terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

23/2/2016 às 12h01 (Atualizado em 23/2/2016 às 12h45)

Após vazamento de 50 mil l de chorume, Inea deve multar empresa que administra aterro sanitário

Material vazou de uma elevatória depois que fortes chuvas atingiram aterro
Aterro funciona na cidade desde 2011Divulgação/Ciclus
Um vazamento de chorume no Centro de Tratamento de Resíduos Santa Rosa, em Seropédica, na Baixada Fluminense, na noite de domingo (21), atingiu um córrego e alertou a comunidade local para uma possível contaminação do aquífero Piranema, que fica embaixo da região do aterro. O centro recebe lixo de cidades da região metropolitana e da capital. O chorume vazou de uma elevatória depois que fortes chuvas atingiram a região e um raio impediu um gerador de funcionar.
Desde o final da semana, o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) acompanha a retirada do chorume. Segundo o órgão, vazaram 50 mil litros do material e a empresa Ciclus, que administra o aterro, será multada.
O aterro funciona na cidade desde 2011 e, na época da instalação, houve resistência dos moradores e da comunidade universitária da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) porque a área é sobre uma reserva de água potável.
Segundo a empresa, as autoridades ambientais foram notificadas sobre o ocorrido e o vazamento foi contido “imediatamente”, mas, em nota divulgada pelo Inea, ainda é preciso retirar uma camada do solo do córrego para onde o resíduo vazou. A Ciclus também afirma que “o vazamento ocorreu na área do próprio CTR, que é impermeabilizada e atingiu também o início do Canal da Vila que recebe o esgoto da região” e que o aquífero Piranema não foi atingido pelo efluente, porque o vazamento teria sido em quantidade pequena, atingindo apenas a superfície do solo.
A Prefeitura de Seropédica, que foi o primeiro órgão a chegar ao local do vazamento, afirma que encaminhou seis notificações e duas constatações à empresa.

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