Fonte: http://djc-tecenfermagem.blogspot.com.br/2013/04/hipertensao-arterial.html
Dicas & notícias > Exercício Físico e a Hipertensão Arterial
Publicado em 9/6/2011
Por Camilla Amaral
A
hipertensão pode ser considerada uma doença perigosa por, na maioria
das vezes, não apresentar sintomas. A hereditariedade, o sedentarismo, a
obesidade, o estilo de vida e a sensibilidade ao sal, são alguns dos
principais motivos para elevar a pressão arterial, tornando-se um fator
de risco cardiovascular e contribuindo para uma série de doenças
coronarianas, renais, derrame (AVC), infarto agudo do miocárdio, entre
outras.
A elevação da pressão pode ocorrer quando o coração contrai (chamamos de sístole = Pressão Sistólica) ou quando o coração relaxa (diástole = Pressão Diastólica).
Você é hipertenso?
O
indivíduo é considerado hipertenso quando a pressão – em tomadas
repetidas, locais e horários diferentes – é maior ou igual que 140mmHg
(sistólica) por 90mmHg (diastólica) ou simplesmente 14 por 9.
Há dois tipos de hipertensão: primária e secundária. A
primária corresponde a 90% dos casos e também é chamada de idiopática,
por não ter causa definida. A secundária, menos comum, tem causa
conhecida, por isso é secundária a alguma doença no cérebro, rins, aorta
ou de algumas glândulas (como a tireóide e a hipófise).
Com
o aumento da gordura (ateromas) agregada às paredes das artérias, a luz
do vaso diminui, o sangue tem dificuldade para passar, faz com que o
coração precise trabalhar mais e contrair com mais força, aumentando
assim a pressão. Esta é a famosa Aterosclerose, um dos fatores que
aumenta (e muito) as chances de uma pessoa desenvolver e agravar doenças
cardiovasculares.
Pode
ser causada também por um aumento no volume de sangue decorrente de um
defeito no sistema regulador dos rins e hormônios. Ou mesmo um aumento
da resistência à passagem do sangue nos vasos.
Sinais de hipertensão:
- Cansaço;
- Tonturas;
- Visão borrada;
- Escurecimento da visão;
- Fraqueza muscular em um lado do corpo;
- Sangramento nasal;
- Fraqueza;
- Inchaço de mãos e pés;
- Urinar à noite;
- Palpitação;
- Dispinéia;
- Dor no peito.
Hipertensão tem cura?
Infelizmente
a hipertensão (assim como o diabetes, a dislipidemia e a obesidade) é
uma doença crônica, ou seja, é para a vida inteira. Não tem cura, mas
pode ser prevenida e tratada.
E adivinha qual é a fórmula mágica? Alimentação balanceada e prática regular de atividade física!
Mas isso é novidade para você?
Vamos aos fatos. Por que o exercício físico é tão importante para o tratamento da hipertensão?
O
incremento de atividade física até mesmo uma caminhada diária de 20
minutos pode reduzir em 29% o risco de hipertensão incidente.
A
redução de peso excessivo diminui tanto a pressão sistólica como a
diastólica. Depois do aumento da prática de exercícios físicos, além de
acelerar a perda de peso, a pressão arterial cai em 6 a 7 mmHg na
pressão sistólica e diastólica. O aumento gradual do nível de atividade
diária pode (e deve) ser superior a três vezes por semana e a prática
contínua de intensidade moderada, comprovadamente é tão eficaz quanto o
exercício de maior intensidade, na redução da pressão.
Sobretudo, podemos destacar outros benefícios:
- Aumenta disposição;
- Reduz o estresse, ansiedade e depressão;
- Melhora a aptidão física;
- Retarda o processo de envelhecimento;
- Melhora a função respiratória;
- Reduz o risco de desenvolver doenças cardíacas coronarianas e chances de morte súbita;
- Diminui tanto o colesterol “ruim” (LDL) quanto os triglicerídeos e eleva o “bom” colesterol (HDL);
- Melhora a circulação sanguínea, promovendo vasodilatação;
- Diminui o risco de desenvolver pressão alta e reduz a pressão de quem já é hipertenso;
- Diminui o risco de desenvolver o diabetes do tipo 2 (não insulino-dependente);
- Reduz o risco de sofrer câncer de cólon.
Além
do tratamento não farmacológico (este, que comentamos acima), existe
também o tratamento farmacológico, prescritos sempre pelo seu
cardiologista. São os famosos diuréticos, simpaticolíticos de ação
central, alfa e beta bloqueadores, vasodilatadores, entre outros que
ajudam no efeito hipotensor.
Atenção: Se
você acha ou já sabe que é hipertenso, procure um médico antes de
começar a prática de exercícios! Pacientes com hipertensão necessitam
ser submetidos à avaliação clínica, em casos de níveis muito elevados de
pressão arterial, devem ser medicados adequadamente antes do início de
um programa de atividade física.
Prevenindo a hipertensão:
Exercício Físico
O
tipo de exercício mais indicado para hipertensos, são os que chamamos
de exercícios aeróbios. Em geral, são exercícios de longa duração e
intensidade moderada, como a caminhada, corrida, ciclismo, natação,
hidroginástica, dança, entre outros.
Exercícios
de fortalecimento muscular também são muito recomendados,
principalmente para manutenção de massa magra (músculos), sendo
realizados sempre com cargas leves e grande número de repetições. Mas
este, devemos ter mais cautela. Exercícios de musculação podem elevar a
pressão arterial de maneira acentuada ao utilizar cargas elevadas.
Sempre os faça sob orientação de um profissional de Educação Física.
Alimentação Balanceada
É
importante ressaltar que muitas pessoas costumam dizer “Tudo o que como
é insosso, não coloco muito sal na comida”. Existem alimentos que por
si só têm um alto teor de sal (leia-se “sódio” nas embalagens), mesmo
sem você adicioná-lo. Até doces têm sódio! Procure investigar o teor de
sódio nas embalagens dos alimentos industrializados que você costuma
consumir (não se assuste!).
Exemplos de alimentos ricos em sal:
- Temperos e alimentos industrializados (ketchup, maionese, mostarda, molho shoyu, caldos concentrados);
- Embutidos (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, salame);
- Conservas (picles, azeitona, aspargo, palmito);
- Enlatados (extrato de tomate, milho, ervilha);
- Aditivos (glutamato monossódico) utilizados em alguns condimentos e sopas de pacote;
- Bacalhau, carne seca, defumados;
- Queijos em geral.
Restrição de álcool e interrupção do tabagismo:
A
restrição do consumo habitual a dois drinques ou menos de álcool por
dia pode reduzir a PA em indivíduos normotensos e hipertensos e pode
ajudar a evitar a hipertensão.
Embora
a interrupção do tabagismo, em geral, não atue diretamente na regulação
da pressão, reduz de modo significativo o risco de doença
cardiovascular. A cautela está no ganho de peso que usualmente acompanha
o abandono do tabaco, criando um obstáculo aos indivíduos que desejam
ou precisam parar de fumar.
Costuma medir a pressão arterial em casa? Aí vão algumas dicas:
Hoje
em dia podemos encontrar aparelhos de pressão (esfigmomanômetros) em
farmácias, lojas de equipamentos médicos e terapêuticos. Existem dois
tipos de esfigmomanômetro: analógico (“manual” – com braçadeira, aneróide, pêra de insuflação e o auxílio de um estetoscópio) e o digital (“automático” – usado no punho ou braço, não necessita do estetoscópio, insufla automaticamente ao apertar o botão).
- Primeiramente o indivíduo deve estar em repouso, ou seja, se estava praticando atividade física ou mesmo se ele estivesse apenas em pé, é necessário que permaneça sentado por no mínimo cinco minutos antes da aferição, para garantir que não haja alterações na pressão.
- Posição ideal do corpo*: sentado, braço na altura do coração, com o cotovelo levemente flexionado e apoiado, pernas descruzadas e relaxadas. Manter respiração normal, evitando falar durante a medição.
*Se
a aferição não for realizada nestas condições, corre risco de haver
alterações na pressão arterial por conta de diversos fatores, como a
dificuldade de circulação sanguínea e retorno venoso, por exemplo.
- Sendo assim, não é recomendável aferir a pressão com roupas compridas ou grossas. Mesmo se dobrar a manga da camiseta na altura dos ombros, pode aumentar falsamente a pressão por conta da mesma agir como um garrote, apertando o braço. O ideal sempre é medir na própria pele.
- Utilizar a braçadeira inadequada pode subestimar ou superestimar a pressão. Existem três tipos de braçadeira: pequenas, para crianças; médias, para adultos e; grandes, para obesos (comumente utilizada também por pessoas hipertrofiadas). Portanto, confira – se for necessário, pergunte ao seu médico – qual é a mais indicada para você.
- Fatores que podem alterar a pressão: ansiedade, fumo, dor, estômago cheio, bexiga cheia, frio, ruído (como a fala), exercício.
- Não
esqueça de calibrar seu aparelho regularmente! Aparelhos analógicos
recomenda-se a calibração a cada 3 a 4 meses. Aparelhos digitais, a cada
6 meses. Dê o primeiro passo… JÁ!1) Consulte já o seu médico, realize uma avaliação clínica e faça os exames necessários.2) Comece já o seu tratamento para evitar de tomar remédios para o resto de sua vida: pratique exercícios! E não esqueça: a autoprescrição de exercício se iguala a automedicação. A prática irregular e inadequada de atividade física pode lhe dar o efeito reverso, como severas lesões musculares e articulares e até morte súbita (que temos escutado muito ultimamente, ocorrências em “atletas de finais de semana”). Peça orientação a um profissional de Educação Física.3) Se você já toma medicamentos para regular sua pressão, procure sempre de tomá-los nos horários e dosagens de acordo com a prescrição médica. Você pode não sentir o efeito imediato, mas estará fazendo um benefício enorme à sua saúde a médio e longo prazo.4) Mesmo tomando remédios e praticando exercícios, não deixe de cuidar da sua alimentação. Lembre-se que eles caminham juntos. Bons hábitos e uma alimentação balanceada não só previnem a hipertensão como fortalecem o sistema imunológico prevenindo inúmeras outras doenças cardiovasculares e metabólicas. Procure um Nutricionista e tire suas dúvidas.Cuide do seu coração. Cuide da sua vida!Camilla Laís AmaralTreinadora Esportiva e Personal TrainerPós-graduanda em Exercício Físico Aplicado à Reabilitação Cardíaca e a Grupos Especiais pela UGFFonte:http://www.liferun.com.br/dicas-e-noticias/exercicio-fisico-e-a-hipertensao.html
Vídeo Hipertensão
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=-Jy0okdX5WU
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