7/8/2015 às 20h46 (Atualizado em 7/8/2015 às 21h49)
Brasil deve atingir meta de controle da hanseníase este ano, afirma coordenadora
O Brasil deve atingir este ano a meta de controlar a hanseníase como um
problema de saúde pública, afirmou a coordenadora do Programa Nacional
de Eliminação da doença, Rosa Castália Soares. Ano passado, a meta
nacional registrada no País foi de 1,27 casos a cada 10 mil habitantes.
Embora a estatística geral esteja próxima do compromisso assumido pelo País, (menos de um caso a cada 10 mil habitantes) especialistas dizem que a doença não pode ser considerada controlada. "Alguns Estados apresentam um número muito significativo de casos, como Maranhão", disse o presidente da Associação Internacional de Hanseníase, o brasileiro Marcos Virmond. "Levará ainda cerca de 50 anos para que o problema esteja totalmente controlado no País", completou.
Ele cita dois fatores para a dificuldade no controle da doença: a falta de capacitação de profissionais e problemas econômicos. "É uma doença ligada à pobreza. Basta lembrar que, na Europa, os casos foram controlados mesmo antes da existência de um tratamento", completou.
Professor da Universidade Federal do Pará, Cláudio Salgado, teme que o alcance da meta de um caso a cada 10 mil habitantes desmobilize as ações de prevenção e controle da doença em regiões que ainda necessitam de investimento e melhoria no atendimento. "Como falar que uma doença está controlada se ainda identificamos casos em crianças?"
Rosa, no entanto, descarta o risco de desmobilização. "Houve uma melhoria significativa no atendimento, na capacidade de identificação de casos. Isso vai ser mantido", garantiu. Ela lembra que o Brasil assumiu o controle de Doenças Tropicais Negligenciadas que ainda são endêmicas até 2020. "São sete no País. O controle é feito em bloco", completou.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/brasil-deve-atingir-meta-de-controle-da-hanseniase-este-ano-afirma-coordenadora-07082015
Pesquisador da Fiocruz alerta que a intervenção terapêutica para a tratar a hanseníase recomendada pela OMS não foi pensada para os idosos (população com mais de 60 anos).
O perfil etário dos novos casos de hanseníase em idosos recém-diagnosticados acompanha o envelhecimento da população brasileira. Segundo o Ministério da Saúde, em 2012, 14% dos diagnósticos da doença foram feitos em indivíduos com 60 anos ou mais.
Preocupado com este novo perfil epidemiológico da hanseníase em idosos e não idosos e suas consequências diretas, quer nas apresentações clínicas da doença, quer na evolução ao longo do tratamento e no seu desfecho, o professor José Augusto Nery, com experiência clínica de quase 30 anos no Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz e no Serviço de Dermatologia da Santa Casa do Rio de Janeiro, disse, no 8º Simpósio Brasileiro de Hansenologia, que nos últimos 23 anos, a média da faixa etária dos pacientes acompanhados no Ambulatório da Fiocruz aumentou em 10 anos e, dentre os idosos, o aumento foi de 17%.
Ele lembra que idosos geralmente fazem uso de vários fármacos, dessa forma, as complicações são observadas mais frequentemente.
Embora a estatística geral esteja próxima do compromisso assumido pelo País, (menos de um caso a cada 10 mil habitantes) especialistas dizem que a doença não pode ser considerada controlada. "Alguns Estados apresentam um número muito significativo de casos, como Maranhão", disse o presidente da Associação Internacional de Hanseníase, o brasileiro Marcos Virmond. "Levará ainda cerca de 50 anos para que o problema esteja totalmente controlado no País", completou.
Ele cita dois fatores para a dificuldade no controle da doença: a falta de capacitação de profissionais e problemas econômicos. "É uma doença ligada à pobreza. Basta lembrar que, na Europa, os casos foram controlados mesmo antes da existência de um tratamento", completou.
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Caracterizada pelo aparecimento de manchas e falta de sensibilidade nas
áreas afetadas, a hanseníase muitas vezes é confundida por
profissionais de saúde com micoses ou, em casos mais avançados, com
problemas reumáticos. "São poucos os dermatologistas que associam o
sintoma à doença. Eles estão mais preocupados com botox."Professor da Universidade Federal do Pará, Cláudio Salgado, teme que o alcance da meta de um caso a cada 10 mil habitantes desmobilize as ações de prevenção e controle da doença em regiões que ainda necessitam de investimento e melhoria no atendimento. "Como falar que uma doença está controlada se ainda identificamos casos em crianças?"
Rosa, no entanto, descarta o risco de desmobilização. "Houve uma melhoria significativa no atendimento, na capacidade de identificação de casos. Isso vai ser mantido", garantiu. Ela lembra que o Brasil assumiu o controle de Doenças Tropicais Negligenciadas que ainda são endêmicas até 2020. "São sete no País. O controle é feito em bloco", completou.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/brasil-deve-atingir-meta-de-controle-da-hanseniase-este-ano-afirma-coordenadora-07082015
4.11.15
Hanseníase em idosos: aumentam casos da doença em pessoas com mais de 60 anos
Aumentam casos de hanseníase em idosos.
Pesquisador da Fiocruz alerta que a intervenção terapêutica para a tratar a hanseníase recomendada pela OMS não foi pensada para os idosos (população com mais de 60 anos).
O perfil etário dos novos casos de hanseníase em idosos recém-diagnosticados acompanha o envelhecimento da população brasileira. Segundo o Ministério da Saúde, em 2012, 14% dos diagnósticos da doença foram feitos em indivíduos com 60 anos ou mais.
Preocupado com este novo perfil epidemiológico da hanseníase em idosos e não idosos e suas consequências diretas, quer nas apresentações clínicas da doença, quer na evolução ao longo do tratamento e no seu desfecho, o professor José Augusto Nery, com experiência clínica de quase 30 anos no Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz e no Serviço de Dermatologia da Santa Casa do Rio de Janeiro, disse, no 8º Simpósio Brasileiro de Hansenologia, que nos últimos 23 anos, a média da faixa etária dos pacientes acompanhados no Ambulatório da Fiocruz aumentou em 10 anos e, dentre os idosos, o aumento foi de 17%.
“A intervenção terapêutica específica para a hanseníase e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) não foi pensada para aplicação em idosos e não há um consenso entre os médicos sobre as doses efetivas dos quimioterápicos ou das drogas utilizadas nos episódios reacionais a serem utilizadas nos idosos, sem provocar efeitos adversos e diminuir os riscos das interações medicamentosas”, explicou.
Ele lembra que idosos geralmente fazem uso de vários fármacos, dessa forma, as complicações são observadas mais frequentemente.
Ele recomenda que e os hansenologistas, na maioria das vezes dermatologistas, interajam com outros especialistas para que a evolução clínica do paciente idoso com hanseníase seja satisfatória.
“A multidisciplinaridade, aí incluídos os profissionais da pesquisa
básica, torna-se fundamental para o conhecimento da patogênese da
hanseníase na chamada terceira idade”.
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