Brasil confirmou 165 casos de bebês com microcefalia e outras alterações ligadas à zika em 2017
Bahia é estado com maior número de notificações. Entre novembro de 2015 - início da emergência - e dezembro de 2016, país confirmou 2.205 casos de bebês afetados.
Desde o início de 2017 até o dia 15 de março, o Brasil teve a
confirmação de 165 casos de microcefalia ou outras alterações de
crescimento e desenvolvimento possivelmente relacionadas ao vírus da
zika. Ao todo, houve 541 novas notificações de casos suspeitos este ano.
As informações estão no boletim epidemiológico mais recente divulgado
pelo Ministério da Saúde.
Segundo o documento, houve 14 confirmações de mortes fetais e neonatais
ligadas ao vírus e 16 confirmações de fetos com alterações no sistema
nervoso central, abortos espontâneos e natimortos relacionados à
infecção em 2017. Os dados do boletim incluem casos que ainda estavam em
investigação na última semana de 2016 e podem ter sido confirmados no
início de 2017.
Ao todo, entre casos confirmados e em investigação, 3.165 bebês estão
em monitoramento, segundo o Ministério da Saúde: 21,1% recebem cuidados
em puericultura (acompanhamento do desenvolvimento), 9,7% em estimulação
precoce e 16% no serviço de atenção especializada.
Do total de casos suspeitos notificados em 2017, acrescido dos casos
que permaneciam em investigação no fim de 2016, o estado com maior
número de ocorrências é a Bahia (636 casos), seguida por Rio de janeiro
(402), São Paulo (384) e Pernambuco (315).
Segundo outro boletim divulgado anteriormente pelo Ministério da Saúde, em 2017, foram registrados 3.961 casos prováveis do vírus da zika no país, com uma taxa de incidência de 1,9 caso/100 mil habitantes.
Destes, 942 (23,8%) foram confirmados.
Emergência começou em 2015
Os casos de microcefalia passaram a ter notificação obrigatória no
Brasil em novembro de 2015, quando o governo declarou estado de
emergência em saúde pública devido ao aumento de casos da malformação,
fenômeno posteriormente relacionado à chegada do vírus da zika ao país.
No primeiro ano da emergência - desde o início da crise até o fim de
2016 - o país teve 2.205 casos confirmados de bebês afetados, de um
total de mais de 10 mil notificações de suspeitas. Além disso, 259
mortes de fetos e recém-nascidos tiveram a confirmação de relação com o
vírus.
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