas médicos, tais como
diabetes. O médico também precisa saber se você toma qualquer
medicação. Depois de discutir os seus sintomas e história médico, o
médico fará um exame cuidadoso, irá avaliar o seu estado geral, e em
seguida se concentrar em sua perna.
- Deformidade óbvia, tais como angulação ou encurtamento (as pernas não têm o mesmo comprimento)
- Fissuras na pele
- Contusões (escoriações)
- Inchaço
- Proeminências ósseas sob a pele
- Instabilidade (alguns pacientes podem reter um certo grau de estabilidade se a fíbula permanece intacta ou a fratura for incompleta, essa podem se completar com um trauma mais forte)
Testes e Exames de Imagem
Outros exames que podem ajudar o médico a confirmar a sua fratura incluem:
Raios X
Raios-X pode mostrar se o osso está quebrado e se há deslocamento (a
distância entre os ossos quebrados). Eles também podem mostrar quantos
pedaços de osso existem. Os raios X são úteis para identificar o
envolvimento do joelho ou tornozelo e a presença de uma fratura da
fíbula.
A tomografia computadorizada (TC)
Depois de revisar o exames de raios-x, o ortopedista pode recomendar uma
tomografia computadorizada da perna. Isto é feito frequentemente, se há
uma fratura estendendo-se para a região do joelho ou tornozelo. A
tomografia computadorizada mostra uma imagem de corte transversal do
membro. Ele pode fornecer ao seu ortopedista informações valiosas sobre a
gravidade da fratura.
Tratamento da Fratura de Tíbia
No planejamento de seu tratamento, o ortopedista irá considerar várias coisas, incluindo:
- A causa da lesão ( trauma agudo, fratura de estresse que se completou, etc)
- A saúde geral do Paciente
- A gravidade da lesão
- A extensão dos danos dos tecidos moles
- Tem doenças sistêmicas que dificultam o tratamento operatório ( diabetes, doença vascular)
- Pessoas sedentárias, que por isso são mais capazes de tolerar pequenos graus de angulação ou diferenças no comprimento da perna.
- Têm fraturas fechadas com apenas dois fragmentos de ossos grandes e com deslocamento pequeno
Tratamento com aparelho Gessado.
Um método de tratamento não cirúrgico é o gesso tipo PTB ( Patelar
Tendon Bearing - gesso de contato total com apoio no tendão patelar
descrito por Sarmiento) Inicialmente é usada uma calha, depois um gesso
completo: cruro podálico e finalmente o PTB. Depois de semanas no gesso,
ele pode ser substituído com um imobilizador ou brace funcional e
iniciada fisioterapia.
Tratamento Cirúrgico
O médico ortopedista pode recomendar uma cirurgia para a fratura se: - Uma fratura aberta ou exposta, ou ainda que apresente feridas que necessitam de monitoramento
- Extremamente instável devido a fragmentos de ossos soltos e grandes deslocamentos
- Fratura que não curou com métodos não-cirúrgicos
Tipos de Haste Intramedular.
Hastes intramedulares vêm em vários comprimentos e diâmetros para caber
na maioria dos ossos da tíbia. A haste intramedular é parafusado ao
osso em ambas as extremidades. Isso mantém as fragmentos ósseos na
posição correta durante a cicatrização.
Vantagens da haste Intramedular de Tíbia.
A Haste Intramedular permite uma fixação estável e forte. O paciente pode em geral pisar com apoio sobre o membro fraturado e fixado com uma haste intramedular. A técnica também torna mais provável que a posição do osso obtido no momento da cirurgia seja mantido quando comparado com a placa ou a fixação externa.
A Haste Intramedular permite uma fixação estável e forte. O paciente pode em geral pisar com apoio sobre o membro fraturado e fixado com uma haste intramedular. A técnica também torna mais provável que a posição do osso obtido no momento da cirurgia seja mantido quando comparado com a placa ou a fixação externa.
Placas e parafusos. As fraturas da diáfise da tíbia eram
rotineiramente tratados com placa e parafuso. Estas ferramentas são
reservados para fraturas onde a fixação com hastes intramedulares não é
possível ou ideal, porém é opção também em certas fraturas que se
estendem tanto para o joelho ou tornozelo.
Durante este tipo de procedimento, os fragmentos ósseos são
primeiramente reposicionados (reduzidos) em seu alinhamento normal. Eles
são mantidos juntos por parafusos especiais e placas de metal ligada à
superfície externa do osso.
Fixação externa. Neste tipo de operação, pinos de metal ou
parafusos são colocados dentro do osso acima e abaixo do local da
fratura. Os pinos e parafusos são conectados a um barra fora da pele.
Este dispositivo é um quadro de estabilização que mantém os ossos na
posição adequada para que eles possam curar e a pele cicatrizar
A fixação externa produz resultados razoáveis e é um excelente método para tratamento das partes moles.
Recuperação pós fratura de Tíbia
O tempo para voltar às atividades diárias varia de acordo com diferentes
tipos de fratura. Algumas fraturas da diáfise tibial curam dentro de
quatro meses, mas muitos podem demorar 6 meses ou mais tempo para sarar.
Isto é particularmente verdadeiro com fraturas expostas e nas fraturas
em pacientes menos saudáveis com doenças sistêmicas e desnutridos.
Movimentação precoce. Muitas vezes incentivamos o movimento das
pernas no início do período de recuperação. Por exemplo, se lesão de
tecidos moles está presente com uma fratura, o joelho, tornozelo, pé e
dedos podem ser mobilizados no início, a fim de evitar a rigidez e
evitar trombose.
Fisioterapia. Durante o uso de gesso circular ou tala, o paciente
provavelmente vai perder a força muscular no local da lesão. Exercícios
durante o processo de cura e após a remoção do gesso são importantes.
Eles irão ajudar a restaurar a força muscular, mobilidade articular e
flexibilidade.
Peso corporal. Quando o paciente começa a andar, provavelmente precisará usar muletas ou um andador.
É muito importante seguir as instruções do seu médico ortopedista em
relação a colocação ou não de peso ( carga) sobre o perna quebrada para
evitar problemas. Em alguns casos, os médicos irão permitir que os
pacientes coloquem peso sobre a perna após a cirurgia e em outras
situações colocar peso sobre a perna é terminantemente proibido. Você
deve sempre seguir as instruções específicas dadas pelo seu cirurgião.
Dor A dor no local da fratura geralmente diminui muito antes
mesmo do osso colar. Colocar peso sem autorização médica em fraturas com
extensão metafisária e articular para o joelho ou tornozelo pode
provocar afundamento ósseo e a necessidade de cirurgia para colocação de
enxerto.
Complicações A fratura diafisária da tíbia pode causar vários danos e complicações. - Fragmentos afiados podem cortar ou rasgar os músculos adjacentes, nervos ou vasos sanguíneos.
- Inchaço excessivo pode levar à síndrome de compartimental, uma condição na qual os compartimentos da perna edemaciam e a circulação sanguinea é interrompida levando a necrose dos tecidos Isso pode resultar em consequências graves e requer cirurgia de emergência uma vez diagnosticada.
- Desalinhamento, ou a incapacidade de posicionar corretamente os fragmentos
- Infecção
- Lesão dos nervos
- Lesão vascular
- Coágulos sanguíneos - Trombose (estes também podem ocorrer sem cirurgia)
- Pseudartrose (ocorre quando osso não cura)
- Angulação
- Necessidade de outras cirurgias
Além disso, a saúde geral pode ter um efeito sobre a cura. Fumo e uso de corticosteróides afetam ambos os ossos e também a cicatrização da pele, por isso é importante informar o seu médico se você for fumante.
Fonte: http://www.marcosbritto.com/2012/01/fratura-de-tibia-diafisaria.html
23/11/2015 08h55
- Atualizado em
23/11/2015 08h55
População propensa a fratura grave vai dobrar em 25 anos, diz estudo
Mudança de perfil populacional aumentará impacto de males ortopédicos.
Osteoporose porá 319 milhões sob risco no mundo em 2040, estima fundação.
Um estudo da Fundação Internacional de Osteoporose prevê que o número
de pessoas sob alto risco de fratura vai quase dobrar em 25 anos. A
projeção foi feita com base no aumento da população global e com a
mudança do recorte da faixa de idade que está sob mais risco, acima dos
50 anos.Segundo os pesquisadores, em 2040, o planeta terá 319 milhões de homens e mulheres sob risco de sofrer uma fratura grave -- de vértebra, antebraço, úmero ou quadril -- em comparação com os 158 milhões de anos estimados para 2010.
Para projetar o número de pessoas sob risco de sofrer esses tipo de fratura os pesquisadores usaram uma simulação matemática que calculava quantas pessoas estavam em perfis de maior risco, considerando também outros fatores além de idade. Mulheres com sobrepeso e com histórico de problemas ortopédicos menos graves, por exemplo, têm maior probabilidade de sofrer uma fratura séria.
Globalmente, 18% das mulheres têm algum risco de sofrer fratura desse tipo, enquanto entre homens o risco é de 3%, mas essa proporção vai aumentar, afirmam os pesquisadores, por causa do recorte populacional sob risco. Segundo os cientistas, a Ásia é o continente onde o aumento da ocorrência de pr
O trabalho descreve a projeção epidemiológica, liderado pelo médico Anders Oden, da Universide de Sheffield (Reino Unido), foi publicado na revista "Osteoporosis International".
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/populacao-propensa-fratura-grave-vai-dobrar-em-25-anos-diz-estudo.html