Manifestação em defesa do Parlamento deixa mais de 40 feridos na Venezuela
País vive intensa crise política e econômica
O presidente da Assembleia Nacional (AN, parlamento) da Venezuela, o
opositor Julio Borges, disse nesta terça-feira (4) que a manifestação
realizada em Caracas esta semana contra o Tribunal Superior de Justiça
(TSJ) terminou com 42 feridos, sendo que um deles foi baleado. As
informações são da agência de notícias EFE.
"Um homem de 39 anos foi ferido por arma de fogo, uma jovem, atropelada
pela Guarda Nacional, está com traumatismo em diferentes partes do
corpo, oito pessoas com fraturas e mais de 32 feridos com contusões e
pontos", disse Borges em entrevista coletiva, após o fim da manifestação.
A oposição disse que este balanço foi levantado com informações
fornecidas por vários partidos que integram a aliança Mesa da Unidade
Democrática (MUD) e com dados "recolhidos nos hospitais" da capital
venezuelana.
"Sobre os presos, são números que nos passaram os diferentes partidos e
temos entre feridos e detidos mais de 50 pessoas, inclusive jornalistas e
cinegrafistas que foram presos e estão no Serviço Bolivariano de
Inteligência Nacional (Sebin)", disse.
Em um primeiro balanço, o prefeito do município de Chacao, o opositor
Ramón Muchacho, tinha anunciado nove feridos, um deles baleado e o
restante com múltiplas lesões.
A oposição conquistou a maioria da Assembleia Nacional no final de 2015, mas o TSJ reverteu quase todas suas medidas.
A Assembleia planejava iniciar procedimentos ainda nesta terça-feira
para afastar os juízes do tribunal, mas o gesto só teria valor
simbólico, já que a Casa não tem poder de fato para atuar.
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