Diabetes pode acarretar problemas cardíacos
Fatores de risco no organismo do diabético podem levar ao surgimento da arterosclerose e neutralizar sinais de infarto
25/04/2013 | 17h20
Aproximadamente metade dos brasileiros com diabetes não sabem que têm a doença
Foto:
Morguefile / Divulgação
Estima-se que 12 milhões de brasileiros sejam diabéticos. Apesar
disso, de acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente
metade desse número não sabe que possui a doença, caracterizada pelos
altos níveis de açúcar no sangue. A falta de conhecimento sobre esse
fator é de grande periculosidade para a saúde do corpo e,
principalmente, do coração.
O infarto agudo do miocárdio, quando ocorre em diabéticos, tem seus sintomas reduzidos a sensações de mal-estar, sudorese, náuseas e vômitos. A dor no peito, principal sinal de infarto, muitas vezes não se manifesta nesse quadro.
– Além da neutralização dos sinais de infarto, as pessoas com diabetes normalmente carregam consigo outras doenças como hipertensão arterial, colesterol e obesidade ou peso acima do ideal. Esse conjunto proporciona um cenário de difícil funcionamento para o coração, colaborando para o acontecimento de um infarto – explica Marcelo Queiroga, presidente da SBHCI (Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista).
Os fatores de risco presentes no organismo do diabético podem levar ao desenvolvimento da aterosclerose, que é a formação de placas de gordura nas paredes das artérias, causando a obstrução da passagem sanguínea que leva oxigênio e nutrientes ao coração, ocasionando a angina e, no caso do rompimento de uma dessas placas, o infarto agudo do miocárdio.
– Os estudos sugerem que o bom controle da glicemia nos diabéticos é fundamental para prevenir a doença aterosclerótica. Além disso, não podemos esquecer que a prevenção e o controle dos outros fatores de risco são de extrema importância para a saúde do coração – enfatiza Marcelo Cantarelli, cardiologista intervencionista e coordenador da Campanha Coração Alerta da SBHCI.
Sabendo-se que o diabetes muitas vezes tem sua ocorrência devido a fatores genéticos, os médicos alertam aqueles que possuem diabéticos na família a fim de desenvolver hábitos de vida saudáveis.
– Para ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue, os diabéticos devem procurar realizar uma dieta balanceada, rica em legumes, verduras e frutas, grãos integrais e derivados do leite desnatado. Além disso, a prática de atividades físicas ajuda a manter o peso ideal – finaliza Queiroga.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2013/04/diabetes-pode-acarretar-problemas-cardiacos-4117877.htmlO infarto agudo do miocárdio, quando ocorre em diabéticos, tem seus sintomas reduzidos a sensações de mal-estar, sudorese, náuseas e vômitos. A dor no peito, principal sinal de infarto, muitas vezes não se manifesta nesse quadro.
– Além da neutralização dos sinais de infarto, as pessoas com diabetes normalmente carregam consigo outras doenças como hipertensão arterial, colesterol e obesidade ou peso acima do ideal. Esse conjunto proporciona um cenário de difícil funcionamento para o coração, colaborando para o acontecimento de um infarto – explica Marcelo Queiroga, presidente da SBHCI (Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista).
Os fatores de risco presentes no organismo do diabético podem levar ao desenvolvimento da aterosclerose, que é a formação de placas de gordura nas paredes das artérias, causando a obstrução da passagem sanguínea que leva oxigênio e nutrientes ao coração, ocasionando a angina e, no caso do rompimento de uma dessas placas, o infarto agudo do miocárdio.
– Os estudos sugerem que o bom controle da glicemia nos diabéticos é fundamental para prevenir a doença aterosclerótica. Além disso, não podemos esquecer que a prevenção e o controle dos outros fatores de risco são de extrema importância para a saúde do coração – enfatiza Marcelo Cantarelli, cardiologista intervencionista e coordenador da Campanha Coração Alerta da SBHCI.
Sabendo-se que o diabetes muitas vezes tem sua ocorrência devido a fatores genéticos, os médicos alertam aqueles que possuem diabéticos na família a fim de desenvolver hábitos de vida saudáveis.
– Para ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue, os diabéticos devem procurar realizar uma dieta balanceada, rica em legumes, verduras e frutas, grãos integrais e derivados do leite desnatado. Além disso, a prática de atividades físicas ajuda a manter o peso ideal – finaliza Queiroga.
Aterosclerose
O que é
A aterosclerose é a formação de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias do coração e suas ramificações de forma difusa ou localizada. Ela se caracteriza pelo estreitamento e enrijecimento das artérias devido ao acúmulo de gordura em suas paredes, conhecido como ateroma.O consumo excessivo de alimentos industrializados, bebidas alcoólicas e cigarro, a falta de atividades físicas e o excesso de peso modificam o LDL (lipoproteína de baixa densidade, o "mau colesterol"), agredindo os vasos sanguíneos e gradativamente levando ao entupimento das artérias. Com o passar dos anos, o diâmetro do vaso diminui, podendo chegar à obstrução completa, restringindo o fluxo sanguíneo na região.
Com isso, o coração recebe uma quantidade menor de oxigênio e nutrientes, tendo suas funções comprometidas. Essa complicação é a causa de diversas doenças cardiovasculares, como infarto, morte súbita e acidentes vasculares cerebrais.
Causas e fatores de risco
Na maioria das vezes, a aterosclerose está relacionada aos fatores de risco tradicionais, como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, tabagismo e obesidade.Pequena parte é de causa hereditária. Existem algumas alterações, como a hipercolesterolemia familiar, em que indivíduos da mesma família têm o colesterol elevado desde jovens, mas são menos frequentes. Nesses casos, o acompanhamento médico é indispensável para detectar o acúmulo das placas de gordura precocemente.
Sintomas
Os mais frequentes são: dores no peito (peso, aperto, queimação ou até pontadas), falta de ar, sudorese, palpitações refletindo arritmias e fadiga.A aterosclerose é uma doença perigosa, pois muitas vezes a evolução é silenciosa. Algumas pessoas só descobrem a formação de placas de gordura quando uma artéria é obstruída completamente e o paciente precisa ser atendimento imediatamente. São as situações de infartos, derrames e até morte súbita.
Diagnóstico
Se não existe histórico familiar de doença e nenhum risco conhecido, o recomendado é fazer avaliações periódicas do colesterol a partir dos 35 anos, para que se detecte a doença precocemente.Para aqueles que têm história de doenças cardiovasculares na família, o ideal é que o acompanhamento comece na adolescência, para que seja possível prevenir e controlar o desenvolvimento da doença.
Tratamento
A forma mais indicada de tratar a aterosclerose é retirar as placas de gordura e curar as lesões que ficam no local. A retirada pode ser feita por métodos invasivos, como o cateterismo e a angioplastia, e a ingestão de medicamentos. A adoção de hábitos saudáveis também é fundamental para o controle da doença.Prevenção
Assim como a maioria das doenças cardiovasculares, a melhor forma de prevenção é manter uma rotina que inclua exercícios físicos regulares, alimentação balanceada e com baixo consumo de gorduras e sal, além do controle dos fatores de risco para doenças como obesidade, diabetes, hipertensão e colesterol e evitar o consumo exagerado de álcool e cigarro.Fonte: http://www.einstein.br/einstein-saude/doencas/Paginas/tudo-sobre-aterosclerose.aspx
Assista a aula sobre Aterosclerose simulada na nova Lousa 3D Estereoscópico
Aterosclerose, mecanismo da formação de placas ateromatosas
UMA VIAGEM VASCULAR - COLESTEROL - HDL - LDL - ATEROSCLEROSE
Queridos leitores,
O que significa Diabetes Mellittus?
Significa que sobra açúcar no vaso sanguíneo.
Diabetes Tipo I: o Pâncreas não produz o hormônio INSULINA, devido a dois fatores:
-por ingestão de antiinflamatório que destruiu o Pâncreas;
-por uma infecção viral que destruiu o Pâncreas.
Diabetes Tipo II: o Pâncreas produz o hormônio INSULINA, porém, não tem o receptor de insulina na membrana celular (havendo a resistência à Insulina). Não adianta ter Insulina e não ter receptor, a Insulina não vai funcionar como deveria.
A pessoa adquire o Diabetes Tipo II por:
-por hábitos alimentares inadequados e sedentarismo;
-por ingestão de antiinflamatórios.
Diabetes Tipo Moddy: tem INSULINA e receptor de Insulina, mas a Insulina ou o seu receptor é defeituoso, ou seja, não há a ligação perfeita entre Insulina e receptor.
Diabetes Gestacional: é quando os hormônios da placenta competem pelo receptor da Insulina, sobrando Glicose no sangue da gestante e faltando para as células. Pode se dar somente durante a gestação ou para o resto da vida.
Paciente Hiperinsulinêmico: é sinal de Hipoglicêmico. É o paciente cujo o Pâncreas produz MUITA INSULINA e a quantidade de Glicose do sangue cai rapidamente faltando para o Cérebro, fazendo Taquicardia, tremores musculares, sudorese, tontura. O Cérebro nãao armazena Glicose e, sem ela ele morre.
Após a absorção dos carboidratos monossacarídeos (Glicose no Intestino), eles passam diretamente para a corrente sanguínea, aumentando a Glicose no interior dos vasos.
Ao mesmo tempo em que os carboidratos são absorvidos, o Pâncreas produz Insulina.
As células para captarem a Glicose do vaso sanguíneo para o seu interior devem apresentar receptores para a Insulina.
Quando a Insulina se liga no seu receptor, abre na membrana celular o transportador, permitindo a entrada de Glicose para o interior da célula e, esta Glicose será quebrada fornecendo energia para a célula.
Na Lousa #40: tipos de insulina e esquema posológico
09/11/2015 15h44
- Atualizado em
09/11/2015 15h44
Fome seguida de abundância de alimento eleva risco de diabetes
Estudo acompanhou adultos sobreviventes da fome de 1959 na China.
Quem se recuperou da privação teve propensão à doença até 82% maior.
O aumento nas taxas de diabetes entre adultos e idosos na China
pode estar ligada a problemas com desnutrição nos primeiros momentos da
vida e ainda no útero, seguidos de um rápido aumento na disponibilidade
de comida no país.Essa é a conclusão de um estudo recente que investigou a consequência de um período de fome e pobreza disseminada que arrasou o país entre 1959 e 1962. A economia daChina, porém, passou a reagir a partir daí, com o PIB tendo aumentado de US$ 28 per capita em 1978 para US$ 6.803 em 2013.
Pesquisadores analisaram dados sobre 6.900 adultos, incluindo cerca de 3.800 que passaram por situação de fome na infância, seguida de um status econômico diferente na vida adulta.
Comparados com o grupo que não enfrentou a fome, aqueles expostos à desnutrição no útero de suas mães eram 53% mais propensos a ter diabetes no futuro, aponta o estudo. A exposição à fome durante a infância, fora do útero, representava um risco de contrair diabetes 82% maior.
Além disso, adultos chineses vivendo em áreas mais afluentes tinham um risco 46% maior de contrair diabetes do que pessoas vivendo em comunidades mais pobres, concluiu o estudo.
"Descobrimos que há uma associação significativa entre a diabetes e a exposição à fome no útero e durante a infância; viver em áreas com status econômico alto na vida adulta aumenta ainda mais o risco", afirmou o autor do estudo, Yingli Lu, da Universidade Jiaotong, de Xangai. "Indivíduos experimentando desnutrição seguida de sobrenutrição podem ter o mais alto risco de diabetes."
Metabolismo deficiente
Uma explicação para essa conexão é que desnutrição dentro do útero ou na infância torna os organismos das pessoas menos capazes de converter açúcer em energia mais tarde na vida, quando tém uma chance de comer muito mais comida, afirmou Lu.
Ao todo, 11,4% dos adultos acompanhados pelo estudo tiveram diabetes, 31% eram obesos e 40% tinham hipertensão.
O trabalho, publicado na revista "Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism", não significa que vítimas da fome que obtém melhor qualidade de vida serão necessariamente afetadas pelo diabetes, e sim que existe alguma correlação.
A pediatra Ana Escobar, consultora do Bem Estar, explica que a ciência tem feito diversas descobertas recentes conectando o ambiente da vida intra-uterina com problemas de saúde na vida adulta.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/fome-seguida-de-abundancia-de-alimento-eleva-risco-de-diabetes.html
09/11/2015 10h41
- Atualizado em
09/11/2015 12h54
Crocância aumenta a vontade de comer os alimentos; veja dicas
Veja técnicas para ouvir o 'croc croc' dos alimentos.
Fritar, caramelizar e gratinar acrescentam gordura e açúcar.
O
croc croc dos alimentos deixa de fora os nutrientes necessários a
alimentação humana. Uma verdadeira bomba de gordura e açúcar, um vilão
poderoso para a saúde e dieta.
A crocância dos alimentos é uma das coisas que aumentam a vontade de
comer. Entretanto, o ingrediente que faz o alimento ficar crocante pode
ser um aliado ou um vilão para a saúde. O Bem Estar
conversou sobre o ‘croc croc’ dos alimentos com o endocrinologista
Bruno Halpern e a engenheira de alimentos Rosires Deliza nesta
segunda-feira (9).
O ‘croc croc’ dos alimentos depende do tamanho, resistência e rigidez das estruturas celulares que guardam agua e a maneira que as paredes celulares se rompem durante a mastigação. O problema é que algumas técnicas para deixar tudo crocante agregam poucos micronutrientes. Fritar, caramelizar e gratinar acrescentam gordura e açúcar nos alimentos. O ideal é comer ele desidratado, assado ou com sementes e grãos secos.
Linhaça, linhaça dourada, gergelim, chia, alho crocante, pimenta rosa são alguns dos ingredientes que podem dar a crocância e deixar o alimento mais atrativo e gostoso. Foi isso que fez a empresária Paula Franco. Os filhos não gostavam de salada, verduras, legumes. Ela complementou o prato saudável com as sementes e grãos e deu certo! Os filhos cresceram comendo salada.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/crocancia-aumenta-vontade-de-comer-alguns-alimentos.html
O ‘croc croc’ dos alimentos depende do tamanho, resistência e rigidez das estruturas celulares que guardam agua e a maneira que as paredes celulares se rompem durante a mastigação. O problema é que algumas técnicas para deixar tudo crocante agregam poucos micronutrientes. Fritar, caramelizar e gratinar acrescentam gordura e açúcar nos alimentos. O ideal é comer ele desidratado, assado ou com sementes e grãos secos.
Linhaça, linhaça dourada, gergelim, chia, alho crocante, pimenta rosa são alguns dos ingredientes que podem dar a crocância e deixar o alimento mais atrativo e gostoso. Foi isso que fez a empresária Paula Franco. Os filhos não gostavam de salada, verduras, legumes. Ela complementou o prato saudável com as sementes e grãos e deu certo! Os filhos cresceram comendo salada.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/crocancia-aumenta-vontade-de-comer-alguns-alimentos.html
14/11/2015 às 00h30
Mortalidade por diabetes supera a média das mortes por câncer
Dia Mundial do Diabetes serve para ressaltar importância da prevenção, com hábitos saudáveis
Exames de glicemia devem ser realizados periodicamente
Getty Images
Doença já detectada nas épocas do Egito e da Grécia antigos, o diabetes
mellitus continua a ser um perigo nos tempos atuais. O aumento do
sedentarismo e da obesidade foram pontos que, segundo a (Organização
Mundial de Saúde), nas últimas décadas, potencializaram a doença,
baseada na glicemia (nível de açúcar no sangue) alta.
No Dia Mundial do Diabetes, lembrado neste sábado (14), a data foi criada para alertar sobre a importância da prevenção dessa doença crônica (ainda sem cura). De maneira geral, o diabetes atingiu patamares de mortalidade maiores do que os do câncer, segundo alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Ricardo Cohen. Inclusive, segundo ele, alguns tipos de câncer são consequência do diabetes.
— A mortalidade do diabetes, quando comparada ao câncer, em geral é maior. A comparação é difícil, porque cada câncer é diferente, mas em um número global a mortalidade de diabetes ocorre em função de problema cardiovascular, infarte ou derrame, cujo número de mortes é maior do que o do câncer.
Em levantamento do Ministério da Saúde, as mortes causadas pelo diabetes no Brasil passaram de 24,1 a cada 100 mil habitantes, em 2006, para 28,7 mortes por 100 mil em 2010, ano em que a doença foi diretamente responsável por 54 mil mortes no País. Entre 200 e 2010 o número de mortes subiu 38%.
Já em documento do Inca (Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva), ligado ao Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade por câncer teve queda no Brasil, entre 2003 e 2012, de 0,53% entre os homens e 0,37% entre as mulheres. Conforme ressaltou Cohen, diabetes amplia ainda mais sua taxa de mortalidade se for considerado causa indireta de mortes, já que doenças como insuficiência renal (nefropatia diabética), acidente vascular cerebral (AVC), infarto e algumas infecções decorrem de quadros graves de diabéticos. Responsáveis por 50% das mortes no diabetes, disfunções cardiovasculares são a maior causa de óbitos da doença, segundo a IDF (International Diabetes Federation). "Tem muito diabético que deixa de comer um doce quando poderia", diz médico Entre 2000 e 2010, o número de diabéticos no mundo aumentou 54%. Atualmente, ainda de acordo com a IDF, 250 milhões de pessoas têm diabetes no mundo. No Brasil, este número é de 12 milhões, segundo a SBD. Em geral, no mundo, a mortalidade da doença é de 9,5%, com níveis ainda mais altos em países de média e baixa renda.
Em 90% dos casos, o diabetes é do tipo 2, que incide, em geral, em pessoas com idade acima dos 40 anos, cujos hábitos de vida criaram condições para o desenvolvimento da doença, como obesidade, colesterol e pressão altos. Sintomas
O presidente da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), Luiz Turatti, ressalta que a grande maioria dos casos diagnosticados não apresentam sintomas por um bom tempo. Trata-se, conforme ele diz, de uma doença silenciosa que só vai começar a causar algum tipo de repercussão quando os níveis de açúcar forem muito elevados. Até 99 mg/dl de açúcar no sangue, o indivíduo não tem a doença. E quando o nível for acima de 125 mg/dl o paciente é diabético.
— É importante reforçar a ideia de que anualmente os pacientes devem fazer o check-up para saberem se estão ou não com diabetes. A dosagem da glicemia em jejum já dá um parâmetro bastante importante, em relação ao risco desse paciente vir a desenvolver o diabetes.
Os sintomas podem demorar a aparecer. Mas costumam chegar na forma de tontura, cansaço, vontade de urinar frequentemente (poliúria), boca seca, fome em excesso, sensação de dormência nas mãos e pés, dores estomacais, difícil cicatrização e visão turva, entre outros. O termo diabetes surgiu do sintoma poliúria. O desejo excessivo de urinar foi comparado a um sifão, peça por onde a água passa, até a torneira. É latino, mas veio de uma palavra grega que significa "passar através". Já o termo mellitus, também no latim, quer dizer "doce igual ao mel".
Prevenção e tratamento
Turatti afirma que, nos últimos anos, os medicamentos, que possibilitam a ação da insulina, e até a introdução de insulina no organismo, muitas vezes de maneira injetável, foram importantes para haver um melhor controle da doença, no caso, da taxa de açúcar no sangue. Mas nem por isso sua gravidade diminuiu.
— A questão da gravidade não muda tanto hoje em relação ao passado. O que a gente tem é mais pacientes diabéticos e consequentemente mais pacientes desenvolvendo complicações de diabetes e morrendo por causa disso.
Para Cohen, vários fatores devem ser analisados no tratamento da doença. Inclusive em relação às questões cardíacas.
— Tratar diabetes é fazer tratamento cardíaco preventivo. Tem que tratar diabetes, o colesterol e o peso do individuo, os três. Deve ser um tratamento multidisciplinar, que baixa os três itens, não só glicose, não só pressão, não só os lipídios [gordura].
Os pilares para a prevenção da doença são baseados na alimentação saudável, sem excesso de açúcar e carboidratos, e exercícios físicos regulares.
A atividade física é importante para estimular a produção de insulina e aumentar a capacidade muscular na absorção de glicose. Além disso, é importante o acompanhamento períodico, pelo menos anual, dos níveis de glicose no sangue.
O nível de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que transporta a glicose para os tecidos, costuma ser normal nesses casos. O problema é que, devido às condições desfavoráveis, como placas de gordura, o organismo criou "resistência à insulina" e não consegue mais utilizá-la.
Sem a atuação da insulina, a quantidade de glicose (açúcar) no sangue aumenta, o que provoca sérios danos, já que o atrito do açúcar com as paredes de veias, artérias, por exemplo, promove feridas e corrosão no interior do organismo. Entupimentos também costumam ocorrer, levando a infartes e derrames.
Insuficiência renal, arteriosclerose e cegueira também são outras consequências possíveis. O diabetes tipo 1, que afeta 10% dos casos da doença, é uma doença autoimune, quando o indivíduo, desde o nascimento, não tem produção de insulina no organismo.
Em casos em que o IMC (Índice de Massa Corporal) é muito alto ou a medicação não está mais fazendo efeito, uma nova opção pode ser a cirurgia metabólica, que modifica o caminho dos alimentos pelo tubo digestivo, com o objetivo de diminuir a resistência dos tecidos à ação da insulina.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/mortalidade-por-diabetes-supera-a-media-das-mortes-por-cancer-14112015
Um exame simples realizado em laboratório de análises clinicas para medir o nível de glicose no sangue, chamada glicemia (aleatória ou de jejum), é uma das mais importantes armas para diagnosticar o Diabetes Mellitus. Caso se detecte valores fora dos padrões, é sinal de que o paciente está pré-diabético ou com diabetes.
O teste da glicemia capilar, feito a partir de uma gota de sangue tirada da ponta do dedo, muito comum em mutirões ou em serviços de pronto atendimento, é um procedimento ainda mais simples e permite medir instantaneamente o nível de glicose no sangue.
Diabetes (Diabetes Mellitus) é uma doença crônica, que não tem cura, mas que pode ser controlada por meio de medicamentos, alimentação balanceada e atividade física. Por isso, o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos – principalmente para quem tem histórico familiar da doença ou apresenta excesso de peso - são fundamentais para um diagnóstico precoce e tratamento adequado desde o início, visando à prevenção das complicações.
Não controlado e em estado avançado, Diabetes pode levar à cegueira, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência renal e à amputação. Os adultos com diabetes têm risco de morte 1,5 vez maior que os demais na mesma faixa etária. “A prevenção é fundamental”, diz Vivian Estefan, endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Segundo ela, além do risco de morte provocado pela doença, o seu impacto na qualidade de vida dos pacientes é enorme em função de todas as possíveis complicações.
Existem dois tipos de diabetes:
Tipo 1, que aparece normalmente na infância ou adolescência, em função de uma falha do sistema imunológico, que passa a entender a insulina como uma ameaça ao organismo e destrói as células que produzem o hormônio, originando uma deficiência total deste.
No Dia Mundial do Diabetes, lembrado neste sábado (14), a data foi criada para alertar sobre a importância da prevenção dessa doença crônica (ainda sem cura). De maneira geral, o diabetes atingiu patamares de mortalidade maiores do que os do câncer, segundo alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Ricardo Cohen. Inclusive, segundo ele, alguns tipos de câncer são consequência do diabetes.
— A mortalidade do diabetes, quando comparada ao câncer, em geral é maior. A comparação é difícil, porque cada câncer é diferente, mas em um número global a mortalidade de diabetes ocorre em função de problema cardiovascular, infarte ou derrame, cujo número de mortes é maior do que o do câncer.
Em levantamento do Ministério da Saúde, as mortes causadas pelo diabetes no Brasil passaram de 24,1 a cada 100 mil habitantes, em 2006, para 28,7 mortes por 100 mil em 2010, ano em que a doença foi diretamente responsável por 54 mil mortes no País. Entre 200 e 2010 o número de mortes subiu 38%.
Já em documento do Inca (Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva), ligado ao Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade por câncer teve queda no Brasil, entre 2003 e 2012, de 0,53% entre os homens e 0,37% entre as mulheres. Conforme ressaltou Cohen, diabetes amplia ainda mais sua taxa de mortalidade se for considerado causa indireta de mortes, já que doenças como insuficiência renal (nefropatia diabética), acidente vascular cerebral (AVC), infarto e algumas infecções decorrem de quadros graves de diabéticos. Responsáveis por 50% das mortes no diabetes, disfunções cardiovasculares são a maior causa de óbitos da doença, segundo a IDF (International Diabetes Federation). "Tem muito diabético que deixa de comer um doce quando poderia", diz médico Entre 2000 e 2010, o número de diabéticos no mundo aumentou 54%. Atualmente, ainda de acordo com a IDF, 250 milhões de pessoas têm diabetes no mundo. No Brasil, este número é de 12 milhões, segundo a SBD. Em geral, no mundo, a mortalidade da doença é de 9,5%, com níveis ainda mais altos em países de média e baixa renda.
Em 90% dos casos, o diabetes é do tipo 2, que incide, em geral, em pessoas com idade acima dos 40 anos, cujos hábitos de vida criaram condições para o desenvolvimento da doença, como obesidade, colesterol e pressão altos. Sintomas
O presidente da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), Luiz Turatti, ressalta que a grande maioria dos casos diagnosticados não apresentam sintomas por um bom tempo. Trata-se, conforme ele diz, de uma doença silenciosa que só vai começar a causar algum tipo de repercussão quando os níveis de açúcar forem muito elevados. Até 99 mg/dl de açúcar no sangue, o indivíduo não tem a doença. E quando o nível for acima de 125 mg/dl o paciente é diabético.
— É importante reforçar a ideia de que anualmente os pacientes devem fazer o check-up para saberem se estão ou não com diabetes. A dosagem da glicemia em jejum já dá um parâmetro bastante importante, em relação ao risco desse paciente vir a desenvolver o diabetes.
Os sintomas podem demorar a aparecer. Mas costumam chegar na forma de tontura, cansaço, vontade de urinar frequentemente (poliúria), boca seca, fome em excesso, sensação de dormência nas mãos e pés, dores estomacais, difícil cicatrização e visão turva, entre outros. O termo diabetes surgiu do sintoma poliúria. O desejo excessivo de urinar foi comparado a um sifão, peça por onde a água passa, até a torneira. É latino, mas veio de uma palavra grega que significa "passar através". Já o termo mellitus, também no latim, quer dizer "doce igual ao mel".
Prevenção e tratamento
Turatti afirma que, nos últimos anos, os medicamentos, que possibilitam a ação da insulina, e até a introdução de insulina no organismo, muitas vezes de maneira injetável, foram importantes para haver um melhor controle da doença, no caso, da taxa de açúcar no sangue. Mas nem por isso sua gravidade diminuiu.
— A questão da gravidade não muda tanto hoje em relação ao passado. O que a gente tem é mais pacientes diabéticos e consequentemente mais pacientes desenvolvendo complicações de diabetes e morrendo por causa disso.
Para Cohen, vários fatores devem ser analisados no tratamento da doença. Inclusive em relação às questões cardíacas.
— Tratar diabetes é fazer tratamento cardíaco preventivo. Tem que tratar diabetes, o colesterol e o peso do individuo, os três. Deve ser um tratamento multidisciplinar, que baixa os três itens, não só glicose, não só pressão, não só os lipídios [gordura].
Os pilares para a prevenção da doença são baseados na alimentação saudável, sem excesso de açúcar e carboidratos, e exercícios físicos regulares.
A atividade física é importante para estimular a produção de insulina e aumentar a capacidade muscular na absorção de glicose. Além disso, é importante o acompanhamento períodico, pelo menos anual, dos níveis de glicose no sangue.
O nível de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que transporta a glicose para os tecidos, costuma ser normal nesses casos. O problema é que, devido às condições desfavoráveis, como placas de gordura, o organismo criou "resistência à insulina" e não consegue mais utilizá-la.
Sem a atuação da insulina, a quantidade de glicose (açúcar) no sangue aumenta, o que provoca sérios danos, já que o atrito do açúcar com as paredes de veias, artérias, por exemplo, promove feridas e corrosão no interior do organismo. Entupimentos também costumam ocorrer, levando a infartes e derrames.
Insuficiência renal, arteriosclerose e cegueira também são outras consequências possíveis. O diabetes tipo 1, que afeta 10% dos casos da doença, é uma doença autoimune, quando o indivíduo, desde o nascimento, não tem produção de insulina no organismo.
Em casos em que o IMC (Índice de Massa Corporal) é muito alto ou a medicação não está mais fazendo efeito, uma nova opção pode ser a cirurgia metabólica, que modifica o caminho dos alimentos pelo tubo digestivo, com o objetivo de diminuir a resistência dos tecidos à ação da insulina.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/mortalidade-por-diabetes-supera-a-media-das-mortes-por-cancer-14112015
14/11/2015 às 00h30
"Tem muito diabético que deixa de comer um doce quando poderia", diz médico
Entidade considera carboidrato importante, de forma controlada, equilibrada e com orientação
Dieta deve se alinhar ao estilo de vida e características pessoais
Reprodução/Facebook
A ideia de que o açúcar é o vilão de qualquer tipo de dieta se tornou um
mito equivocado, segundo estudos atuais sobre diabetes. Segundo o
endocrinologista Márcio Mancini, responsável pelo Grupo de Obesidade e
Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, o mais importante é
que a dieta, de uma maneira geral, seja equilibrada e controlada.
— Tem muito diabético que não come nada de açúcar, mas come um prato grande de arroz com feijão, mistura arroz, batata e pão na mesma refeição. E acaba comendo carboidrato demais, se privando às vezes de comer um doce, que poderia comer, em quantidade controlada. Existe o mito que considera o açúcar como se fosse tóxico e no entanto o diabético pode consumir açúcar desde que de forma controlada.
A alimentação, conforme afirma o médico, tem de estar alinhada ao estilo de vida e às características de cada pessoa. A diminuição do número de casos de diabetes no Brasil não passa necessariamente pela eliminação do açúcar no cardápio. Se no Brasil hoje o número de diabéticos é de cerca de 12 milhões de pessoas, daqui a 20 anos será de 19,2 milhões, segundo as projeções da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).
Há atualmente a convicção de que a elevação da glicemia (nível de açúcar no sangue) ocorre por causa da ingestão inadequada de carboidratos em geral, e não somente da sacarose (combinação de glicose e frutose), que é o açúcar disponível no mercado. Segundo Mancini, os carboidratos compõem um dos três grupos de macronutrientes. Os outros são as proteínas e as gorduras.
— Os carboidratos complexos (cereais integrais, lentilha, batata e frutas, entre outros) também contêm glicose, mas a digestão é mais demorada. O mais importante é a carga glicêmica do que o índice glicêmico, baseado na rapidez com que o carboidrato é absorvido.
O açúcar faz parte da lista de carboidratos simples, assim como pães, chocolate, arroz e massas. Mancini destaca que, em geral, a quantidade do consumo de açúcar para um diabético é de até 30 gramas por porção.
— Sempre lembro que não adianta olhar para um alimento isoladamente. Uma pessoa não vai pegar uma quantidade de açúcar de mesa e comê-lo de colher. Ele é inserido no contexto de uma refeição mista e será absorvido pelo organismo junto com vários outros nutrientes ao mesmo tempo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, os carboidratos, entre eles os doces, são fontes importantes de energia. A entidade recomenda que a ingestão de carboidratos totais seja de 45 a 60% do VET (valor energético total) diário (e não menos do que 130 gramas por dia) e de sacarose, de até 10% do VET. Afinal, qualquer indivíduo precisa de todos os nutrientes para o bom funcionamento do organismo. Mas Mancini ressalta:
— O carboidrato é o que mais gera dúvida quando o assunto é alimentação de um paciente com diabetes. Ele pode e deve comer esse nutriente, mas quem vai determinar a rigidez do controle é o nutricionista ou o especialista. Por isso, o acompanhamento médico é essencial quando se trata desta doença.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/tem-muito-diabetico-que-deixa-de-comer-um-doce-quando-poderia-diz-medico-14112015
Diagnóstico precoce e hábitos saudáveis são os principais aliados contra a diabetes.
No próximo dia 14, comemora-se o Dia Mundial da Diabetes - data criada para chamar a atenção da sociedade para essa doença que é uma das principais causas de morte cardiovascular.
— Tem muito diabético que não come nada de açúcar, mas come um prato grande de arroz com feijão, mistura arroz, batata e pão na mesma refeição. E acaba comendo carboidrato demais, se privando às vezes de comer um doce, que poderia comer, em quantidade controlada. Existe o mito que considera o açúcar como se fosse tóxico e no entanto o diabético pode consumir açúcar desde que de forma controlada.
A alimentação, conforme afirma o médico, tem de estar alinhada ao estilo de vida e às características de cada pessoa. A diminuição do número de casos de diabetes no Brasil não passa necessariamente pela eliminação do açúcar no cardápio. Se no Brasil hoje o número de diabéticos é de cerca de 12 milhões de pessoas, daqui a 20 anos será de 19,2 milhões, segundo as projeções da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).
Há atualmente a convicção de que a elevação da glicemia (nível de açúcar no sangue) ocorre por causa da ingestão inadequada de carboidratos em geral, e não somente da sacarose (combinação de glicose e frutose), que é o açúcar disponível no mercado. Segundo Mancini, os carboidratos compõem um dos três grupos de macronutrientes. Os outros são as proteínas e as gorduras.
— Os carboidratos complexos (cereais integrais, lentilha, batata e frutas, entre outros) também contêm glicose, mas a digestão é mais demorada. O mais importante é a carga glicêmica do que o índice glicêmico, baseado na rapidez com que o carboidrato é absorvido.
O açúcar faz parte da lista de carboidratos simples, assim como pães, chocolate, arroz e massas. Mancini destaca que, em geral, a quantidade do consumo de açúcar para um diabético é de até 30 gramas por porção.
— Sempre lembro que não adianta olhar para um alimento isoladamente. Uma pessoa não vai pegar uma quantidade de açúcar de mesa e comê-lo de colher. Ele é inserido no contexto de uma refeição mista e será absorvido pelo organismo junto com vários outros nutrientes ao mesmo tempo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, os carboidratos, entre eles os doces, são fontes importantes de energia. A entidade recomenda que a ingestão de carboidratos totais seja de 45 a 60% do VET (valor energético total) diário (e não menos do que 130 gramas por dia) e de sacarose, de até 10% do VET. Afinal, qualquer indivíduo precisa de todos os nutrientes para o bom funcionamento do organismo. Mas Mancini ressalta:
— O carboidrato é o que mais gera dúvida quando o assunto é alimentação de um paciente com diabetes. Ele pode e deve comer esse nutriente, mas quem vai determinar a rigidez do controle é o nutricionista ou o especialista. Por isso, o acompanhamento médico é essencial quando se trata desta doença.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/tem-muito-diabetico-que-deixa-de-comer-um-doce-quando-poderia-diz-medico-14112015
13.11.15
DIA MUNDIAL DO DIABETES: Diagnóstico precoce e hábitos saudáveis - aliados contra a doença
No próximo dia 14, comemora-se o Dia Mundial da Diabetes - data criada para chamar a atenção da sociedade para essa doença que é uma das principais causas de morte cardiovascular.
Exame de sangue detecta nível de glicose no sangue
Um exame simples realizado em laboratório de análises clinicas para medir o nível de glicose no sangue, chamada glicemia (aleatória ou de jejum), é uma das mais importantes armas para diagnosticar o Diabetes Mellitus. Caso se detecte valores fora dos padrões, é sinal de que o paciente está pré-diabético ou com diabetes.
Exame de glicemia capilar
O teste da glicemia capilar, feito a partir de uma gota de sangue tirada da ponta do dedo, muito comum em mutirões ou em serviços de pronto atendimento, é um procedimento ainda mais simples e permite medir instantaneamente o nível de glicose no sangue.
Tudo sobre o diabetes
Diabetes (Diabetes Mellitus) é uma doença crônica, que não tem cura, mas que pode ser controlada por meio de medicamentos, alimentação balanceada e atividade física. Por isso, o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos – principalmente para quem tem histórico familiar da doença ou apresenta excesso de peso - são fundamentais para um diagnóstico precoce e tratamento adequado desde o início, visando à prevenção das complicações.
Não controlado e em estado avançado, Diabetes pode levar à cegueira, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência renal e à amputação. Os adultos com diabetes têm risco de morte 1,5 vez maior que os demais na mesma faixa etária. “A prevenção é fundamental”, diz Vivian Estefan, endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Segundo ela, além do risco de morte provocado pela doença, o seu impacto na qualidade de vida dos pacientes é enorme em função de todas as possíveis complicações.
Existem dois tipos de diabetes:
Tipo 1, que aparece normalmente na infância ou adolescência, em função de uma falha do sistema imunológico, que passa a entender a insulina como uma ameaça ao organismo e destrói as células que produzem o hormônio, originando uma deficiência total deste.
Tipo 2 (que corresponde a cerca de 90% dos casos),
também chamado de familiar ou hereditário, aparece em geral após os 40
anos, em decorrência de obesidade, da falta de hábitos saudáveis de
alimentação e sedentarismo. Neste caso, a produção de insulina
encontra-se aumentada, porém existe uma resistência do organismo à sua ação.
De acordo com a especialista, há um aumento acelerado na incidência do
diabetes tipo 2 na maioria dos países do mundo, inclusive no Brasil,
devido principalmente ao estilo de vida pouco saudável e ao
envelhecimento da população. Segundo dados IBGE de 2013, 6,2% da
população com 18 anos ou mais tinham diabetes diagnosticada.
Fonte: Complexo hospitalar Edmundo Vasconcelos
Fonte: Complexo hospitalar Edmundo Vasconcelos
Fonte: http://www.saudecomciencia.com/2015/11/dia-mundial-do-diabetes-diagnostico-precoce-habitos-saudaveis.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+saudecomciencia+%28saudecomciencia%29
Fonte: http://saopaulotimes.r7.com/sp/novo-metodo-ajuda-diabeticas-a-evitarem-os-riscos-de-uma-gravidez/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=novo-metodo-ajuda-diabeticas-a-evitarem-os-riscos-de-uma-gravidez
A britânica Leonie Watson perdeu a visão aos vinte e poucos anos depois de ignorar, por muito tempo, recomendações médicas para que tratasse da diabetes.
Watson conta que foi diagnosticada com diabetes tipo 1 quando ainda era criança e, na época, foi informada sobre o quanto poderia comer e sobre as injeções de insulina.
"Quando fiquei um pouco mais velha perguntei ao meu pediatra por que tinha que ser deste jeito, se eu não poderia calcular o quanto de comida iria comer, medir a glicose do meu sangue e então calcular a dose de insulina sozinha. A partir deste dia não sei se ele realmente deixou eu fazer isto ou se meu subconsciente adicionou uma memória baseada na resposta dele, mas não importa. Aquele foi o momento em que a rebelião começou", contou Watson à BBC.
Durante a adolescência, ela descobriu que poderia deixar de tomar uma das injeções de insulina sem grandes consequências e parou de monitorar o nível de glicose no sangue. Nessa fase ela também parou de ir ao médico para os check-ups anuais.
"Nos meus anos de estudante eu me esbaldei. Fumei, dancei, fui à farra e continuei ignorando o fato de que era diabética", disse.
Um ano Watson contou que perdeu a visão durante um período de apenas 12 meses, entre 1999 e 2000.
Durante a adolescência e primeiros anos da vida adulta, Watson ignorou o fato de que tinha diabetes (Foto: Arquivo Pessoal de Leonie Watson)
"Quando o século estava terminando, eu estava trabalhando na indústria de tecnologia como desenvolvedora web. Era a época do boom do setor de dotcom e todo mundo estava se divertindo. (...) ... Muitas festas insanas (...) saíamos dos clubes às seis da manhã e dirigíamos para Glastonbury só para ver o sol nascer."
Mas, em uma manhã de 1999, a britânica acordou com uma ressaca e um problema.
"Quando olhei no espelho percebi que podia ver uma faixa de sangue na minha linha de visão. Eu olhava para a esquerda e para a direita, a faixa se movia devagar, como se estivesse flutuando em um líquido grosso."
Ela pensou que fosse apenas uma consequência da noite agitada e esperou alguns dias até consultar um oculista, que então a encaminhou para o hospital oftalmológico mais próximo para mais exames.
"Quando a diabetes não é controlada por um tempo causa uma série de problemas que não são vistos. Quando você come alguma coisa, o nível de açúcar no sangue aumenta e seu corpo produz insulina para converter aquela glicose em energia. Se não houver insulina o bastante disponível, então as células do corpo não recebem energia, elas começam a morrer e o excesso de glicose continua preso em sua corrente sanguínea", explicou Watson.
A britânica explicou que a glicose também sufoca células vermelhas e evita que elas transportem oxigênio.
E, segundo Watson, uma das manifestações dos danos causados pela doença é a retinopatia diabética.
"Tentando conseguir oxigênio o bastante para a retina, no fundo do olho, seu corpo cria novos vasos sanguíneos para tentar compensar. Eles são criados como uma medida de emergência, então são fracos. Isto significa que eles tendem a estourar e causar hemorragia dentro do olho - criando faixas visíveis de sangue, como a que eu via."
No hospital oftalmológico ela foi submetida a um tratamento com laser.
"Não foi agradável. Foi preciso tomar uma injeção de anestesia no olho antes do laser ser disparado."
Mas, em retrospecto, a britânica acha que este tratamento foi inútil.
"Ninguém nunca me falou sobre as consequências de ter retinopatia diabética avançada, sempre foi falado em termos de uma deterioração progressiva."
"Lembro do dia em que me dei conta do quanto minha visão estava piorando, foi um dia de primavera no ano 2000. Estava descendo as escadas em casa quando entendi subitamente, como se tivesse sido atingida por um raio: eu ia ficar cega. Com absoluta certeza eu sabia que perderia minha visão e poderia apenas culpar a mim mesma. Sentei na escada e desabei, chorei como criança."
Sem os exames, sem controle da dieta e sem insulina, a condição de Watson se deteriorou
Watson passou por um tratamento com antidepressivos mas, como o medicamento a fazia dormir o dia inteiro, ela desistiu. Nos mesesseguintes, teve que deixar o trabalho, pois a visão foi piorando. Então veio a fase da raiva, na qual ela ficava "fora de controle e gritava ou atirava coisas contras pessoas que amava só porque elas estavam lá".
Ela também se machucava fazendo tarefas diárias, o que a deixava ainda mais deprimida.
"Quase no fim daquele ano, um pouco antes do Natal, o resto da minha visão foi embora. Quando penso nisto agora, parece que fui para a cama uma noite percebendo uma pequena mancha vermelha na parte mais distante da minha visão (a luz de standby da televisão do quarto) então acordei na manhã seguinte sem mais nada."
Watson afirma que as pessoas pensam que a cegueira completa é como fechar os olhos ou ficar em um quarto escuro.
"Não é assim de jeito nenhum. É uma completa ausência de luz, não é preto ou qualquer outra cor que eu possa descrever."
Retinas A britânica explica que suas retinas já não existem mais e ela não recebe luz no fundo dos olhos, "o que dá aos meus olhos a aparência peculiar".
Hoje, Watson (mostrada com o noivo, Dan) não tem mais visão nenhuma, mas voltou a trabalhar e levar uma vida mais independente (Foto: Arquivo Pessoal de Leonie Watson)
"Cada pupila fica permanentemente e totalmente aberta porque está tentando capturar a luz. E, estranhamente, é a aparência de meus olhos que ainda faz com que eu não tenha tanta certeza de que estou cega, mas como eu não me lembro mais como sou, talvez chegará um momento quando isto também desaparecerá sem deixar dúvidas. Estou bem adaptada a ser cega."
Agora, sem ter nenhuma visão, Watson conta que sua vida está mais fácil, pois ela começou a usar mais os outros sentidos.
"Não tenho uma audição ou olfato extraordinários. Mas presto mais atenção aos outros sentidos. Por exemplo, frequentemente ouço um telefone tocando quando as outras pessoas não ouvem pois estou prestando mais atenção à audição do que elas."
Nos meses seguintes, depois de perder a visão completamente, Watson teve que aprender novamente coisas mais básicas: como fazer tarefas domésticas, como cozinhar, onde encontrar audiolivros, como atravessar a rua e como é beber demais quando não se consegue enxergar.
"Tudo isto aconteceu há 15 anos. Em algum momento, voltei a trabalhar e agora tenho muita sorte de estar trabalhando e colaborando com muitas pessoas inteligentes e interessantes, muitas delas tenho a satisfação de chamar de amigas."
Watson contou a experiência em seu site pessoal.
"A vida continuou, como a vida costuma fazer. Comemorei meu 40º aniversário no ano passado - talvez tenha sido isto que me levou a pensar e compartilhar minha história", afirmou.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/negligenciei-a-diabetes-e-fiquei-cega-por-minha-propria-culpa-27112015
Novo método ajuda diabéticas a evitarem os riscos de uma gravidez
27/11/2015 às 06h34
'Negligenciei a diabetes e fiquei cega por minha própria culpa'
Leonie Watson contou que perdeu a visão em um período de apenas 12 meses (Foto: Arquivo Pessoal de Leonie Watson)A britânica Leonie Watson perdeu a visão aos vinte e poucos anos depois de ignorar, por muito tempo, recomendações médicas para que tratasse da diabetes.
Watson conta que foi diagnosticada com diabetes tipo 1 quando ainda era criança e, na época, foi informada sobre o quanto poderia comer e sobre as injeções de insulina.
"Quando fiquei um pouco mais velha perguntei ao meu pediatra por que tinha que ser deste jeito, se eu não poderia calcular o quanto de comida iria comer, medir a glicose do meu sangue e então calcular a dose de insulina sozinha. A partir deste dia não sei se ele realmente deixou eu fazer isto ou se meu subconsciente adicionou uma memória baseada na resposta dele, mas não importa. Aquele foi o momento em que a rebelião começou", contou Watson à BBC.
Durante a adolescência, ela descobriu que poderia deixar de tomar uma das injeções de insulina sem grandes consequências e parou de monitorar o nível de glicose no sangue. Nessa fase ela também parou de ir ao médico para os check-ups anuais.
"Nos meus anos de estudante eu me esbaldei. Fumei, dancei, fui à farra e continuei ignorando o fato de que era diabética", disse.
Um ano Watson contou que perdeu a visão durante um período de apenas 12 meses, entre 1999 e 2000.
Durante a adolescência e primeiros anos da vida adulta, Watson ignorou o fato de que tinha diabetes (Foto: Arquivo Pessoal de Leonie Watson)
"Quando o século estava terminando, eu estava trabalhando na indústria de tecnologia como desenvolvedora web. Era a época do boom do setor de dotcom e todo mundo estava se divertindo. (...) ... Muitas festas insanas (...) saíamos dos clubes às seis da manhã e dirigíamos para Glastonbury só para ver o sol nascer."
Mas, em uma manhã de 1999, a britânica acordou com uma ressaca e um problema.
"Quando olhei no espelho percebi que podia ver uma faixa de sangue na minha linha de visão. Eu olhava para a esquerda e para a direita, a faixa se movia devagar, como se estivesse flutuando em um líquido grosso."
Ela pensou que fosse apenas uma consequência da noite agitada e esperou alguns dias até consultar um oculista, que então a encaminhou para o hospital oftalmológico mais próximo para mais exames.
"Quando a diabetes não é controlada por um tempo causa uma série de problemas que não são vistos. Quando você come alguma coisa, o nível de açúcar no sangue aumenta e seu corpo produz insulina para converter aquela glicose em energia. Se não houver insulina o bastante disponível, então as células do corpo não recebem energia, elas começam a morrer e o excesso de glicose continua preso em sua corrente sanguínea", explicou Watson.
A britânica explicou que a glicose também sufoca células vermelhas e evita que elas transportem oxigênio.
E, segundo Watson, uma das manifestações dos danos causados pela doença é a retinopatia diabética.
"Tentando conseguir oxigênio o bastante para a retina, no fundo do olho, seu corpo cria novos vasos sanguíneos para tentar compensar. Eles são criados como uma medida de emergência, então são fracos. Isto significa que eles tendem a estourar e causar hemorragia dentro do olho - criando faixas visíveis de sangue, como a que eu via."
No hospital oftalmológico ela foi submetida a um tratamento com laser.
"Não foi agradável. Foi preciso tomar uma injeção de anestesia no olho antes do laser ser disparado."
Mas, em retrospecto, a britânica acha que este tratamento foi inútil.
"Ninguém nunca me falou sobre as consequências de ter retinopatia diabética avançada, sempre foi falado em termos de uma deterioração progressiva."
"Lembro do dia em que me dei conta do quanto minha visão estava piorando, foi um dia de primavera no ano 2000. Estava descendo as escadas em casa quando entendi subitamente, como se tivesse sido atingida por um raio: eu ia ficar cega. Com absoluta certeza eu sabia que perderia minha visão e poderia apenas culpar a mim mesma. Sentei na escada e desabei, chorei como criança."
Sem os exames, sem controle da dieta e sem insulina, a condição de Watson se deteriorou
Watson passou por um tratamento com antidepressivos mas, como o medicamento a fazia dormir o dia inteiro, ela desistiu. Nos mesesseguintes, teve que deixar o trabalho, pois a visão foi piorando. Então veio a fase da raiva, na qual ela ficava "fora de controle e gritava ou atirava coisas contras pessoas que amava só porque elas estavam lá".
Ela também se machucava fazendo tarefas diárias, o que a deixava ainda mais deprimida.
"Quase no fim daquele ano, um pouco antes do Natal, o resto da minha visão foi embora. Quando penso nisto agora, parece que fui para a cama uma noite percebendo uma pequena mancha vermelha na parte mais distante da minha visão (a luz de standby da televisão do quarto) então acordei na manhã seguinte sem mais nada."
Watson afirma que as pessoas pensam que a cegueira completa é como fechar os olhos ou ficar em um quarto escuro.
"Não é assim de jeito nenhum. É uma completa ausência de luz, não é preto ou qualquer outra cor que eu possa descrever."
Retinas A britânica explica que suas retinas já não existem mais e ela não recebe luz no fundo dos olhos, "o que dá aos meus olhos a aparência peculiar".
Hoje, Watson (mostrada com o noivo, Dan) não tem mais visão nenhuma, mas voltou a trabalhar e levar uma vida mais independente (Foto: Arquivo Pessoal de Leonie Watson)
"Cada pupila fica permanentemente e totalmente aberta porque está tentando capturar a luz. E, estranhamente, é a aparência de meus olhos que ainda faz com que eu não tenha tanta certeza de que estou cega, mas como eu não me lembro mais como sou, talvez chegará um momento quando isto também desaparecerá sem deixar dúvidas. Estou bem adaptada a ser cega."
Agora, sem ter nenhuma visão, Watson conta que sua vida está mais fácil, pois ela começou a usar mais os outros sentidos.
"Não tenho uma audição ou olfato extraordinários. Mas presto mais atenção aos outros sentidos. Por exemplo, frequentemente ouço um telefone tocando quando as outras pessoas não ouvem pois estou prestando mais atenção à audição do que elas."
Nos meses seguintes, depois de perder a visão completamente, Watson teve que aprender novamente coisas mais básicas: como fazer tarefas domésticas, como cozinhar, onde encontrar audiolivros, como atravessar a rua e como é beber demais quando não se consegue enxergar.
"Tudo isto aconteceu há 15 anos. Em algum momento, voltei a trabalhar e agora tenho muita sorte de estar trabalhando e colaborando com muitas pessoas inteligentes e interessantes, muitas delas tenho a satisfação de chamar de amigas."
Watson contou a experiência em seu site pessoal.
"A vida continuou, como a vida costuma fazer. Comemorei meu 40º aniversário no ano passado - talvez tenha sido isto que me levou a pensar e compartilhar minha história", afirmou.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/negligenciei-a-diabetes-e-fiquei-cega-por-minha-propria-culpa-27112015
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