10% das mulheres infectadas por zika nos EUA tiveram filho com malformação
Estudos dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças analisou grupo de 250 grávidas que foram atingidas pelo vírus no país.
Cerca de 10% das mulheres grávidas infectadas pelo vírus da zika nos
Estados Unidos em 2016 tiveram um filho com malformação cerebral,
revelou um informe publicado nesta terça-feira (4) pelos Centros de
Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês).
O estudo examinou um subgrupo de 250 mulheres infectadas com zika.
Entre elas, 24 levavam na barriga um feto ou tinham dado à luz uma
criança com malformação cerebral.
"O zika continua sendo uma ameaça para todas as mulheres grávidas nos
Estados Unidos", lembrou Anne Schuchat, diretora interina do CDC, dando
ênfase ao "pronto retorno de um clima mais quente e à aproximação da
temporada de mosquitos".
O informe insiste na importância do cuidado médico para o diagnóstico
sistemático do zika para todas as mulheres grávidas potencialmente
expostas ao vírus. Seus filhos também devem ser avaliados para detectar
possíveis malformações, casos que não são habituais.
Entre janeiro e dezembro de 2016, foram encontradas quase 1.300
mulheres grávidas com sinais de uma possível infecção por zika nos 50
estados americanos e em todos os territórios ultramarinos, exceto Porto
Rico, de acordo com estimativas anteriores.
Mais de 50 nascidos destas mais de mil concepções apresentaram
malformações congênitas que poderiam ter sido causadas pelo zika. No
entanto, estes dados não foram confirmados mediante análises de
laboratório.
A maioria destas mulheres se infectou durante viagens a países ou
territórios da América onde a transmissão do vírus por mosquitos estava
ativa.
Os CDC também destacam que a infecção pelo vírus no primeiro trimestre
de gravidez representa um risco maior para o feto. Aproximadamente 15%
das crianças afetadas neste período nascem com malformações congênitas.
O informe revela, ainda, que aproximadamente um em cada três
recém-nascidos potencialmente expostos à infecção durante a gravidez não
foi submetido a estudos sobre possíveis más-formações neurológicas. E
apenas um em cada quatro foi submetido a scânner cerebral.
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