15/8/2015 às 00h10
Presente em biscoitos, nuggets e pipoca, gordura trans aumenta em três vezes a chance de morte
Estudo mostra que ingrediente eleva em 34 % as mortes e em 21% as doenças do coração
Não existem níveis considerados seguros de consumo de gordura trans ao dia
Reprodução/Getty Images
As gorduras adicionadas artificialmente às comidas industrializadas,
como, por exemplo, refeições prontas, biscoitos recheados e pizzas
congeladas, podem aumentar em até três vezes o risco de morte, de acordo
com um estudo realizado pela universidade de McMaster, no Canadá.
Os pesquisadores compararam os efeitos da gordura saturada, encontrada em produtos animais como a manteiga e a carne, com a gordura trans artificial.
Os resultados mostraram que a primeira não tem qualquer ligação direta com mortes prematuras ou a doenças do coração, derrames ou diabetes tipo 2. Já a gordura trans aparece responsável pelo aumento de 34 % neste tipo de óbito.
Além disso, a gordura artificial também elevou em 21% os riscos de doenças coronarianas, com 28% mais chances de que elas sejam fatais.
O estudo foi publicado na última quarta-feira (12) na revista médica The BMJ.
Recentemente, em junho passado, os Estados Unidos anunciaram que devem proibir a gordura trans, e que o ingrediente deve ser banido das comidas americanas até 2018.
O governo britânico, por sua vez, soltou um comunicado que diz que este tipo de ação não é necessária, já que os níveis de gordura trans já foram “significativamente reduzidos” pela indústria.
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) informa em seu site que o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura trans pode causar aumento do colesterol total e do colesterol ruim (LDL), além de redução dos níveis do chamado “bom colesterol” (HDL).
O órgão acrescenta, ainda, que os rótulos dos produtos brasileiros não trazem a porcentagem do valor diário de ingestão recomendado de gordura trans porque o ingrediente deve ser consumido “o mínimo possível”.
No entanto, embora exista uma legislação que regule a rotulagem desde 2006, os fabricantes encontram uma brecha favorável no sistema: quantidades inferiores a 0,2 gramas por porção não precisam ser declaradas.
A gordura trans é usada em alimentos para aumentar seu sabor, textura e validade.
— A maior questão agora é que estamos comendo muita gordura saturada.
Russell de Souza, coordenador do estudo canadense, reforça que a gordura trans não traz qualquer benefício à saúde, e ainda representa um elevado risco.
— Sugerimos que as pessoas substituam alimentos ricos neste tipo de gordura por óleos vegetais, castanhas e cereais integrais.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/presente-em-biscoitos-nuggets-e-pipoca-gordura-trans-aumenta-em-tres-vezes-a-chance-de-morte-15082015
Os pesquisadores compararam os efeitos da gordura saturada, encontrada em produtos animais como a manteiga e a carne, com a gordura trans artificial.
Os resultados mostraram que a primeira não tem qualquer ligação direta com mortes prematuras ou a doenças do coração, derrames ou diabetes tipo 2. Já a gordura trans aparece responsável pelo aumento de 34 % neste tipo de óbito.
Além disso, a gordura artificial também elevou em 21% os riscos de doenças coronarianas, com 28% mais chances de que elas sejam fatais.
O estudo foi publicado na última quarta-feira (12) na revista médica The BMJ.
Recentemente, em junho passado, os Estados Unidos anunciaram que devem proibir a gordura trans, e que o ingrediente deve ser banido das comidas americanas até 2018.
O governo britânico, por sua vez, soltou um comunicado que diz que este tipo de ação não é necessária, já que os níveis de gordura trans já foram “significativamente reduzidos” pela indústria.
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) informa em seu site que o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura trans pode causar aumento do colesterol total e do colesterol ruim (LDL), além de redução dos níveis do chamado “bom colesterol” (HDL).
O órgão acrescenta, ainda, que os rótulos dos produtos brasileiros não trazem a porcentagem do valor diário de ingestão recomendado de gordura trans porque o ingrediente deve ser consumido “o mínimo possível”.
No entanto, embora exista uma legislação que regule a rotulagem desde 2006, os fabricantes encontram uma brecha favorável no sistema: quantidades inferiores a 0,2 gramas por porção não precisam ser declaradas.
A gordura trans é usada em alimentos para aumentar seu sabor, textura e validade.
— A maior questão agora é que estamos comendo muita gordura saturada.
Russell de Souza, coordenador do estudo canadense, reforça que a gordura trans não traz qualquer benefício à saúde, e ainda representa um elevado risco.
— Sugerimos que as pessoas substituam alimentos ricos neste tipo de gordura por óleos vegetais, castanhas e cereais integrais.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/presente-em-biscoitos-nuggets-e-pipoca-gordura-trans-aumenta-em-tres-vezes-a-chance-de-morte-15082015
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