quarta-feira, 4 de março de 2015

 

Tabagismo

O que é tabagismo, suas consequências para a saúde, doenças provocadas pelo fumo, dependência da nicotina

Introdução 

Muitas pessoas fumam por prazer, por razões sociais, como por exemplo, pressão dos amigos ou simplesmente para satisfazer seu vício.Inicialmente, o hábito de fumar era comum somente entre os nativos das Américas do Norte e do Sul. Posteriormente, ele foi levado ao resto do mundo através do comércio e exploração das Américas.

Outras informações importantes 

Além do tabaco, o cigarro apresenta muitas outras substâncias prejudiciais, dentre elas, a nicotina, que causa dependência.

Logo de início, a nicotina apresenta um efeito benéfico ilusório, pois estimula a atenção, a memória e gera um estado moderado de euforia.

Entretanto, a partir do momento que o hábito de fumar se torna crônico, a nicotina somente atenua os sintomas tão incômodos da abstinência, que são: confusão mental, nervosismo, ansiedade, insônia e depressão. 

Em usuários crônicos, tais sintomas se iniciam de forma bastante rápida, em aproximadamente 30 minutos após cada dose. 

Um outro malefício da nicotina é que ela causa distúrbios no metabolismo e inibe o apetite.

Pesquisas médicas concluíram que fumantes crônicos possuem uma probabilidade muito maior de contrair doenças como câncer de pulmão, enfisema e doenças cardiovasculares.

Diante de todos esses malefícios causados pelo cigarro, muitos países restringiram sua venda obrigando os fabricantes a colocarem advertências bastante destacadas em suas embalagens.

Visando desencorajar o fumo, outras medidas também foram tomadas por muitos governantes, como a restrição, ou, até mesmo, a proibição de se fumar em restaurantes, shoppings e em muitos outros locais públicos.

Doenças associadas ao tabagismo

Muitos estudos evidenciam que o consumo de derivados do tabaco (cigarro, charuto, narguillé) causa quase 50 doenças diferentes, principalmente as cardiovasculares (infarto, angina), o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite). As doenças cardiovasculares e o câncer são as principais causas de morte por doença no Brasil, e o câncer de pulmão, a primeira causa de morte por câncer.
As estimativas sobre incidência e mortalidade por câncer no Brasil, publicadas pelo INCA, indicam que, em 2009, 27.270 pessoas deverão adoecer de câncer de pulmão (17.810 homens e 9.640 mulheres) causando cerca de 16.230 mortes; 11.315 entre os homens e 4.915 entre as mulheres.
Além disso, esses estudos mostram que o tabagismo é responsável por:
ð 200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora);ð 25% das mortes causadas por doença coronariana;ð 45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa abaixo dos 60 anos;ð 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa abaixo de 65 anos;ð 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;ð 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);ð 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer tabaco-relacionados (boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo do útero);ð 25% das doenças vasculares (derrame cerebral, trombose).

 
Fonte: http://www.afh.bio.br/cardio/cardio4.asp
 
 
Fonte: http://www.drpereira.com.br/dpoc.htm
 
Fonte: http://www.lersaude.com.br/cigarro-o-vilao-da-saude-parte-ii-como-parar-de-fumar/  
Câncer de Laringe
Fonte: http://www.clinicacoser.com/veja-fotos-de/laringoscopia/
 
Câncer de Esôfago
Fonte: http://www.hugoricardo.com.br/docesofago.htm
 
Câncer de Pâncreas
Fonte: http://salveseufigado.blogspot.com.br/2014/02/cancer-de-pancreas.html
Câncer de rim
Fonte: http://saude10.zip.net/
imagem 02 
Câncer de Bexiga
Fonte: http://www.urologiaflorianopolis.com.br/noticias/tumorsuperficialbexiga
 
Câncer do Colo do Útero
Fonte: http://melhorcomsaude.com/60-casos-cancer-utero-podem-prevenidos/
 
AVC ou Derrame Cerebral
Fonte: http://www.cigarro.med.br/cap15.htm
O tabagismo ainda pode causar:ð impotência sexual no homem;ð complicações na gravidez;ð aneurismas arteriais;ð úlcera do aparelho digestivo;ð infecções respiratórias;
 
Impotência Sexual
Fonte: http://www.euroclinix.com.pt/fumar-e-impotencia.html
 
Complicações na Gravidez
Fonte: http://forum.saude.doutissima.com.br/doutissima/Gravidez/Tudo-sobre-gravidez/fumar-durante-gravidez-topico_1018_1.htm
 
Aneurisma Arterial
Fonte: http://clinicaviarengo.com/author/clinicaviarengo/page/19/
 
Úlcera do Aparelho Digestivo
Fonte: http://www.saudemedicina.com/ulcera-causas-sintomas-e-tratamento/

Infecções Respiratórias
Fonte: http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noticia=1059

Porém, ao parar de fumar o risco de ter essas doenças vai diminuindo gradativamente e o organismo do ex-fumante vai se restabelecendo.
O que você ganha parando de fumar
A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bastante poderosa, a nicotina atua no sistema nervoso central, como a cocaína, com uma diferença: chega ao cérebro em apenas sete segundos - dois a quatro segundos mais rápido que a cocaína. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sejam os mais difíceis, porém as dificuldades serão menores a cada dia.

As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam risco

10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão
5 vezes maior de sofrer infarto
5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar
2 vezes maior de sofrer derrame cerebral

Se parar de fumar agora...

após 20 minutos sua pressão sanguínea e pulsação voltam ao normal
após 2 horas não tem mais nicotina no seu sangue
após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza
após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar readquire a capacidade de identificar sabores
após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora
após 5 a 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou

Quanto mais cedo você parar de fumar, menor o risco de adoecer. Quem não fuma aproveita mais a vida!

Fonte: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2588

Principais doenças bucais causadas pelo cigarro

Publicado em 29 de Aug de 2014 por Marília Alencar 

No Dia Nacional de Combate Ao Fumo, listamos as principais doenças de boca causadas pelo cigarro. Saiba mais

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, o cigarro, um dos produtos de consumo mais vendidos mundialmente, é colocado em discussão. Considerado um dos principais vilões da saúde e do meio ambiente, ele causa graves problemas, como doenças cardiovasculares, bucais, pulmonares, impotência sexual e infertilidade. Tendo conhecimento ou não, o fumante além de atingir seu próprio organismo, prejudica outras pessoas que convivem com ele, tornando-os um tabagista passivo. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo passivo, no ambiente de trabalho, mata ao menos 200 mil pessoas por ano no mundo todo e é a principal causa de morte evitável. Mundialmente, cerca de 5 milhões de pessoas fumantes morrem por ano. "O cigarro é um grande vilão da saúde e a nossa saúde começa pela boca. Muitos não sabem ou fingem que não sabem sobre as doenças que o cigarro pode causar", afirma a Dra. Aline Codina Polezzi, dentista clínico geral e especialista em ortodontia, pelo Instituto Paulista de Estudos Ortodônticos (IPEO).
Estudos da OMS comprovam que a fumaça do cigarro tem mais de 4,7 mil substâncias tóxicas, que também afetam a boca. Para esclarecer mais sobre o assunto, com ajuda da especialista, A VivaSaúde listou as principais doenças bucais causadas pelo tabaco. Confira:  
Halitose
Os produtos da combustão do tabaco são uma das principais causas de mau hálito, também denominado halitose. Os odores da fumaça inalada são expelidos durante a fala e a respiração.
O uso de cigarro, charuto, cachimbo ou tabaco mascado (fumo de rolo), associado a uma má higiene da boca, da língua e à presença de doença periodontal, pode tornar o hálito extremamente desagradável. Outro agravante é a diminuição do fluxo salivar (boca seca) causada por essas substâncias, diminuindo a “limpeza” fisiológica do próprio organismo, aumentando a halitose do paciente.

Fonte: http://www.eletronicmedia.com.br/projetos/josi/dicas/halitose.html 

Doença Periodontal
A doença periodontal é um processo inflamatório crônico da gengiva e/ou dos tecidos de suporte dos dentes, podendo levar à reabsorção óssea alveolar, ao aumento da mobilidade dental, à exposição das raízes e perda dos dentes. 
O uso do cigarro tem sido relacionado a prevalência e severidade da doença periodontal, principalmente em relação a inflamação e perda óssea. Fumantes têm maior acúmulo de placa que não-fumantes e que as bactérias presentes nessa placa são mais agressivas, podendo causar formas mais graves de doença periodontal. A severidade da doença periodontal está relacionada com a duração e a quantidade de cigarros fumados por dia. Portanto, tendo em vista todas essas alterações que o tabaco pode causar, é importante uma intervenção do dentista. 
Fonte: http://www.planosdesaudesenior.com.br/blog/o-tabagismo-cigarro-e-as-doencas-periodontais-gengiva/ 
 
Câncer de Boca
O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais frequente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. 
"Infelizmente, um dos meus pacientes, de 71 anos, acabou falecendo devido a um diagnóstico errado de afta. Fumante desde os 14 anos, ele estava com uma lesão em assoalho de boca, o profissional que o atendia não soube diagnosticar e disse que era uma afta, indicando uma pomada para passar na região afetada. Um mês depois, sem a lesão regredir, vi que a "afta" já tinha 1,5 cm de diâmetro. O paciente  foi encaminhado pra um estomatologista, que fez a biopsia da lesão. O diagnóstico foi de câncer já em estágio avançado", conta a Dra. Aline.  
O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra. Dependendo do tipo e da quantidade de tabaco usado, os fumantes apresentam uma probabilidade 4 a 15 vezes maior de desenvolver câncer de boca do que os não-fumantes. Se a pessoa deixa de fumar esse risco diminui, mas somente após 10 anos sem fumar terá o mesmo risco de desenvolver a doença que uma pessoa que nunca fumou. Os fatores que podem levar ao câncer de boca são idade superior a 40 anos, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.
 

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/principais-doencas-bucais-causadas-pelo-cigarro/3014/


1) Por que cigarros, charutos, cachimbo, fumo de rolo e rapé fazem mal à saúde?
Todos esses derivados do tabaco, que podem ser usados nas formas de inalação (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha), aspiração (rapé) e mastigação (fumo-de-rolo), são nocivos à saúde. No período de consumo destes produtos são introduzidas no organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo nicotina (responsável pela dependência química), monóxido de carbono (o mesmo gás venenoso que sai do escapamento de automóveis) e alcatrão, que é constituído por aproximadamente 48 substâncias pré-cancerígenas, como agrotóxicos e substâncias radioativas (que causam câncer).

Derivados do tabaco
O tabaco pode ser usado de diversas maneiras de acordo com sua forma de apresentação: inalado (cigarro, charuto, cigarro de palha); aspirado(rapé); mascado (fumo-de-rolo), porém sob todas as formas ele é maléfico à saúde.

O tabaco usado para produzir cigarros é ácido e por isso, o fumante precisa tragar para que a nicotina seja absorvida nos pulmões; já o tipo de tabaco usado para cachimbo e charuto é alcalino, permitindo que a nicotina seja absorvida pela mucosa da boca. Isso explica por que os fumantes destes dois últimos não têm tanta necessidade de tragar o fumo para se satisfazer. Logo, a ideia de que os charutos são menos prejudiciais à saúde é incorreta, pois todos os produtos derivados do tabaco tem uma composição semelhante, inclusive os cigarros com mentol, filtros especiais, etc.

Dentre as principais substâncias presentes nos charutos estão a nicotina, que é uma droga psicoativa, levando o fumante à dependência química; o monóxido de carbono, que provoca doenças cardiovasculares/pulmonares; e o alcatrão, que é altamente cancerígeno. Há que se destacar que entre os fumantes de charutos as taxas de monóxido de carbono são mais altas e a saturação de oxigênio no sangue é menor que entre os fumantes de cigarros.

Você sabia?
• A fumaça dos charutos contém os mesmos compostos tóxicos do que os identificados na fumaça dos cigarros.
• Quando animais de laboratório são expostos ao alcatrão presente na fumaça de charutos, apresentam os mesmos riscos de desenvolver câncer do que os expostos à fumaça de cigarros.
• As diferenças de riscos de adoecimento entre os fumantes de charutos e de cigarros parecem ser relativas aos padrões de consumo, ou seja, como fumantes de charutos não fumam com a mesma frequência que os fumantes de cigarros, portanto, também inalam os compostos tóxicos com menos frequência.
• A quantidade de nicotina livre desprotronada é muito maior nos charutos do que nos cigarros, pois o pH da fumaça dos charutos é mais elevado. Esta nicotina livre é bem absorvida pela mucosa da boca e pode explicar porque os fumantes de charutos apresentam maior incidência de câncer de boca e língua.

Além disso, é fato comprovado que os não fumantes que convivem com fumantes também são agredidos pela fumaça, tornando-se fumantes passivos.                                                                     


2) Quais os derivados do tabaco mais agressivos à saúde e como agem?
A fumaça do cigarro possui uma fase gasosa e uma particulada. A fase gasosa é composta por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído e acroleína, entre outras substâncias. Algumas produzem irritação nos olhos, nariz, garganta e levam à paralisia dos movimentos dos cílios dos brônquios. A fase particulada contém nicotina e alcatrão, que concentra 48 substâncias cancerígenas, entre elas arsênico, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, além de resíduos de agrotóxicos aplicados nos produtos agrícolas e substâncias radioativas.                                                                                                                 
Por que as pessoas fumam?
Vários são os fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela publicidade maciça do cigarro nos meios de comunicação de massa que, apesar da lei de restrição à propaganda de produtos derivados do tabaco sancionada em dezembro de 2000, ainda tem forte influência no comportamento tanto dos jovens como dos adultos. Além disso, pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência.

Pesquisas entre adolescentes no Brasil mostram que os principais fatores que favorecem o tabagismo entre os jovens são a curiosidade pelo produto, a imitação do comportamento do adulto, a necessidade de auto-afirmação e o encorajamento proporcionado pela propaganda. Noventa por cento dos fumantes iniciaram seu consumo antes dos 19 anos de idade, faixa em que o indivíduo ainda se encontra na fase de construção de sua personalidade.

A publicidade veiculada pelas indústrias soube aliar as demandas sociais e as fantasias dos diferentes grupos (adolescentes, mulheres, faixas economicamente mais pobres etc.) ao uso do cigarro. A manipulação psicológica embutida na publicidade de cigarros procura criar a impressão, principalmente entre os jovens, de que o tabagismo é muito mais comum e socialmente aceito do que é na realidade. Para isso, utiliza a imagem de ídolos e modelos de comportamento de determinado público-alvo, portando cigarros ou fumando-os, ou seja, uma forma indireta de publicidade. A publicidade direta era feita por anúncios atraentes e bem produzidos, mas foi proibida no Brasil. Com a Lei 10.167, que restringe a propaganda de cigarro e de produtos derivados do tabaco, esse panorama tende a mudar a médio e longo prazo.

Os resultados das medidas de restrição à publicidade no controle do tabagismo em vários países mostram que este é um instrumento legítimo e necessário para a redução do consumo.
   


3)Como o cigarro atua quimicamente no organismo?
A fumaça do tabaco, durante a tragada, é inalada para os pulmões, distribuindo-se para o sistema circulatório e chegando rapidamente ao cérebro, entre 7 e 9 segundos. Além disso, o fluxo sanguíneo capilar pulmonar é rápido, e todo o volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, as substâncias inaladas pelos pulmões espalham-se pelo organismo com uma velocidade quase igual a de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa.
            

                                                                                                                                   4) O que causa a dependência do cigarro?
A nicotina, que é encontrada em todos os derivados do tabaco (charuto, cachimbo, cigarro de palha, etc) é a droga que causa dependência. Esta substância é psicoativa, isto é, produz a sensação de prazer, o que pode induzir ao abuso e à dependência. Por ter características complexas, a dependência à nicotina é incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde - CID 10ª revisão. Ao ser ingerida, produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool.
Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre 7 a 9 segundos, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer (núcleo accubens), explicando-se assim as boas sensações que o fumante tem ao fumar. Com a ingestão contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de tolerância à droga. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. De tal forma que, a quantidade média de cigarros fumados na adolescência, nove por dia, na idade adulta passa a ser de 20 cigarros por dia. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças debilitantes, que podem levar à invalidez e à morte.
                                                                                                                         
Jovens e mulheres na mira da indústria do tabaco
A promoção e o marketing de produtos derivados do tabaco junto ao público jovem são essenciais para que a indústria do fumo consiga manter e expandir suas vendas. O tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens, no mundo e no Brasil, e isso se deve às facilidades e estímulos para obtenção do produto, entre eles o baixo custo. A isto somam-se a promoção e publicidade, que associam o tabaco às imagens de beleza, sucesso, liberdade, poder, inteligência e outros atributos desejados especialmente pelos jovens. A divulgação dessas ideias ao longo dos anos, e o desconhecimento dos graves prejuízos causados à saúde pelo tabaco, tornou o hábito de fumar um comportamento socialmente aceitável. A prova disso é que 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos de idade. Seduzir os jovens faz parte de uma estratégia adotada por todas as companhias de tabaco visando substituir os que deixam de fumar ou morrem, por outros consumidores que serão aqueles regulares de amanhã.

Nos arquivos secretos oriundos de documentos internos de grandes empresas transnacionais do tabaco, finalmente revelados durante uma ação judicial movida contra elas por estados norte-americanos crianças e jovens são descritos como "reservas de reabastecimento" e um dos principais alvos estratégicos, devendo se tornar dependentes do cigarro ainda cedo. Além disso, os documentos comprovam que, apesar de a indústria do tabaco se posicionar publicamente de uma forma, suas verdadeiras intenções são completamente opostas.
              


5) Quais são os riscos para a mulher grávida?
A mulher grávida que fuma, além de correr o risco de abortar, tem uma maior chance de ter filho de baixo peso, menor tamanho e com defeitos congênitos. Os filhos de fumantes adoecem duas vezes mais do que os filhos de não fumantes.
     


6) E os não fumantes, como ficam nessa história?
Basta manter um cigarro aceso para poluir um ambiente com as substâncias tóxicas da fumaça do cigarro. As pessoas passam 80% do seu tempo em ambientes fechados. Ao fim do dia, em um ambiente poluído, os não fumantes podem ter respirado o equivalente a 10 cigarros. Fumar em ambientes fechados prejudica as pessoas com quem o fumante convive: filhos, cônjuge, amigos e colegas de trabalho. Ao respirar a fumaça do cigarro, os não fumantes correm o risco de ter as mesmas doenças que o fumante.

Tabagismo passivo
Define-se tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. A fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada poluição tabagística ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), torna-se ainda mais grave em ambientes fechados. O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subsequente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool (IARC, 1987; Surgeon General, 1986; Glantz, 1995).

O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinquenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 - Em adultos não-fumantes:
• Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
• Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.

2 - Em crianças:
• Maior frequência de resfriados e infecções do ouvido médio;
• Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.

3 - Em bebês:
• Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaleia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.

Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental (PTA) são a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que sai da ponta do cigarro (corrente secundária). Sendo, esta última o principal componente da PTA, pois em 96% do tempo total da queima dos derivados do tabaco ela é formada. Porém, algumas substâncias, como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontradas em quantidades mais elevadas. Isto porque não são filtradas e devido ao fato de que os cigarros queimam em baixa temperatura, tornando a combustão incompleta (IARC, 1987). Em uma análise feita pelo INCA, em 1996, em cinco marcas de cigarros comercializados no Brasil, verificou-se níveis duas 2 vezes maiores de alcatrão, 4,5 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro do que na fumaça exalada pelo fumante. Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superior que na corrente primária. A amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante da fumaça do tabaco (Ministério da Saúde, 1996).

Avanços na Atualidade
Tanto no avanço do conhecimento por parte da população sobre os malefícios do tabagismo em geral e em especial, da fumaça ambiental do tabaco em locais fechados como na criação de legislação local que proíbe totalmente o fumo nestes ambientes, o Brasil, país de dimensões continentais, já apresenta resultados positivos. Sete estados e 23 municípios brasileiros já entenderam a importância da adoção de ambientes 100% livres da fumaça do tabaco e aprovaram legislações próprias, aperfeiçoando a Lei Federal 9.294/96 e implementando ambientes públicos e privados 100% livres da poluição tabagística ambiental. Para tal, contaram com o apoio das secretarias estaduais e municipais de saúde além da população, promovendo assim, políticas públicas saudáveis. Com a adoção de medidas desta natureza, estados e municípios contribuem para a elevação da qualidade de vida da população brasileira e para redução dos custos decorrentes das doenças crônicas tabaco-relacionadas que, apesar de altamente evitáveis, hoje sobrecarregam todo o sistema de saúde do país. O número de óbitos anuais (2.655), ocasionados pela exposição ao fumo passivo poderia ser evitado pela prevenção desta exposição. Além disso, o gasto do Sistema Único de Saúde com o tratamento destes não-fumantes que morrem todo ano no Brasil em consequência de doenças provocadas pelo tabagismo passivo não chegaria a pelo menos R$ 19,15 milhões anuais.
Atualmente, as legislações locais de promoção de ambientes 100% livres de fumo têm sido questionadas judicialmente, sob o argumento da inconstitucionalidade. Na esfera federal, observa-se o retardo da votação do Projeto de Lei 315/08 que visa proibir nacionalmente o ato de fumar em recintos coletivos fechados. Organizações dos setores de alimentação, hotelaria e entretenimento vêm realizando um forte lobby junto aos parlamentares federais para que a medida não seja aprovada. A justificativa é um possível impacto da proibição de fumar em bares e restaurantes sobre a clientela e o lucro destes estabelecimentos, que não se verificou em nenhum país, estado ou município que já implementou a medida.
                                                                                                                                                            

7) Qual o papel do Instituto Nacional de Câncer no controle do tabagismo?
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o órgão do Ministério da Saúde responsável pela coordenação da política de controle do câncer e doenças relacionadas ao tabagismo no Brasil. Com esse objetivo e através da Coordenação de Prevenção e Vigilância (CONPREV) o INCA desenvolve estratégias voltadas para socializar as informações sobre o câncer, suas possibilidades de prevenção e estimular mudanças de comportamento na população que, a médio e longo prazos, contribuam para a redução da incidência e mortalidade por câncer e doenças tabaco-relacionadas no país.
 

8) Existe tratamento gratuito para parar de fumar? Todo fumante hoje tem direito a atendimento gratuito para deixar de fumar em instituições ligadas ao SUS. Procure os postos de saúde próximos de casa ou do trabalho, e se informe sobre locais e horários de tratamento para tabagismo.

9) Já tentei várias vezes, mas sempre voltei a fumar. Será que um dia conseguirei parar em definitivo? Sim, você conseguirá. Sendo o tabagismo uma dependência química, é esperado que a pessoa faça de 3 a 4 tentativas antes de parar definitivamente. A cada tentativa, você vai conhecendo suas maiores dificuldades e aprendendo a controla-las, sem ter que fumar.
Exemplo: você resolve parar de fumar, e ao estar diante de uma situação de estresse, pensa em fumar um cigarro como solução para se acalmar. Com o tempo você vai aprendendo que, além do cigarro não resolver seus problemas, ele está tirando sua saúde. 
 


10) É mais difícil a mulher parar de fumar do que o homem? Homens e mulheres têm formas distintas de lidar com o tabaco. Na mulher o uso de cigarros muitas vezes está associado a mudança de humor, e essa tendência pode criar dificuldades diferenciadas diante da abstinência. O importante é conhecer essas especificidades e poder oferecer o tratamento adequado, para que as chances de sucesso sejam maiores.  
Fonte: http://www.inca.gov.br/tabagismo/faq/inicial.asp hhttps://fisioterapiablog.wordpress.com/2012/07/06/98/Quais os derivados do tabttp://www.inca.gov.br/tabagismo/faq/inicial.asp2) Quais os derivados do tabaco mis
2https://fisioterapiablog.wordpress.com/2012/07/06/98/) is agressivos à saúde e como age

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