quarta-feira, 11 de março de 2015

Exames de Imagem para o Diagnóstico do Câncer de Pâncreas

  • Equipe Oncoguia
  • - Data da última atualização: 02/09/2012

Os exames de imagem ajudam a localizar a lesão e são extremamente úteis para determinar a extensão da doença o que se denomina estadiamento do câncer de pâncreas:
  • Tomografia Computadorizada
A tomografia computadorizada é uma técnica de diagnóstico por imagem que utiliza a radiaçãoX para visualizar pequenas fatias de regiões do corpo, por meio da rotação do tubo emissor de RaiosX ao redor do paciente. O equipamento possui uma mesa de exames onde o paciente fica deitado para a realização do exame. Esta mesa desliza para o interior do equipamento, que é aberto, não gerando a sensação de claustrofobia.
Alguns exames de tomografia são realizados em duas etapas: sem e com contraste. A administração intravenosa de contraste deve ser realizada quando se deseja delinear melhor as estruturas do corpo, tornando o diagnóstico mais preciso.
Muitas vezes a tomografia computadorizada é utilizada para guiar precisamente o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de câncer.
Exemplo de imagens de Tomografias Computadorizadas em Geral:
Exame de PET-TC num paciente com melanoma metastático.
Exame de PET-TC num paciente com melanoma metastático.

Tomografia computadorizada de tórax (múltiplos nódulos). 
Tomografia computadorizada de tórax (múltiplos nódulos).

Adenocarcinoma de pâncreas
 
 
  • Ressonância Magnética
A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem, que utiliza ondas eletromagnéticas para a formação das imagens. A ressonância magnética produz imagens que permitem determinar o tamanho e a localização de um tumor de pâncreas, bem como a presença de metástases.
Assim como na tomografia, também pode ser usado um contraste via intravenosa para a obtenção de maiores detalhes do corpo, porém com menos frequência.
  • Cintilografia dos Receptores de Somatostatina
A cintilografia dos receptores de somatostatina, também conhecida como OctreoScan é útil para o diagnóstico de tumores pancreáticos neuroendócrinos. Este exame utiliza uma substância parecida com hormônio chamada octreotide ligada ao índio-111. Essa substância é injetada na veia e é atraída pelos tumores neuroendócrinos. Após cerca de 4h da administração do radiofármaco é realizado o exame em uma câmara especial, que mostra as áreas que captam o material radioativo.
Esse exame pode ajudar tanto a diagnosticar um tumor de pâncreas neuroendócrino, como a definir o tipo de tratamento.
Exemplo de imagens de Cintilografias dos Receptores de Somatostatina em Geral: 
Cintilografia de um paciente com metástases ósseas de câncer de próstata.
Cintilografia de um paciente com metástases ósseas de câncer de próstata.
  • Tomografia por Emissão de Pósitrons
A tomografia por emissão de pósitrons mede variações nos processos bioquímicos, quando alterados por uma doença, e que ocorrem antes que os sinais visíveis da mesma estejam presentes em imagens de tomografia computadorizada ou ressonância magnética. O PETscan é uma combinação de medicina nuclear e análise bioquímica, que permite uma visualização da fisiologia humana por detecção eletrônica de radiofármacos emissores de pósitrons de meia-vida curta.
Os radiofármacos, ou moléculas marcadas por um isótopo radioativo, são administrados ao paciente, por via venosa, antes da realização do exame. Como as células cancerígenas se reproduzem muito rapidamente, e consomem muita energia para se reproduzirem e se manterem em atividade, o exame aproveita essa propriedade. Moléculas de glicose, que são energia pura, são marcadas por um radioisótopo e injetadas nos pacientes. Como as células de tumores são ávidas da energia proveniente da glicose, esta vai concentrar-se nas células cancerígenas, onde o metabolismo celular é mais intenso. Alguns minutos depois da ingestão da glicose é possível fazer um mapeamento do organismo, produzindo imagens do interior do corpo.
O PETscan permite detectar se o câncer se disseminou para os linfonodos ou outras estruturas e órgãos do corpo.
Exemplo de imagens de Tomografias por Emissão de Pósitrons em Geral: 
Exame de PET-TC num paciente com melanoma metastático.
Exame de PET-TC num paciente com melanoma metastático.
  • Ultrassom
Ao contrário da maioria dos exames de diagnóstico por imagem, a ultrassonografia é uma técnica que não emprega radiação ionizante para a formação da imagem. Ela utiliza ondas sonoras de frequência acima do limite audível para o ser humano, que produzem imagens em tempo real de órgãos, tecidos e fluxo sanguíneo do corpo.
A ultrassonografia endoscópica é mais precisa que o ultrassom abdominal e é provavelmente a melhor maneira de diagnosticar o câncer de pâncreas. Este exame é realizado com uma sonda de ultrassom junto com endoscópio para visualizar o interior do trato intestinal. Se um tumor é encontrado, a biópsia já é realizada durante o procedimento.
  • Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica
Neste procedimento é utilizado um endoscópio que é introduzido pela garganta até a primeira parte do intestino delgado. Uma pequena quantidade de contraste é injetada no ducto biliar e as radiografias são realizadas. As imagens obtidas podem mostrar qualquer estreitamento ou bloqueio causado pela doença. Durante esse exame, se necessário é realizada uma biópsia para remover material de áreas suspeitas. Este procedimento é geralmente realizado com o paciente sob anestesia.
  • Angiografia
Este é um procedimento que utiliza raiosX para visualizar os vasos sanguíneos. Neste exame é injetado um contraste para delinear os vasos sanguíneos, em seguida, são realizadas as radiografias.
A angiografia pode mostrar se o fluxo de sangue numa determinada área está bloqueado ou comprimido pelo tumor, ou a presença de vasos sanguíneos anormais. Este exame é útil para detectar tumores que possam ter se desenvolvido nas paredes dos vasos sanguíneos.
A angiografia também é usada para detectar tumores pancreáticos neuroendócrinos ainda não visíveis em outros exames de imagem.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/exames-de-imagem-para-o-diagnostico-do-cancer-de-pancreas/2046/218/

Estadiamento do Câncer de Pâncreas

  • Equipe Oncoguia
  • - Data da última atualização: 02/09/2012

O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico do paciente.
Sistema de Estadiamento TNM
O sistema de estadiamento utilizado para o câncer de pâncreas é o sistema TNM da American Joint Committee on Cancer. O sistema TNM utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer: o próprio tumor, os linfonodos regionais ao redor do tumor, e se o tumor se espalhou para outras partes do corpo.
TNM é abreviatura de tumor (T), linfonodo (N) e metástase (M):
  • T – Indica o tamanho do tumor primário e se disseminou para outras áreas.
  • N – Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais ou se há evidência de metástases em trânsito.
  • M – Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.
Tumor - Pelo sistema TNM, o T acompanhado de um número (0 a 4) é usado para descrever o tumor primário, particularmente o seu tamanho. Pode também ser atribuída uma letra minúscula "a" ou "b" com base na ulceração e taxa mitótica.
Linfonodo - O N no sistema TNM representa os linfonodos regionais, e também é atribuído a ele um número (0 a 3), que indica se a doença disseminou para os gânglios linfáticos. Pode também ser atribuída uma letra minúscula "a", "b", ou "c", conforme descrito abaixo.
Metástase - O M no sistema TNM indica se a doença se espalhou para outras partes do corpo.
  • Categoria T
T0 - Sem evidência de tumor primário.
Tis - In situ.
T1 - Limitado ao pâncreas, < ou = 2 cm.
T2 - Limitado ao pâncreas, > 2 cm.
T3 - Extensão além do pâncreas, mas sem envolvimento da artéria celíaca ou artéria mesentérica superior.
T4 - Envolvimento da artéria celíaca ou artéria mesentérica superior.
  • Categoria N
N0 - Sem metástases linfonodais.
N1 - Metástases linfonodais regionais.
  • Categoria M
M0 - Sem metástases à distância.
M1 - Metástases à distância.
  • Estágios do Câncer de Pâncreas
Estágio 0
Tis N0 M0

Estágio I
IA: T1N0M0
Potencialmente ressecável
IB: T2 N0 M0
Estágio II
IIA: T3 N0 M0
Potencialmente ressecável
IIB: T1-3 N1 M0
Estágio III
T4 N0-1 M0
Localmente avançado e irressecável
Estágio IV
T1-4 N0-1 M1
Metastático e irressecável

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estadiamento-do-cancer-de-pancreas/2049/218/

Biópsia do Câncer de Pâncreas

  • Equipe Oncoguia
  • - Data da última atualização: 02/09/2012

A biópsia é a única maneira de fazer o diagnóstico definitivo do câncer de pâncreas. Consiste na remoção de uma pequena quantidade de tecido para exame ao microscópio.
A amostra removida durante a biópsia é analisada por um patologista, médico especializado na interpretação de exames laboratoriais e avaliação de células, tecidos e órgãos para diagnosticar a doença. Se células cancerosas estão presentes, o patologista determinará o tipo de câncer de pâncreas a que corresponde.
A biópsia por aspiração com agulha fina é a técnica mais utilizada para diagnosticar o câncer de pâncreas. Neste procedimento, uma agulha é inserida através da pele do abdome até o pâncreas, geralmente guiada pela tomografia computadorizada ou ultrassonografia endoscópica.
Essa biópsia também pode ser realizada inserindo a agulha diretamente pela parede do duodeno, usando o ultrassom endoscópico. Em qualquer caso, pequenas amostras de tecido são removidas e enviadas para análise. A principal vantagem deste procedimento é o paciente não precisar usar anestesia geral.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/biopsia-do-cancer-de-pancreas/2048/218/

Exames de Sangue para o Diagnóstico do Câncer de Pâncreas

  • Equipe Oncoguia
  • - Data da última atualização: 02/09/2012

Vários tipos de análises sanguíneas podem ser usados para o diagnóstico do câncer de pâncreas ou para determinar as opções de tratamento.
Os exames de sangue que medem os níveis de bilirrubina são úteis para determinar se a icterícia de um paciente é causada por doença do fígado ou por uma obstrução do fluxo de bile.
Níveis elevados dos marcadores tumorais CA 19-9 e do antígeno carcinoembrionário (CEA) pode apontar para um diagnóstico de câncer pancreático exócrino, mas nem sempre são precisos.
Outros exames de sangue podem ajudar a avaliar o estado geral de saúde do paciente, como fígado, rim e função da medula óssea.
Outros hormônios pancreáticos, como a gastrina, glucagon, somatostatina, polipeptídeo pancreático, e VIP podem ser medidos em amostras de sangue e utilizados para diagnosticar o tumor de pâncreas neuroendócrino.
Os níveis de gastrina sobem em pacientes que fazem uso de medicamentos para úlcera, conhecidos como inibidores da bomba de prótons, como omeprazol, esomeprazol e lansoprazol. Estes medicamentos são comumente utilizados para tratar pessoas com dores de estômago e azia. Os níveis de gastrina são mais úteis quando combinados com um exame que mede a acidez do estômago.
No caso de tumores carcinoides, pode ser realizado um exame para detectar serotonina, que é produzida por muitos desses tumores. Este exame é combinado com um exame de urina para determinar se o precursor 5-HTP está aumentado.
Outros exames para detectar tumores carcinoides podem incluir análise de sangue para cromagranina A, enolase específica de neurônios, substância P e gastrina.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/biopsia-do-cancer-de-pancreas/2048/218/ 

25.11.15

Câncer de pâncreas sintomas e sinais principais (do câncer que matou o Dr. Alfredo Halpern)

Saiba quais os sintomas do câncer de pâncreas, o câncer que matou o médico endocrinologista Alfredo Halpern.

Pode ocorrer pancreatite quando o ducto pancreático é obstruído. A invasão de estruturas adjacentes provoca dor de características distintas. O comprometimento do plexo celíaco ou mesentérico provoca dor em queimação e em pressão no andar superior do abdome. A sensação de dor no dorso é comum nos casos de infiltração do retroperitônio.

A esteatorreia ou diarreia associada à gordura ocorre quando há produção insuficiente de enzimas. É um sintoma inicial incomum e brando, mas pode ocorrer após as cirurgias para ressecção do tumor.
A insuficiência de produção de insulina pode causar de intolerância à glicose até diabetes mellitus que também se agravam após a cirurgia. Há uma relação com episódios de trombose superficial e profunda. Sudorese noturna, aumento da circunferência abdominal, ascite e obstrução pilórica são incomuns na apresentação inicial e estão associados à doença metastática.
Fonte: http://www.saudecomciencia.com/2015/11/cancer-de-pancreas-sintomas-e-sinais-principais.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+saudecomciencia+%28saudecomciencia%29 

Queridos leitores, o Blog Josi Saúde lamenta o falecimento do Dr. Alfredo Halpern. Com certeza uma grande perda para a Medicina, e, claro, para a humanidade.

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