GLUCOBAY®
Acarbose
Uso adulto
GLUCOBAY® 50: Cada comprimido contém 50 mg de acarbose. GLUCOBAY® 100: Cada comprimido contém 100 mg de acarbose.
Experiências clínicas com pacientes portadores de diabetes "mellitus" não-insulino-dependentes (DMNID) sob tratamento exclusivamente com dieta: Foram compilados os resultados obtidos em 6 estudos controlados, com dosagem fixa, na monoterapia com GLUCOBAY® no tratamento de pacientes portadores de DMNID. Com um total de 769 pacientes tratados, calculou-se, para cada dosagem, a média ponderada das diferenças obtidas na alteração média dos valores de hemoglobina glicosilada (HbA1c) desde o primeiro dia de tratamento, conforme demonstrado a seguir. Tabela 1
Alteração média de HbA1c em estudos com dosagem fixa e monoterápica
Dose de N Alteração em Valor -p
GLUCOBAY® * HbA1c %
25 mg 3 x dia 110 -0,44 ,0307
50 mg 3 x dia 131 -0,77 ,0001
100 mg 3 x dia 244 -0,74 0,0001
200 mg 3 x dia** 231 -0,86 0,0001
300 mg 3 x dia** 53 -1,00 0,0001
* Os resultados obtidos com GLUCOBAY® foram estatisticamente significativos, diferentes dos resultados obtidos com o placebo em todas as dosagens. Embora não se registrassem diferenças estatisticamente significativas entre os resultados médios obtidos para doses de 50 a 300 mg 3 vezes ao dia, alguns pacientes talvez possam beneficiar-se com o aumento da dosagem de 50 para 100 mg 3 vezes ao dia.
** Embora os estudos tenham utilizado doses máximas de 200 ou 300 mg 3 vezes ao dia, a dose máxima recomendada para pacientes pesando 60 kg ou menos é de 50 mg 3 vezes ao dia; a dose máxima recomendada para pacientes com peso superior a 60 kg é de 100 mg, 3 vezes ao dia.
Os resultados obtidos com estes 6 estudos com monoterapia, dosagem fixa, também foram combinados para que deles se obtivesse a média ponderada da diferença da média das alterações dos níveis de glicemia uma hora após as refeições, em comparação com o placebo, a partir do primeiro dia de tratamento, conforme se segue.
Experiência clínica com pacientes portadores de DMNID tratados com sulfoniluréias: GLUCOBAY® foi analisado associado ao tratamento com sulfoniluréias em dois estudos clínicos, duplo-cegos, randomizados e de porte considerável, realizados nos Estados Unidos com a inclusão de 540 pacientes na análise de eficácia. Além disso, GLUCOBAY® foi avaliado como terapia associada ao tratamento com sulfoniluréias em um terceiro estudo, realizado no Canadá, no qual os pacientes foram estratificados de acordo com a terapia básica. O Estudo 1 (Tabela 2) envolveu pacientes que, ao serem incluídos, encontravam-se sob tratamento com dieta, exclusivamente. Estes pacientes foram distribuídos aleatoriamente entre quatro grupos de tratamento. Ao final do estudo, os pacientes do grupo tratado com GLUCOBAY® + tolbutamida apresentaram uma alteração média da hemoglobina glicosilada de -1,78% e estavam recebendo uma dose diária média de tolbutamida consideravelmente menor do que os pacientes do grupo tratado somente com tolbutamida. Além disso, a eficácia no grupo tratado com GLUCOBAY® + tolbutamida foi significativamente maior do que nos outros três grupos tratados. O Estudo 2 (Tabela 2) incluiu pacientes cujo tratamento inicial consistia em doses diárias máximas de sulfoniluréias. Ao final do estudo, o efeito médio da adição de GLUCOBAY® ao tratamento com doses máximas de sulfoniluréia foi uma queda de -0,54 na HbA1c. Além disso, aumentou consideravelmente a proporção de pacientes do grupo tratado com GLUCOBAY® + sulfoniluréias que, em comparação com os pacientes do grupo tratado com placebo + sulfoniluréia, tiveram suas doses de sulfoniluréia reduzidas. No Estudo 3 (Tabela 2), a adição de GLUCOBAY® ao tratamento inicial com sulfoniluréia produziu uma queda adicional de -0,8% na média de HbA1c. Carcinogênese, mutagênese e prejuízo da fertilidade: Foram realizados três estudos sobre toxicidade/carcinogenicidade crônica com três espécies animais (rato, hamster ou cricetídeo, cão), incluindo duas raças de rato (Sprague-Dawley e Wistar). No primeiro estudo com ratos, os da raça Sprague-Dawley, os animais receberam acarbose em altas dosagens adicionadas à ração (até aproximadamente 500 mg/kg de peso corporal) durante 104 semanas. O tratamento com a acarbose levou a um significativo aumento da incidência de tumores renais (adenomas e adenocarcinomas) e tumores benignos nas células de Leydig. Repetiu-se o estudo, obtendo-se os mesmos resultados. Outros estudos foram realizados para diferenciar os efeitos carcinogênicos diretos da acarbose dos efeitos indiretos conseqüentes da desnutrição por falta de carboidratos, induzida pelas maciças doses de acarbose utilizadas nos estudos. Em um dos estudos com ratos Sprague-Dawley, misturou-se acarbose com a ração, evitando-se, porém, a falta de carboidratos, com a adição de glicose na dieta. Em um estudo que durou 26 meses com ratos Sprague-Dawley, administrou-se acarbose através de gavagem pós-prandial diária, a fim de se evitarem os efeitos farmacológicos do medicamento. Em ambos os estudos não se verificou o aumento da incidência de tumores renais detectados nas experiências iniciais. A acarbose também foi administrada com o alimento e por gavagem pós-prandial em dois estudos, realizados separadamente, com ratos Wistar. Em nenhum destes dois estudos detectou-se aumento da incidência de tumores renais. Também não houve evidências de carcinogenicidade nos dois estudos realizados com hamsters, com e sem complementação de glicose na alimentação. A acarbose não registrou atividade mutagênica quando testada em seis ensaios in vitro e três ensaios in vivo. Os estudos realizados com ratos, após a administração oral, não produziram efeitos danosos sobre a fertilidade ou sobre a capacidade de reprodução. Efeitos teratogênicos: Gravidez de categoria B. Não ficou estabelecida a segurança da administração de GLUCOBAY® a mulheres grávidas. Realizaram-se estudos de reprodução com ratos, com doses de até 480 mg/kg (correspondente a 9 vezes a dose terapêutica do medicamento, com base nos níveis plasmáticos de medicamento), não revelando esses estudos indícios de efeitos nocivos sobre a fertilidade ou danos ao feto decorrentes da aplicação de acarbose. Em coelhos, o menor ganho de peso da mãe, provavelmente como resultado da atividade farmacodinâmica das doses elevadas de acarbose nos intestinos, talvez tenha sido responsável por um pequeno aumento do número de perdas embrionárias. Entretanto os coelhos que receberam 160 mg/kg de acarbose (que corresponde a 10 vezes a dose terapêutica, levando-se em conta a área de superfície corporal) não evidenciaram embriotoxicidade, não havendo evidência de teratogenicidade com dosagem equivalente a 32 vezes a dose terapêutica (com base na área de superfície corporal). Não existem, no entanto, estudos adequados e bem-controlados sobre o tratamento com GLUCOBAY® em mulheres grávidas. Considerando que a reprodução animal nem sempre se aplica à humana, este medicamento somente deve ser usado durante a gravidez caso seja estritamente necessário. Devido ao fato de que as informações existentes sugerem que os níveis anormais de glicemia durante a gravidez estão relacionados com uma incidência mais elevada de anomalias congênitas, bem como com um aumento de morbidade e mortalidade neonatal, a maioria dos experts no assunto recomenda o uso da insulina durante a gravidez, a fim de manter os níveis de glicemia tão próximos da normalidade quanto possível. Mães em fase de amamentação: Pequena quantidade de radioatividade foi encontrada no leite de ratas em fase de lactação após a administração de acarbose com ação radioativa. Não se sabe se este medicamento é excretado através do leite humano. Considerando, no entanto, que muitos medicamentos são excretados através do leite humano, GLUCOBAY® não deve ser administrado a mulheres em fase de amamentação. Uso pediátrico: Não ficaram estabelecidas a segurança e a eficácia de GLUCOBAY® em pacientes pediátricos.
GLUCOBAY® é contra-indicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade ao medicamento e a pacientes com cetoacidose diabética ou cirrose. GLUCOBAY® também é contra-indicado a pacientes com doença intestinal inflamatória, ulceração do cólon, obstrução intestinal parcial ou predisposição a obstrução intestinal. Além disso, GLUCOBAY® é contra-indicado a pacientes portadores de doenças intestinais crônicas com nítida disfunção da digestão ou da absorção, assim como pacientes cuja condição clínica possa deteriorar-se em conseqüência do aumento da formação de gases no intestino.
Certos medicamentos tendem a produzir hiperglicemia e interferir no controle da glicemia. Entre estes medicamentos incluem-se: tiazídicos e outros diuréticos, corticosteróides, fenotiazinas, produtos tiroidianos e estrogênicos, anticoncepcionais orais, fenitoína, ácido nicotínico, simpatomiméticos, bloqueadores dos canais de cálcio e isoniazida. Na administração simultânea com GLUCOBAY® , o paciente deve ter sua glicemia observada de perto. Quando tais medicamentos forem retirados de pacientes em uso de GLUCOBAY® associado a sulfoniluréias ou insulina, estes devem ser acompanhados de perto para que qualquer evidência de hipoglicemia seja detectada. Adsorventes intestinais (p. ex.: carvão) e medicamentos à base de enzimas digestivas, que atuam sobre carboidratos (p. ex.: amilase, pancreatina), podem reduzir o efeito de GLUCOBAY® e não devem ser ingeridos concomitantemente.
Não existe uma dosagem fixa para o controle do diabetes mellitus com GLUCOBAY® , ou com qualquer outro agente farmacológico. A dosagem de GLUCOBAY® deve ser individualizada com base na sua eficácia e tolerabilidade, não devendo superar, no entanto, a dose máxima recomendada de 100 mg 3 vezes ao dia. GLUCOBAY® deve ser tomado 3 vezes ao dia no início (com o primeiro bocado) de cada refeição principal. O tratamento com GLUCOBAY® deve ser iniciado com uma dose baixa, que será gradualmente aumentada, conforme indicado a seguir, não só para reduzir os efeitos colaterais gastrintestinais como também para permitir a identificação da dose mínima necessária para o adequado controle glicêmico do paciente. Durante o início do tratamento e a titulação da dose (ver adiante) deve-se usar a glicemia pós-prandial de uma hora para determinar a reação terapêutica a GLUCOBAY® e identificar a dose de melhor efeito para o paciente. Daí em diante, a hemoglobina glicosilada deve ser avaliada a intervalos de aproximadamente três meses. O objetivo terapêutico deve ser o de reduzir à normalidade ou à quase normalidade não só os níveis de glicemia pós-prandial, mas também os de hemoglobina glicosilada, usando-se a dose mais baixa que se mostrar eficaz, seja como monoterapia, seja em associação às sulfoniluréias. Dosagem inicial: A dosagem inicial recomendada de GLUCOBAY® é de 25 mg (metade de um comprimido de 50 mg), via oral, 3 vezes ao dia, no início (com o primeiro bocado) de cada uma das refeições principais. Dosagem de manutenção: A dosagem de GLUCOBAY® deve ser ajustada a intervalos de 4 a 8 semanas, com base nos níveis de glicemia pós-prandial de uma hora e na tolerabilidade. Após a dosagem inicial de 25 mg 3 vezes ao dia, esta deve ser aumentada para 50 mg 3 vezes ao dia. Alguns pacientes talvez se beneficiem aumentando ainda mais a dosagem, para 100 mg 3 vezes ao dia. A dose de manutenção varia de 50 a 100 mg 3 vezes ao dia. Entretanto, considerando que os pacientes com baixo peso corporal talvez corram maior risco de elevação das transaminases séricas, apenas os pacientes com peso corporal superior a 60 kg devem ser considerados para titulação de uma dosagem superior a 50 mg 3 vezes ao dia (ver Precauções). Se não houver maior redução nos níveis de glicemia pós-prandial ou de hemoglobina glicosilada com 100 mg 3 vezes ao dia, deve-se considerar a redução da dosagem. Uma vez estabelecida uma dosagem que seja eficaz e tolerada, esta deve ser mantida. Dosagem máxima: A dose máxima recomendada para pacientes com 60 kg de peso ou menos é de 50 mg 3 vezes ao dia. A dose máxima recomendada para pacientes com peso superior a 60 kg é de 100 mg 3 vezes ao dia. Pacientes em tratamento com sulfoniluréias: Os agentes do grupo das sulfoniluréias podem causar hipoglicemia. GLUCOBAY® , administrado em associação a uma sulfoniluréia, causará ainda maior redução da glicemia e poderá aumentar o potencial hipoglicêmico da sulfoniluréia. Se ocorrer hipoglicemia, deve-se fazer adequados ajustes na dosagem desses agentes.
Este produto é um novo medicamento e, embora as pesquisas realizadas tenham indicado eficácia e segurança quando corretamente indicado, podem ocorrer reações adversas imprevisíveis ainda não descritas ou conhecidas. Em caso de suspeita de reação adversa, o médico responsável deve ser notificado. Venda Sob Prescrição Médica.
BAYER S.A.
Fonte: http://www.bulas.med.br/bula/5145/glucobay.htm
Acarbose
Uso adulto
Formas Farmacêuticas e Apresentações de Glucobay
GLUCOBAY® é apresentado na forma de comprimidos orais com 50 e 100 mg de acarbose em embalagens com 30 e 60 comprimidos.Composição de Glucobay
GLUCOBAY® 50: Cada comprimido contém 50 mg de acarbose. GLUCOBAY® 100: Cada comprimido contém 100 mg de acarbose.
Informações Técnicas de Glucobay
GLUCOBAY® Comprimidos de acarbose é um inibidor da a-glicosidase, de administração oral, para ser usado no tratamento de diabetes mellitus não-insulino-dependente (DMNID). A acarbose é um oligossacarídeo que se obtém dos processos de fermentação de um microrganismo: Actinoplanes utahensis. Os ingredientes inativos são: amido, celulose microcristalina, estearato de magnésio e dióxido de silício coloidal. A acarbose é um oligossacarídeo complexo que retarda a digestão dos carboidratos ingeridos na dieta, reduzindo o aumento da concentração de açúcar no sangue após as refeições. Como conseqüência da redução da glicemia, GLUCOBAY® reduz os níveis de hemoglobina glicosilada em pacientes portadores de diabetes mellitus do Tipo II (não-insulino-dependente). Mecanismo de ação: Ao contrário das sulfoniluréias, GLUCOBAY® não aumenta a secreção de insulina. A ação anti-hiperglicêmica da acarbose advém de uma inibição competitiva e reversível da a-amilase pancreática e das enzimas hidrolisantes da a-glicosidase ligada à membrana intestinal. A a-amilase pancreática hidrolisa os amidos complexos em oligossacarídeos no lúmen do intestino delgado, enquanto que as a-glicosidases da membrana intestinal hidrolisam os oligossacarídeos, os trissacarídeos e os dissacarídeos em glicose, assim como outros monossacarídeos, na borda das vilosidades do intestino delgado. Em pacientes diabéticos, esta inibição enzimática resulta em retardo da absorção da glicose e em diminuição da hiperglicemia pós-prandial. Em virtude de seu diferente mecanismo de ação, GLUCOBAY® apresenta melhor controle glicêmico. Este efeito soma-se ao das sulfoniluréias quando estes dois elementos são usados em associação. Além disso, GLUCOBAY® diminui os efeitos insulinotrópicos e o efeito de aumento de peso das sulfoniluréias. A acarbose não tem atividade inibitória contra a lactase e, conseqüentemente, não se espera que ela induza à intolerância à lactose. Farmacocinética: Absorção: Em estudo em que se avaliaram 6 homens saudáveis, menos de 2% da dose oral de acarbose foi absorvido como medicamento ativo, enquanto que, da radioatividade total da dose oral de 14C, houve absorção de aproximadamente 35%. Em média, 51% da dose oral foram excretados pelas fezes como medicamento radioativo não-absorvido dentro de um período de 96 horas após a ingestão. Considerando que a acarbose age localmente no interior do trato gastrintestinal, esta baixa biodisponibilidade sistêmica do composto básico é terapeuticamente desejável. Após a administração de doses orais de acarbose 14C a voluntários saudáveis, as concentrações máximas de radioatividade plasmática foram atingidas num período de 14 a 24 horas, enquanto que as concentrações máximas da substância ativa no plasma foram obtidas no prazo de aproximadamente 1 hora. A absorção retardada da radioatividade relacionada com a acarbose reflete a absorção de metabólitos que podem ser formados pelas bactérias intestinais ou pela hidrólise enzimática intestinal. Metabolismo: A acarbose é metabolizada exclusivamente no interior do trato gastrintestinal, principalmente por bactérias intestinais, porém também pelas enzimas digestivas. Uma fração destes metabólitos (aproximadamente 34% da dose) foi absorvida e, subseqüentemente, excretada pela urina. Pelo menos 13 metabólitos foram isolados cromatograficamente a partir de amostras de urina. Os metabólitos principais foram identificados como derivados de 4-metilpirogalol (isto é, sulfato, metil e conjugados de glicuronídeo). Um metabólito (formado pela clivagem de uma molécula de glicose derivada da acarbose) também apresenta atividade inibitória da alfaglicosidase. Este metabólito, juntamente com o composto principal, obtido a partir da urina, representa menos de 2% da dose total administrada. Excreção: A fração de acarbose que é absorvida como medicamento intacto é quase que totalmente excretada pelos rins. Nos casos em que a acarbose foi administrada endovenosamente, 89% da dose foram recuperados na urina como substância ativa dentro de um período de 48 horas. Em contrapartida, menos de 2% da dose oral foi recuperado na urina como substância ativa (i.e., composto principal e metabólito ativo). Estes resultados são condizentes com a baixa biodisponibilidade da substância principal. A meia-vida de eliminação plasmática da acarbose é de aproximadamente 2 horas em indivíduos saudáveis. Conseqüentemente, o acúmulo da substância não ocorre com a dosagem oral administrada três vezes ao dia. Populações específicas: A média da área sob a curva no estado de equilíbrio (AUC) e as concentrações máximas de acarbose apresentaram-se, aproximadamente, 1 vez e meia maiores nos indivíduos idosos, se comparadas com as dos indivíduos jovens; entretanto estas diferenças não têm significância estatística. Os pacientes com disfunção renal grave (clearance < 25 ml/min/1,73 m2) atingiram concentrações máximas de acarbose no plasma 5 vezes mais elevadas e AUCs 6 vezes maiores do que as apresentadas por voluntários com função renal normal. Não foram realizados estudos sobre os parâmetros farmacocinéticos da acarbose de acordo com a raça. Em estudos clínicos controlados, realizados nos Estados Unidos com GLUCOBAY® , incluindo pacientes portadores de diabetes mellitus não-insulino-dependentes, as reduções dos níveis de hemoglobina glicosilada foram semelhantes nos indivíduos de raça branca (n= 478) e de raça negra (n= 167), evidenciando-se uma tendência de melhores resultados nos indivíduos hispânicos (n= 132). Interações medicamentosas: Estudos realizados com voluntários saudáveis demonstraram que GLUCOBAY® não produz efeito sobre a farmacocinética ou a farmacodinâmica das seguintes substâncias: digoxina, nifedipina, propranolol ou ranitidina. GLUCOBAY® não interferiu na absorção ou eliminação da gliburida sulfoniluréia em pacientes diabéticos.Estudos Clínicos de Glucobay
Experiências clínicas com pacientes portadores de diabetes "mellitus" não-insulino-dependentes (DMNID) sob tratamento exclusivamente com dieta: Foram compilados os resultados obtidos em 6 estudos controlados, com dosagem fixa, na monoterapia com GLUCOBAY® no tratamento de pacientes portadores de DMNID. Com um total de 769 pacientes tratados, calculou-se, para cada dosagem, a média ponderada das diferenças obtidas na alteração média dos valores de hemoglobina glicosilada (HbA1c) desde o primeiro dia de tratamento, conforme demonstrado a seguir. Tabela 1
Alteração média de HbA1c em estudos com dosagem fixa e monoterápica
Dose de N Alteração em Valor -p
GLUCOBAY® * HbA1c %
25 mg 3 x dia 110 -0,44 ,0307
50 mg 3 x dia 131 -0,77 ,0001
100 mg 3 x dia 244 -0,74 0,0001
200 mg 3 x dia** 231 -0,86 0,0001
300 mg 3 x dia** 53 -1,00 0,0001
* Os resultados obtidos com GLUCOBAY® foram estatisticamente significativos, diferentes dos resultados obtidos com o placebo em todas as dosagens. Embora não se registrassem diferenças estatisticamente significativas entre os resultados médios obtidos para doses de 50 a 300 mg 3 vezes ao dia, alguns pacientes talvez possam beneficiar-se com o aumento da dosagem de 50 para 100 mg 3 vezes ao dia.
** Embora os estudos tenham utilizado doses máximas de 200 ou 300 mg 3 vezes ao dia, a dose máxima recomendada para pacientes pesando 60 kg ou menos é de 50 mg 3 vezes ao dia; a dose máxima recomendada para pacientes com peso superior a 60 kg é de 100 mg, 3 vezes ao dia.
Os resultados obtidos com estes 6 estudos com monoterapia, dosagem fixa, também foram combinados para que deles se obtivesse a média ponderada da diferença da média das alterações dos níveis de glicemia uma hora após as refeições, em comparação com o placebo, a partir do primeiro dia de tratamento, conforme se segue.
Experiência clínica com pacientes portadores de DMNID tratados com sulfoniluréias: GLUCOBAY® foi analisado associado ao tratamento com sulfoniluréias em dois estudos clínicos, duplo-cegos, randomizados e de porte considerável, realizados nos Estados Unidos com a inclusão de 540 pacientes na análise de eficácia. Além disso, GLUCOBAY® foi avaliado como terapia associada ao tratamento com sulfoniluréias em um terceiro estudo, realizado no Canadá, no qual os pacientes foram estratificados de acordo com a terapia básica. O Estudo 1 (Tabela 2) envolveu pacientes que, ao serem incluídos, encontravam-se sob tratamento com dieta, exclusivamente. Estes pacientes foram distribuídos aleatoriamente entre quatro grupos de tratamento. Ao final do estudo, os pacientes do grupo tratado com GLUCOBAY® + tolbutamida apresentaram uma alteração média da hemoglobina glicosilada de -1,78% e estavam recebendo uma dose diária média de tolbutamida consideravelmente menor do que os pacientes do grupo tratado somente com tolbutamida. Além disso, a eficácia no grupo tratado com GLUCOBAY® + tolbutamida foi significativamente maior do que nos outros três grupos tratados. O Estudo 2 (Tabela 2) incluiu pacientes cujo tratamento inicial consistia em doses diárias máximas de sulfoniluréias. Ao final do estudo, o efeito médio da adição de GLUCOBAY® ao tratamento com doses máximas de sulfoniluréia foi uma queda de -0,54 na HbA1c. Além disso, aumentou consideravelmente a proporção de pacientes do grupo tratado com GLUCOBAY® + sulfoniluréias que, em comparação com os pacientes do grupo tratado com placebo + sulfoniluréia, tiveram suas doses de sulfoniluréia reduzidas. No Estudo 3 (Tabela 2), a adição de GLUCOBAY® ao tratamento inicial com sulfoniluréia produziu uma queda adicional de -0,8% na média de HbA1c. Carcinogênese, mutagênese e prejuízo da fertilidade: Foram realizados três estudos sobre toxicidade/carcinogenicidade crônica com três espécies animais (rato, hamster ou cricetídeo, cão), incluindo duas raças de rato (Sprague-Dawley e Wistar). No primeiro estudo com ratos, os da raça Sprague-Dawley, os animais receberam acarbose em altas dosagens adicionadas à ração (até aproximadamente 500 mg/kg de peso corporal) durante 104 semanas. O tratamento com a acarbose levou a um significativo aumento da incidência de tumores renais (adenomas e adenocarcinomas) e tumores benignos nas células de Leydig. Repetiu-se o estudo, obtendo-se os mesmos resultados. Outros estudos foram realizados para diferenciar os efeitos carcinogênicos diretos da acarbose dos efeitos indiretos conseqüentes da desnutrição por falta de carboidratos, induzida pelas maciças doses de acarbose utilizadas nos estudos. Em um dos estudos com ratos Sprague-Dawley, misturou-se acarbose com a ração, evitando-se, porém, a falta de carboidratos, com a adição de glicose na dieta. Em um estudo que durou 26 meses com ratos Sprague-Dawley, administrou-se acarbose através de gavagem pós-prandial diária, a fim de se evitarem os efeitos farmacológicos do medicamento. Em ambos os estudos não se verificou o aumento da incidência de tumores renais detectados nas experiências iniciais. A acarbose também foi administrada com o alimento e por gavagem pós-prandial em dois estudos, realizados separadamente, com ratos Wistar. Em nenhum destes dois estudos detectou-se aumento da incidência de tumores renais. Também não houve evidências de carcinogenicidade nos dois estudos realizados com hamsters, com e sem complementação de glicose na alimentação. A acarbose não registrou atividade mutagênica quando testada em seis ensaios in vitro e três ensaios in vivo. Os estudos realizados com ratos, após a administração oral, não produziram efeitos danosos sobre a fertilidade ou sobre a capacidade de reprodução. Efeitos teratogênicos: Gravidez de categoria B. Não ficou estabelecida a segurança da administração de GLUCOBAY® a mulheres grávidas. Realizaram-se estudos de reprodução com ratos, com doses de até 480 mg/kg (correspondente a 9 vezes a dose terapêutica do medicamento, com base nos níveis plasmáticos de medicamento), não revelando esses estudos indícios de efeitos nocivos sobre a fertilidade ou danos ao feto decorrentes da aplicação de acarbose. Em coelhos, o menor ganho de peso da mãe, provavelmente como resultado da atividade farmacodinâmica das doses elevadas de acarbose nos intestinos, talvez tenha sido responsável por um pequeno aumento do número de perdas embrionárias. Entretanto os coelhos que receberam 160 mg/kg de acarbose (que corresponde a 10 vezes a dose terapêutica, levando-se em conta a área de superfície corporal) não evidenciaram embriotoxicidade, não havendo evidência de teratogenicidade com dosagem equivalente a 32 vezes a dose terapêutica (com base na área de superfície corporal). Não existem, no entanto, estudos adequados e bem-controlados sobre o tratamento com GLUCOBAY® em mulheres grávidas. Considerando que a reprodução animal nem sempre se aplica à humana, este medicamento somente deve ser usado durante a gravidez caso seja estritamente necessário. Devido ao fato de que as informações existentes sugerem que os níveis anormais de glicemia durante a gravidez estão relacionados com uma incidência mais elevada de anomalias congênitas, bem como com um aumento de morbidade e mortalidade neonatal, a maioria dos experts no assunto recomenda o uso da insulina durante a gravidez, a fim de manter os níveis de glicemia tão próximos da normalidade quanto possível. Mães em fase de amamentação: Pequena quantidade de radioatividade foi encontrada no leite de ratas em fase de lactação após a administração de acarbose com ação radioativa. Não se sabe se este medicamento é excretado através do leite humano. Considerando, no entanto, que muitos medicamentos são excretados através do leite humano, GLUCOBAY® não deve ser administrado a mulheres em fase de amamentação. Uso pediátrico: Não ficaram estabelecidas a segurança e a eficácia de GLUCOBAY® em pacientes pediátricos.
Indicações e Uso de Glucobay
Utilizado como monoterapia, GLUCOBAY® é indicado como complemento da dieta para reduzir a taxa de glicose no sangue em pacientes portadores de diabetes mellitus não-insulino-dependentes (DMNID), cuja hiperglicemia não pode ser controlada apenas através de dieta. GLUCOBAY® pode, também, ser usado em combinação com uma sulfoniluréia quando a dieta, seguida de concomitante administração de GLUCOBAY® ou de uma sulfoniluréia, não resultar em adequado controle glicêmico. Para aumentar o controle glicêmico, GLUCOBAY® tem efeito aditivo ao efeito das sulfoniluréias, quando utilizado em combinação com estas últimas, supostamente porque seu mecanismo de ação é diferente. Ao iniciar o tratamento de pacientes portadores de DMNID, a dieta deve ser enfatizada como forma básica de tratamento. A restrição calórica e a perda de peso são essenciais no paciente diabético que é obeso. Talvez apenas o controle alimentar adequado seja eficaz no controle da taxa de glicose sangüínea e dos sintomas de hiperglicemia. A importância de uma atividade física regular, quando aplicável, também deve ser enfatizada. Se este programa terapêutico não resultar em adequado controle da glicemia, deve-se considerar o uso de GLUCOBAY® . Tanto o médico quanto o paciente devem considerar a administração de GLUCOBAY® um tratamento adicional à dieta, e não uma terapia substitutiva da dieta ou um mecanismo conveniente para evitar as restrições alimentares.Contra-Indicações de Glucobay
GLUCOBAY® é contra-indicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade ao medicamento e a pacientes com cetoacidose diabética ou cirrose. GLUCOBAY® também é contra-indicado a pacientes com doença intestinal inflamatória, ulceração do cólon, obstrução intestinal parcial ou predisposição a obstrução intestinal. Além disso, GLUCOBAY® é contra-indicado a pacientes portadores de doenças intestinais crônicas com nítida disfunção da digestão ou da absorção, assim como pacientes cuja condição clínica possa deteriorar-se em conseqüência do aumento da formação de gases no intestino.
Precauções de Glucobay
Hipoglicemia: Devido ao seu mecanismo de ação, GLUCOBAY® , quando administrado isoladamente, não deverá causar hipoglicemia tanto em jejum quanto pós-prandial. Já os agentes do grupo das sulfoniluréias e da insulsina podem provocar hipoglicemia. Considerando que GLUCOBAY® , quando administrado em associação a uma sulfoniluréia, causará redução ainda maior da taxa de glicose no sangue, o medicamento poderá aumentar o potencial hipoglicêmico da sulfoniluréia. A glicose oral (dextrose), cuja absorção não se vê inibida por GLUCOBAY® , deve ser usada no lugar da sacarose (açúcar de cana) no tratamento de hipoglicemia leve ou moderada. A sacarose, cuja hidrólise em glicose e frutose é inibida por GLUCOBAY® , não é apropriada para a obtenção de uma rápida correção da hipoglicemia. A hipoglicemia grave talvez exija a administração endovenosa de glicose ou a injeção de glucagon. Níveis elevados de transaminase sérica: Nos estudos clínicos com dosagens de 50 mg e 100 mg 3 vezes ao dia, a incidência de aumento das transaminases séricas verificada com GLUCOBAY® foi igual àquela com o placebo. Nos estudos a longo prazo (de até 12 meses de duração e que incluíram dosagens de até 300 mg 3 vezes ao dia de GLUCOBAY® ), realizados nos Estados Unidos, os aumentos de transaminase sérica ocorreram em 15% dos pacientes tratados com GLUCOBAY® , em comparação com os 7% dos pacientes tratados com placebo. As elevações da transaminase sérica parecem estar relacionadas com a dosagem do medicamento. Com doses maiores que 100 mg 3 vezes ao dia, a incidência de elevações na transaminase sérica acima do limite superior de normalidade foi duas a três vezes maior no grupo tratado com GLUCOBAY® do que no grupo tratado com placebo. Estes aumentos foram assintomáticos, reversíveis, mais comuns em pacientes do sexo feminino e, em geral, não se mostraram associados a outras evidências de disfunção hepática. Após o lançamento de GLUCOBAY® no mercado, a experiência internacional com mais de 500.000 pacientes registrou 19 casos de aumento das transaminases séricas > 500 UI/l (12 dos quais associados a icterícia). Quinze destes 19 casos foram tratados com doses de 300 mg ao dia ou mais, e 13 dos 16 pacientes tinham peso inferior a 60 kg. Nos 18 casos com controle posterior, as anormalidades hepáticas melhoraram ou regrediram com a interrupção de GLUCOBAY® . Perda do controle da glicose sangüínea: Quando os pacientes diabéticos se expõem a situações de estresse, como febre, trauma, infecção ou cirurgia, pode ocorrer perda temporária do controle da glicose no sangue. Em tais ocasiões, talvez seja necessário, temporariamente, o tratamento com insulina. Exames laboratoriais: A reação terapêutica a GLUCOBAY® deve ser periodicamente controlada através de medida da glicemia. Recomenda-se medir os níveis de hemoglobina glicosilada para verificar o controle glicêmico a longo prazo. GLUCOBAY® , especialmente em doses acima de 50 mg 3 vezes ao dia, pode provocar elevações da transaminase sérica e, em casos raros, hiperbilirrubinemia. Recomenda-se que os níveis de transaminase sérica sejam verificados a cada 3 meses durante o primeiro ano de tratamento com GLUCOBAY® e, daí em diante, periodicamente. Se forem observadas elevações de transaminases, talvez seja indicado reduzir a dosagem ou interromper o tratamento, especialmente se as elevações persistirem. Disfunção renal: As concentrações plasmáticas de GLUCOBAY® em voluntários com disfunção renal aumentaram proporcionalmente, de acordo com os diferentes graus de disfunção renal. Não foram realizados estudos clínicos de longa duração em pacientes diabéticos com considerável disfunção renal (creatinina sérica > 2,0 mg/dl). Portanto não se recomenda o tratamento de GLUCOBAY® a esses pacientes.Interações Medicamentosas de Glucobay
Certos medicamentos tendem a produzir hiperglicemia e interferir no controle da glicemia. Entre estes medicamentos incluem-se: tiazídicos e outros diuréticos, corticosteróides, fenotiazinas, produtos tiroidianos e estrogênicos, anticoncepcionais orais, fenitoína, ácido nicotínico, simpatomiméticos, bloqueadores dos canais de cálcio e isoniazida. Na administração simultânea com GLUCOBAY® , o paciente deve ter sua glicemia observada de perto. Quando tais medicamentos forem retirados de pacientes em uso de GLUCOBAY® associado a sulfoniluréias ou insulina, estes devem ser acompanhados de perto para que qualquer evidência de hipoglicemia seja detectada. Adsorventes intestinais (p. ex.: carvão) e medicamentos à base de enzimas digestivas, que atuam sobre carboidratos (p. ex.: amilase, pancreatina), podem reduzir o efeito de GLUCOBAY® e não devem ser ingeridos concomitantemente.
Reações Adversas de Glucobay
Os sintomas intestinais são as reações mais comuns a GLUCOBAY® . Em estudos realizados nos Estados Unidos, com grupo de controle tratado com placebo, as incidências de dores abdominais, diarréia e flatulência foram, respectivamente, de 21%, 33% e 77% com relação a 1.075 pacientes que receberam GLUCOBAY® em doses de 50 a 300 mg 3 vezes ao dia, enquanto que, para um total de 818 pacientes tratados com placebo, tais incidências foram, respectivamente, de 9%, 12% e 32%. Os sintomas de dor abdominal e diarréia apresentaram a tendência de, com o tempo, reassumir os níveis apresentados antes do tratamento. Igualmente, a freqüência e a intensidade da flatulência apresentaram tendência à redução com o passar do tempo. O aumento de sintomas gastrintestinais nos pacientes tratados com GLUCOBAY® é uma manifestação do mecanismo de ação do medicamento e está relacionado com a presença de carboidratos não digeridos na parte inferior do aparelho digestivo. Raramente estes eventos gastrintestinais serão graves ou poderão ser confundidos com íleo paralítico. Níveis elevados de transaminase sérica: Ver Precauções. Pequenas reduções no hematócrito ocorreram com maior freqüência em pacientes tratados com GLUCOBAY® do que em pacientes tratados com placebo e não apresentaram relação com as reduções de hemoglobina. Baixos níveis de cálcio sérico e de vitamina B6 plasmática relacionaram-se com a terapia de GLUCOBAY® , porém foram considerados resultados sem relevância clínica.Posologia e Administração de Glucobay
Não existe uma dosagem fixa para o controle do diabetes mellitus com GLUCOBAY® , ou com qualquer outro agente farmacológico. A dosagem de GLUCOBAY® deve ser individualizada com base na sua eficácia e tolerabilidade, não devendo superar, no entanto, a dose máxima recomendada de 100 mg 3 vezes ao dia. GLUCOBAY® deve ser tomado 3 vezes ao dia no início (com o primeiro bocado) de cada refeição principal. O tratamento com GLUCOBAY® deve ser iniciado com uma dose baixa, que será gradualmente aumentada, conforme indicado a seguir, não só para reduzir os efeitos colaterais gastrintestinais como também para permitir a identificação da dose mínima necessária para o adequado controle glicêmico do paciente. Durante o início do tratamento e a titulação da dose (ver adiante) deve-se usar a glicemia pós-prandial de uma hora para determinar a reação terapêutica a GLUCOBAY® e identificar a dose de melhor efeito para o paciente. Daí em diante, a hemoglobina glicosilada deve ser avaliada a intervalos de aproximadamente três meses. O objetivo terapêutico deve ser o de reduzir à normalidade ou à quase normalidade não só os níveis de glicemia pós-prandial, mas também os de hemoglobina glicosilada, usando-se a dose mais baixa que se mostrar eficaz, seja como monoterapia, seja em associação às sulfoniluréias. Dosagem inicial: A dosagem inicial recomendada de GLUCOBAY® é de 25 mg (metade de um comprimido de 50 mg), via oral, 3 vezes ao dia, no início (com o primeiro bocado) de cada uma das refeições principais. Dosagem de manutenção: A dosagem de GLUCOBAY® deve ser ajustada a intervalos de 4 a 8 semanas, com base nos níveis de glicemia pós-prandial de uma hora e na tolerabilidade. Após a dosagem inicial de 25 mg 3 vezes ao dia, esta deve ser aumentada para 50 mg 3 vezes ao dia. Alguns pacientes talvez se beneficiem aumentando ainda mais a dosagem, para 100 mg 3 vezes ao dia. A dose de manutenção varia de 50 a 100 mg 3 vezes ao dia. Entretanto, considerando que os pacientes com baixo peso corporal talvez corram maior risco de elevação das transaminases séricas, apenas os pacientes com peso corporal superior a 60 kg devem ser considerados para titulação de uma dosagem superior a 50 mg 3 vezes ao dia (ver Precauções). Se não houver maior redução nos níveis de glicemia pós-prandial ou de hemoglobina glicosilada com 100 mg 3 vezes ao dia, deve-se considerar a redução da dosagem. Uma vez estabelecida uma dosagem que seja eficaz e tolerada, esta deve ser mantida. Dosagem máxima: A dose máxima recomendada para pacientes com 60 kg de peso ou menos é de 50 mg 3 vezes ao dia. A dose máxima recomendada para pacientes com peso superior a 60 kg é de 100 mg 3 vezes ao dia. Pacientes em tratamento com sulfoniluréias: Os agentes do grupo das sulfoniluréias podem causar hipoglicemia. GLUCOBAY® , administrado em associação a uma sulfoniluréia, causará ainda maior redução da glicemia e poderá aumentar o potencial hipoglicêmico da sulfoniluréia. Se ocorrer hipoglicemia, deve-se fazer adequados ajustes na dosagem desses agentes.
Superdose de Glucobay
Contrariamente ao que ocorre com as sulfoniluréias e com a insulina, uma dose excessiva de GLUCOBAY® não causa hipoglicemia. A dose excessiva do medicamento pode resultar em aumentos temporários de flatulência, diarréia e desconforto abdominal que, em seguida, regridem.Atenção de Glucobay
Este produto é um novo medicamento e, embora as pesquisas realizadas tenham indicado eficácia e segurança quando corretamente indicado, podem ocorrer reações adversas imprevisíveis ainda não descritas ou conhecidas. Em caso de suspeita de reação adversa, o médico responsável deve ser notificado. Venda Sob Prescrição Médica.
BAYER S.A.
Fonte: http://www.bulas.med.br/bula/5145/glucobay.htm
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