A crocância dos alimentos é uma das coisas que aumentam a vontade de
comer. Entretanto, o ingrediente que faz o alimento ficar crocante pode
ser um aliado ou um vilão para a saúde. O
conversou sobre o ‘croc croc’ dos alimentos com o endocrinologista
Bruno Halpern e a engenheira de alimentos Rosires Deliza nesta
segunda-feira (9).
O ‘croc croc’ dos alimentos depende do tamanho, resistência e rigidez
das estruturas celulares que guardam agua e a maneira que as paredes
celulares se rompem durante a mastigação. O problema é que algumas
técnicas para deixar tudo crocante agregam poucos micronutrientes.
Fritar, caramelizar e gratinar acrescentam gordura e açúcar nos
alimentos. O ideal é comer ele desidratado, assado ou com sementes e
grãos secos.
Linhaça, linhaça dourada, gergelim, chia, alho crocante, pimenta rosa
são alguns dos ingredientes que podem dar a crocância e deixar o
alimento mais atrativo e gostoso. Foi isso que fez a empresária Paula
Franco. Os filhos não gostavam de salada, verduras, legumes. Ela
complementou o prato saudável com as sementes e grãos e deu certo! Os
filhos cresceram comendo salada.
Dia Mundial do Diabetes serve para ressaltar importância da prevenção, com hábitos saudáveis
Doença já detectada nas épocas do Egito e da Grécia antigos, o diabetes
mellitus continua a ser um perigo nos tempos atuais. O aumento do
sedentarismo e da obesidade foram pontos que, segundo a (Organização
Mundial de Saúde), nas últimas décadas, potencializaram a doença,
baseada na glicemia (nível de açúcar no sangue) alta.
No Dia Mundial do Diabetes, lembrado neste sábado (14), a data foi
criada para alertar sobre a importância da prevenção dessa doença
crônica (ainda sem cura). De maneira geral, o diabetes atingiu patamares
de mortalidade maiores do que os do câncer, segundo alerta o presidente
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Ricardo
Cohen. Inclusive, segundo ele, alguns tipos de câncer são consequência
do diabetes.
— A mortalidade do diabetes, quando comparada ao câncer, em geral é
maior. A comparação é difícil, porque cada câncer é diferente, mas em um
número global a mortalidade de diabetes ocorre em função de problema
cardiovascular, infarte ou derrame, cujo número de mortes é maior do que
o do câncer.
Em levantamento do Ministério da Saúde, as mortes causadas pelo diabetes
no Brasil passaram de 24,1 a cada 100 mil habitantes, em 2006, para
28,7 mortes por 100 mil em 2010, ano em que a doença foi diretamente
responsável por 54 mil mortes no País. Entre 200 e 2010 o número de
mortes subiu 38%.
Já em documento do Inca (Instituto Nacional do Câncer José de Alencar
Gomes da Silva), ligado ao Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade
por câncer teve queda no Brasil, entre 2003 e 2012, de 0,53% entre os
homens e 0,37% entre as mulheres.
Conforme ressaltou Cohen, diabetes amplia ainda mais sua taxa de
mortalidade se for considerado causa indireta de mortes, já que doenças
como insuficiência renal (nefropatia diabética), acidente vascular
cerebral (AVC), infarto e algumas infecções decorrem de quadros graves
de diabéticos. Responsáveis por 50% das mortes no diabetes, disfunções
cardiovasculares são a maior causa de óbitos da doença, segundo a IDF
(International Diabetes Federation).
"Tem muito diabético que deixa de comer um doce quando poderia", diz médico
Entre 2000 e 2010, o número de diabéticos no mundo aumentou 54%.
Atualmente, ainda de acordo com a IDF, 250 milhões de pessoas têm
diabetes no mundo. No Brasil, este número é de 12 milhões, segundo a
SBD. Em geral, no mundo, a mortalidade da doença é de 9,5%, com níveis
ainda mais altos em países de média e baixa renda.
Em 90% dos casos, o diabetes é do tipo 2, que incide, em geral, em
pessoas com idade acima dos 40 anos, cujos hábitos de vida criaram
condições para o desenvolvimento da doença, como obesidade, colesterol e
pressão altos.
Sintomas
O presidente da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), Luiz Turatti,
ressalta que a grande maioria dos casos diagnosticados não apresentam
sintomas por um bom tempo. Trata-se, conforme ele diz, de uma doença
silenciosa que só vai começar a causar algum tipo de repercussão quando
os níveis de açúcar forem muito elevados. Até 99 mg/dl de açúcar no
sangue, o indivíduo não tem a doença. E quando o nível for acima de 125
mg/dl o paciente é diabético.
— É importante reforçar a ideia de que anualmente os pacientes devem
fazer o check-up para saberem se estão ou não com diabetes. A dosagem da
glicemia em jejum já dá um parâmetro bastante importante, em relação ao
risco desse paciente vir a desenvolver o diabetes.
Os sintomas podem demorar a aparecer. Mas costumam chegar na forma de
tontura, cansaço, vontade de urinar frequentemente (poliúria), boca
seca, fome em excesso, sensação de dormência nas mãos e pés, dores
estomacais, difícil cicatrização e visão turva, entre outros. O termo
diabetes surgiu do sintoma poliúria. O desejo excessivo de urinar foi
comparado a um sifão, peça por onde a água passa, até a torneira. É
latino, mas veio de uma palavra grega que significa "passar através". Já
o termo mellitus, também no latim, quer dizer "doce igual ao mel".
Prevenção e tratamento
Turatti afirma que, nos últimos anos, os medicamentos, que possibilitam a
ação da insulina, e até a introdução de insulina no organismo, muitas
vezes de maneira injetável, foram importantes para haver um melhor
controle da doença, no caso, da taxa de açúcar no sangue. Mas nem por
isso sua gravidade diminuiu.
— A questão da gravidade não muda tanto hoje em relação ao passado. O
que a gente tem é mais pacientes diabéticos e consequentemente mais
pacientes desenvolvendo complicações de diabetes e morrendo por causa
disso.
Para Cohen, vários fatores devem ser analisados no tratamento da doença. Inclusive em relação às questões cardíacas.
— Tratar diabetes é fazer tratamento cardíaco preventivo. Tem que tratar
diabetes, o colesterol e o peso do individuo, os três. Deve ser um
tratamento multidisciplinar, que baixa os três itens, não só glicose,
não só pressão, não só os lipídios [gordura].
Os pilares para a prevenção da doença são baseados na alimentação
saudável, sem excesso de açúcar e carboidratos, e exercícios físicos
regulares.
A atividade física é importante para estimular a produção de insulina e
aumentar a capacidade muscular na absorção de glicose. Além disso, é
importante o acompanhamento períodico, pelo menos anual, dos níveis de
glicose no sangue.
O nível de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que transporta a
glicose para os tecidos, costuma ser normal nesses casos. O problema é
que, devido às condições desfavoráveis, como placas de gordura, o
organismo criou "resistência à insulina" e não consegue mais utilizá-la.
Sem a atuação da insulina, a quantidade de glicose (açúcar) no sangue
aumenta, o que provoca sérios danos, já que o atrito do açúcar com as
paredes de veias, artérias, por exemplo, promove feridas e corrosão no
interior do organismo. Entupimentos também costumam ocorrer, levando a
infartes e derrames.
Insuficiência renal, arteriosclerose e cegueira também são outras
consequências possíveis. O diabetes tipo 1, que afeta 10% dos casos da
doença, é uma doença autoimune, quando o indivíduo, desde o nascimento,
não tem produção de insulina no organismo.
Em casos em que o IMC (Índice de Massa Corporal) é muito alto ou a
medicação não está mais fazendo efeito, uma nova opção pode ser a
cirurgia metabólica, que modifica o caminho dos alimentos pelo tubo
digestivo, com o objetivo de diminuir a resistência dos tecidos à ação
da insulina.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/mortalidade-por-diabetes-supera-a-media-das-mortes-por-cancer-14112015
14/11/2015 às 00h30
"Tem muito diabético que deixa de comer um doce quando poderia", diz médico
Entidade considera carboidrato importante, de forma controlada, equilibrada e com orientação
Dieta deve se alinhar ao estilo de vida e características pessoais
Reprodução/Facebook
A ideia de que o açúcar é o vilão de qualquer tipo de dieta se tornou um
mito equivocado, segundo estudos atuais sobre diabetes. Segundo o
endocrinologista Márcio Mancini, responsável pelo Grupo de Obesidade e
Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, o mais importante é
que a dieta, de uma maneira geral, seja equilibrada e controlada.
— Tem muito diabético que não come nada de açúcar, mas come um prato
grande de arroz com feijão, mistura arroz, batata e pão na mesma
refeição. E acaba comendo carboidrato demais, se privando às vezes de
comer um doce, que poderia comer, em quantidade controlada. Existe o
mito que considera o açúcar como se fosse tóxico e no entanto o
diabético pode consumir açúcar desde que de forma controlada.
A alimentação, conforme afirma o médico, tem de estar alinhada ao estilo
de vida e às características de cada pessoa. A diminuição do número de
casos de diabetes no Brasil não passa necessariamente pela eliminação do
açúcar no cardápio. Se no Brasil hoje o número de diabéticos é de cerca
de 12 milhões de pessoas, daqui a 20 anos será de 19,2 milhões, segundo
as projeções da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).
Há atualmente a convicção de que a elevação da glicemia (nível de açúcar
no sangue) ocorre por causa da ingestão inadequada de carboidratos em
geral, e não somente da sacarose (combinação de glicose e frutose), que é
o açúcar disponível no mercado. Segundo Mancini, os carboidratos
compõem um dos três grupos de macronutrientes. Os outros são as
proteínas e as gorduras.
— Os carboidratos complexos (cereais integrais, lentilha, batata e
frutas, entre outros) também contêm glicose, mas a digestão é mais
demorada. O mais importante é a carga glicêmica do que o índice
glicêmico, baseado na rapidez com que o carboidrato é absorvido.
O açúcar faz parte da lista de carboidratos simples, assim como pães,
chocolate, arroz e massas. Mancini destaca que, em geral, a quantidade
do consumo de açúcar para um diabético é de até 30 gramas por porção.
— Sempre lembro que não adianta olhar para um alimento isoladamente. Uma
pessoa não vai pegar uma quantidade de açúcar de mesa e comê-lo de
colher. Ele é inserido no contexto de uma refeição mista e será
absorvido pelo organismo junto com vários outros nutrientes ao mesmo
tempo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, os carboidratos, entre eles
os doces, são fontes importantes de energia. A entidade recomenda que a
ingestão de carboidratos totais seja de 45 a 60% do VET (valor
energético total) diário (e não menos do que 130 gramas por dia) e de
sacarose, de até 10% do VET. Afinal, qualquer indivíduo precisa de
todos os nutrientes para o bom funcionamento do organismo. Mas Mancini
ressalta:
— O carboidrato é o que mais gera dúvida quando o assunto é alimentação
de um paciente com diabetes. Ele pode e deve comer esse nutriente, mas
quem vai determinar a rigidez do controle é o nutricionista ou o
especialista. Por isso, o acompanhamento médico é essencial quando se
trata desta doença.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/tem-muito-diabetico-que-deixa-de-comer-um-doce-quando-poderia-diz-medico-14112015
DIA MUNDIAL DO DIABETES: Diagnóstico precoce e hábitos saudáveis - aliados contra a doença
Diagnóstico precoce e hábitos saudáveis são os principais aliados contra a diabetes.
No próximo dia 14, comemora-se o Dia Mundial da Diabetes - data criada
para chamar a atenção da sociedade para essa doença que é uma das
principais causas de morte cardiovascular.
Exame de sangue detecta nível de glicose no sangue
Um exame simples realizado em laboratório de análises clinicas para
medir o nível de glicose no sangue, chamada glicemia (aleatória ou de jejum), é uma das mais importantes armas para
diagnosticar o Diabetes Mellitus. Caso se detecte valores fora dos padrões, é sinal de que o paciente está pré-diabético ou com diabetes.
Exame de glicemia capilar
O
teste da glicemia capilar, feito a partir de uma gota de sangue
tirada da ponta do dedo, muito comum em mutirões ou em serviços de
pronto atendimento, é um procedimento ainda mais simples e permite medir
instantaneamente o nível de glicose no sangue.
Tudo sobre o diabetes
Diabetes (Diabetes Mellitus) é uma doença crônica,
que não tem cura,
mas que pode ser controlada por meio de medicamentos, alimentação
balanceada e atividade física. Por isso, o acompanhamento médico e a
realização de exames periódicos – principalmente para quem tem histórico
familiar da doença ou apresenta excesso de peso - são fundamentais para
um diagnóstico precoce e
tratamento adequado desde o início, visando à prevenção das complicações.
Não controlado e em estado avançado, Diabetes pode levar à cegueira,
acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência
renal e à amputação. Os adultos com diabetes têm risco de morte 1,5 vez
maior que os demais na mesma faixa etária. “A prevenção é fundamental”,
diz Vivian Estefan, endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo
Vasconcelos. Segundo ela, além do risco de morte provocado pela doença, o
seu impacto na qualidade de vida dos pacientes é enorme em função de
todas as possíveis complicações.
Existem dois tipos de diabetes:
Tipo 1, que aparece normalmente na infância ou adolescência, em
função de uma falha do sistema imunológico, que passa a entender a
insulina como uma ameaça ao organismo e destrói as células que produzem o
hormônio, originando uma deficiência total deste.
Tipo 2 (que corresponde a cerca de 90% dos casos),
também chamado de familiar ou hereditário, aparece em geral após os 40
anos, em decorrência de obesidade, da falta de hábitos saudáveis de
alimentação e sedentarismo. Neste caso, a produção de insulina
encontra-se aumentada, porém existe uma
resistência do organismo à sua ação.
De acordo com a especialista, há um aumento acelerado na incidência do
diabetes tipo 2 na maioria dos países do mundo, inclusive no Brasil,
devido principalmente ao estilo de vida pouco saudável e ao
envelhecimento da população. Segundo dados IBGE de 2013, 6,2% da
população com 18 anos ou mais tinham diabetes diagnosticada.
Fonte: Complexo hospitalar Edmundo Vasconcelos
Fonte: http://www.saudecomciencia.com/2015/11/dia-mundial-do-diabetes-diagnostico-precoce-habitos-saudaveis.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+saudecomciencia+%28saudecomciencia%29
Novo método ajuda diabéticas a evitarem os riscos de uma gravidez
Foto: Wikimedia
O Dia Mundial do Diabetes, 14 de
novembro, tem como objetivo alertar a população sobre o aumento dos
casos e divulgar informações que ajudem na prevenção e controle da
doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 350
milhões de pessoas têm diabetes no mundo. No Brasil, segundo o
Ministério da Saúde, mais de 14 milhões de brasileiros acima dos 18 anos
foram diagnosticados com o diabetes, número que poderá subir para 20
milhões de casos em 2035. Atualmente o Brasil ocupa o quarto lugar no
ranking mundial de ocorrência da doença.
As mulheres diabéticas são consideradas
pacientes de risco em uma gestação. Muitas decidem engravidar e não
apresentam problemas. Mas há as que não querem correr riscos e decidem
não ter filhos. Ao optar por um método de contracepção, uma cirurgia de
laqueadura convencional poderia se tornar também um risco por conta da
cicatrização e outras complicações cirúrgicas. Mas uma moderna técnica
de laqueadura sem cortes se apresenta como uma boa alternativa de
contracepção permanente a todas as mulheres e, em particular, para as
diabéticas.
O método é o Essure, com eficácia de
99,8% e que começa a ser mais conhecido no Brasil por sua eficácia e
praticidade, pois não oferece os riscos de uma cirurgia convencional.
“É um procedimento rápido, ambulatorial e
minimamente invasivo, praticamente indolor, dispensa anestesia, não
contém medicamentos ou hormônios. A colocação não dura mais do que 5
minutos e a paciente sai do ambulatório e pode voltar normalmente para
suas atividades, sem necessidade de repouso”, explica a médica
ginecologista Dra. Daniella De Batista Depes, encarregada do Setor de
Histeroscopia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.
Considerado como primeira opção entre as
mulheres europeias e norte-americanas, o método é aprovado pela Anvisa –
Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 2009. No Brasil, há
registros de mais de 5 mil mulheres que colocaram Essure e mais de 1
milhão no mundo.
Essure é um dispositivo que consiste em
um microimplante macio e flexível, de apenas quatro centímetros, em
titânio e níquel (materiais que apresentam excelente compatibilidade com
o organismo) que, introduzido pela vagina por um equipamento
extremamente fino (histeroscópio), é colocado em cada uma das tubas
uterinas.
Nas semanas que se seguem ao
procedimento, o corpo e os microimplantes trabalham juntos para formar
uma barreira natural que impede o espermatozoide de alcançar o óvulo.
Por esse motivo, durante os três primeiros meses, a paciente deve
continuar a usar outra forma de contracepção. Após este período, é
realizado exame de imagem da pelve e, confirmada a oclusão, não é mais
necessário o uso de outro método contraceptivo.
Para as mulheres interessadas em ter
acesso ao método pela rede pública, o primeiro passo é participar do
Programa de Planejamento Familiar. Basta se dirigir até a Unidade Básica
de Saúde (UBS) mais próxima da residência para encaminhamento. A
técnica tem sido oferecida em vários Estados como é o caso de São Paulo,
Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo, Pará, Paraná, Rio
Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins.
Conheça os diferentes tipos de laqueadura tubária
Métodos para Laqueadura Tubária
|
Laparotomia
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Laparoscopia
|
Histeroscopia
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Realizado em Centro Cirúrgico |
Realizado em Centro Cirúrgico |
Realizado em Ambulatório |
Uma incisão grande |
Duas ou três incisões pequenas |
Sem cortes |
Exige Anestesia |
Exige Anestesia |
Dispensa Anestesia |
Exige Internação |
Exige Internação |
Dispensa Internação |
Analgesia pós-operatória |
Analgesia pós-operatória |
Dispensa Analgesia |
Uma cicatriz grande |
Duas ou três cicatrizes pequenas |
Sem Cicatrizes |
Repouso/Restrições por 30 dias |
Repouso/Restrições por 15 dias |
Retorno Imediato às Atividades |
1 procedimento/2 horas |
1 procedimento/2 horas |
8 procedimentos/2 horas |
Procedimento Invasivo |
Procedimento Invasivo |
Minimamente Invasivo |
Exames pré-operatórios |
Exames pré-operatórios |
Uma radiografia simples da pelve (pós-operatório) |
Equipe médica extensa |
Equipe médica extensa |
Equipe mínima (duas pessoas) |
Segundo a Lei 9.263, para ser submetida à
laqueadura a mulher precisa ter mais de 25 anos ou dois filhos. Além de
uma reunião de Planejamento Familiar. A cirurgia não pode ser feita no
momento do parto, a não ser que a mulher tenha algum problema grave de
saúde ou tenha feito várias cesarianas.
|
Fonte: http://saopaulotimes.r7.com/sp/novo-metodo-ajuda-diabeticas-a-evitarem-os-riscos-de-uma-gravidez/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=novo-metodo-ajuda-diabeticas-a-evitarem-os-riscos-de-uma-gravidez
27/11/2015 às 06h34
'Negligenciei a diabetes e fiquei cega por minha própria culpa'
Leonie Watson contou que perdeu a visão em um período de apenas 12 meses (Foto: Arquivo Pessoal de Leonie Watson)
A britânica Leonie Watson perdeu a visão aos vinte e poucos anos
depois de ignorar, por muito tempo, recomendações médicas para que
tratasse da diabetes.
Watson conta que foi diagnosticada com diabetes tipo 1 quando ainda
era criança e, na época, foi informada sobre o quanto poderia comer e
sobre as injeções de insulina.
"Quando fiquei um pouco mais velha perguntei ao meu pediatra por que
tinha que ser deste jeito, se eu não poderia calcular o quanto de comida
iria comer, medir a glicose do meu sangue e então calcular a dose de
insulina sozinha. A partir deste dia não sei se ele realmente deixou eu
fazer isto ou se meu subconsciente adicionou uma memória baseada na
resposta dele, mas não importa. Aquele foi o momento em que a rebelião
começou", contou Watson à BBC.
Durante a adolescência, ela descobriu que poderia deixar de tomar uma
das injeções de insulina sem grandes consequências e parou de monitorar
o nível de glicose no sangue. Nessa fase ela também parou de ir ao
médico para os check-ups anuais.
"Nos meus anos de estudante eu me esbaldei. Fumei, dancei, fui à
farra e continuei ignorando o fato de que era diabética", disse.
Um ano
Watson contou que perdeu a visão durante um período de apenas 12 meses, entre 1999 e 2000.
Durante a adolescência e primeiros anos da vida adulta, Watson
ignorou o fato de que tinha diabetes (Foto: Arquivo Pessoal de Leonie
Watson)
"Quando o século estava terminando, eu estava trabalhando na
indústria de tecnologia como desenvolvedora web. Era a época do boom do
setor de dotcom e todo mundo estava se divertindo. (...) ... Muitas
festas insanas (...) saíamos dos clubes às seis da manhã e dirigíamos
para Glastonbury só para ver o sol nascer."
Mas, em uma manhã de 1999, a britânica acordou com uma ressaca e um problema.
"Quando olhei no espelho percebi que podia ver uma faixa de sangue na
minha linha de visão. Eu olhava para a esquerda e para a direita, a
faixa se movia devagar, como se estivesse flutuando em um líquido
grosso."
Ela pensou que fosse apenas uma consequência da noite agitada e
esperou alguns dias até consultar um oculista, que então a encaminhou
para o hospital oftalmológico mais próximo para mais exames.
"Quando a diabetes não é controlada por um tempo causa uma série de
problemas que não são vistos. Quando você come alguma coisa, o nível de
açúcar no sangue aumenta e seu corpo produz insulina para converter
aquela glicose em energia. Se não houver insulina o bastante disponível,
então as células do corpo não recebem energia, elas começam a morrer e o
excesso de glicose continua preso em sua corrente sanguínea", explicou
Watson.
A britânica explicou que a glicose também sufoca células vermelhas e evita que elas transportem oxigênio.
E, segundo Watson, uma das manifestações dos danos causados pela doença é a retinopatia diabética.
"Tentando conseguir oxigênio o bastante para a retina, no fundo do
olho, seu corpo cria novos vasos sanguíneos para tentar compensar. Eles
são criados como uma medida de emergência, então são fracos. Isto
significa que eles tendem a estourar e causar hemorragia dentro do olho -
criando faixas visíveis de sangue, como a que eu via."
No hospital oftalmológico ela foi submetida a um tratamento com laser.
"Não foi agradável. Foi preciso tomar uma injeção de anestesia no olho antes do laser ser disparado."
Mas, em retrospecto, a britânica acha que este tratamento foi inútil.
"Ninguém nunca me falou sobre as consequências de ter retinopatia
diabética avançada, sempre foi falado em termos de uma deterioração
progressiva."
"Lembro do dia em que me dei conta do quanto minha visão estava
piorando, foi um dia de primavera no ano 2000. Estava descendo as
escadas em casa quando entendi subitamente, como se tivesse sido
atingida por um raio: eu ia ficar cega. Com absoluta certeza eu sabia
que perderia minha visão e poderia apenas culpar a mim mesma. Sentei na
escada e desabei, chorei como criança."
Sem os exames, sem controle da dieta e sem insulina, a condição de Watson se deteriorou
Watson passou por um tratamento com antidepressivos mas, como o
medicamento a fazia dormir o dia inteiro, ela desistiu. Nos mesesseguintes, teve que deixar o trabalho, pois a visão foi piorando.
Então veio a fase da raiva, na qual ela ficava "fora de controle e
gritava ou atirava coisas contras pessoas que amava só porque elas
estavam lá".
Ela também se machucava fazendo tarefas diárias, o que a deixava ainda mais deprimida.
"Quase no fim daquele ano, um pouco antes do Natal, o resto da minha
visão foi embora. Quando penso nisto agora, parece que fui para a cama
uma noite percebendo uma pequena mancha vermelha na parte mais distante
da minha visão (a luz de standby da televisão do quarto) então acordei
na manhã seguinte sem mais nada."
Watson afirma que as pessoas pensam que a cegueira completa é como fechar os olhos ou ficar em um quarto escuro.
"Não é assim de jeito nenhum. É uma completa ausência de luz, não é preto ou qualquer outra cor que eu possa descrever."
Retinas
A britânica explica que suas retinas já não existem mais e ela não
recebe luz no fundo dos olhos, "o que dá aos meus olhos a aparência
peculiar".
Hoje, Watson (mostrada com o noivo, Dan) não tem mais visão nenhuma,
mas voltou a trabalhar e levar uma vida mais independente (Foto: Arquivo
Pessoal de Leonie Watson)
"Cada pupila fica permanentemente e totalmente aberta porque está
tentando capturar a luz. E, estranhamente, é a aparência de meus olhos
que ainda faz com que eu não tenha tanta certeza de que estou cega, mas
como eu não me lembro mais como sou, talvez chegará um momento quando
isto também desaparecerá sem deixar dúvidas. Estou bem adaptada a ser
cega."
Agora, sem ter nenhuma visão, Watson conta que sua vida está mais fácil, pois ela começou a usar mais os outros sentidos.
"Não tenho uma audição ou olfato extraordinários. Mas presto mais
atenção aos outros sentidos. Por exemplo, frequentemente ouço um
telefone tocando quando as outras pessoas não ouvem pois estou prestando
mais atenção à audição do que elas."
Nos meses seguintes, depois de perder a visão completamente, Watson
teve que aprender novamente coisas mais básicas: como fazer tarefas
domésticas, como cozinhar, onde encontrar audiolivros, como atravessar a
rua e como é beber demais quando não se consegue enxergar.
"Tudo isto aconteceu há 15 anos. Em algum momento, voltei a trabalhar
e agora tenho muita sorte de estar trabalhando e colaborando com muitas
pessoas inteligentes e interessantes, muitas delas tenho a satisfação
de chamar de amigas."
Watson contou a experiência em seu site pessoal.
"A vida continuou, como a vida costuma fazer. Comemorei meu 40º
aniversário no ano passado - talvez tenha sido isto que me levou a
pensar e compartilhar minha história", afirmou.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/negligenciei-a-diabetes-e-fiquei-cega-por-minha-propria-culpa-27112015