Hospitalizações diminuem em locais onde leis restringem a gordura trans, diz estudo
Cidade de Nova York limitou o uso de gordura trans em julho de 2007. Índice de hospitalizações por infarto ou AVC foi 6% menor nos condados com regulações contra a gordura.
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Fast food: regulamentação sobre gordura trans em regiões de Nova York
levou a diminuição do número de hospitalizações por infarto e AVC (Foto:
Paul J. Richards / AFP)
Moradores de algumas regiões do estado de Nova York, nos Estados
Unidos, passaram a ter menos riscos de serem hospitalizados depois que
esses locais restringiram o uso de gorduras trans, segundo um estudo publicado este mês na revista médica "JAMA Cardiology".
A gordura trans eleva o colesterol ruim, reduz o colesterol bom e
aumenta o risco de infarto e AVC. Ela aparece naturalmente em alguns
alimentos, mas é encontrada com mais frequência em comidas processadas
para melhorar o sabor e a textura.
"A cidade de Nova York foi progressista e aprovou restrições sobre a
gordura trans, mas ninguém tinha visto se isso trazia mudanças
mensuráveis para a saúde", disse o principal autor do estudo, Erik
Brandt, da Universidade Yale em New Haven, Connecticut.
A cidade de Nova York limitou o uso de gordura trans em julho de 2007.
As restrições se aplicam a alimentos comprados fora dos mercados, como
em restaurantes, vendedores ambulantes e padarias, nas cinco regiões da
cidade. Outras regiões do estado adotaram medidas similares
posteriormente.
Pesquisas anteriores mostraram que mortes por doenças cardiovasculares
caíram 4,5% em um ano depois que essas áreas implementaram as restrições
sobre a gordura trans, afirmam os pesquisadores no artigo.
Mas nenhum
estudo havia avaliado os eventos cardiovasculares não-fatais.
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Sorvete é um dos alimentos que pode conter gordura trans (Foto: Lynne Aranha/ G1)
Para o novo estudo, os pesquisadores compararam informações de pessoas
hospitalizadas entre 2002 e 2013 por infarto e AVC em regiões que
passaram a ter leis restringindo a gordura trans e em regiões sem leis
do tipo.
Ao todo, eles reuniram dados de 3,3 milhões de pessoas de 25 condados
sem restrições à gordura trans e de 8,4 milhões de pessoas de 11
condados com restrições.
Em 2006, houve 753 entradas em hospitais por infarto ou AVC a cada 100
mil pessoas em condados que não tinham restrições à gordura nociva. No
mesmo ano, houve 726 entradas em hospitais por 100 mil habitantes em
condados que implementaram as restrições.
Depois de três anos, o índice de hospitalizações por infarto ou AVC foi 6% menor nos condados com regulações contra a gordura.
"Tem havido muitas pesquisas para descobrir se as gorduras trans são
maléficas", disse Brandt. "Aqui, encontramos que quando restringimos
essas gorduras, isso beneficia a sociedade ao reduzir infartos e AVCs."
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