Uso de formol pode irritar olhos, afetar a respiração e causar câncer; veja quais os cuidados no salão de beleza
Um relatório da Anvisa apontou os principais acidentes que podem acontecer dentro dos salões de beleza e clínicas de estética. No topo da lista está o uso do formol.
Um relatório da Anvisa apontou os principais acidentes que podem
acontecer dentro dos salões de beleza e clínicas de estética. No topo da
lista está o uso do formol. O Bem Estar desta segunda-feira (17)
abordou o assunto com a dermatologista e consultora Márcia Purceli e o
infectologista Renato Grinbaum. O que pode e o que não pode ser
reutilizado? A reutilização da cera, por exemplo, pode transmitir
doenças.
Muita gente procura os salões de beleza para ficar com o cabelo liso. E
para atingir o resultado, alguns cabeleireiros apostam no formol.
Entretanto, o uso dele só é permitido se for usado até 0,2% - nesta
quantidade, o formol não promove o alisamento.
O uso do formol pode provocar irritação na pele, queimaduras, irritação
nos olhos e, se inalado, pode causar câncer no aparelho respiratório,
dor de garganta, irritação no nariz, tosse e graves ferimentos nas vias
respiratórias. O formol é considerado cancerígeno pela OMS.
A segunda maior causa de denúncias na Anvisa está relacionada a
manicure e pedicure – a esterilização dos utensílios. Alicates, tesouras
e espátulas devem ser higienizadas e esterilizadas após o uso. A falta
de esterilização pode causar infecções bacterianas e também infecções
virais, como hepatite B e hepatite C.
Cuidado também com as pinças
usadas nas sobrancelhas. A dica do Bem Estar é ter seu próprio kit.
Uma outra irregularidade que acontece em clínicas de estética, mesmo
sendo proibida, é o reaproveitamento da cera para depilação. Essa
prática pode causar irritação de pele, infecção e também micoses,
causadas por fungos. Cera e espátula nunca devem ser reaproveitadas. Uma
dica é levar a cera usada e descartar em casa, para evitar que seja
reaproveitada em outra pessoa.
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