26/7/2015 às 00h10
Superbactérias driblam medicação e deixam rastro de mortes pelo mundo
Organismos como a KPC já contaminaram pacientes em diversos países, inclusive no Brasil
Bactérias aprenderam mecanismo resistente aos antibióticos
Reprodução/ DailyMail
Oportunistas, traiçoeiras, letais: como combater inimigas com estas
propriedades? Esta é a pergunta que o mundo todo se faz diante da ameaça
cada vez mais constante das epidemias de superbactérias, organismos
causadores de doenças e resistentes até aos mais modernos antibióticos
disponíveis no mercado.
Desde 1996, quando foi identificada pela primeira vez a KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase), diversos países já sofreram surtos de graves infecções causadas pela bactéria, uma mutação genética que aprendeu a se defender da ação dos medicamentos criados para exterminá-la.
O Brasil, por exemplo, registrou casos de pacientes infectados pela KPC em 2014, e, no começo deste ano, uma epidemia explodiu nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal, onde, ao todo, 35 pessoas apresentaram micro-organismos deste tipo.
A KPC costuma afetar pacientes hospitalizados e com imunidade baixa — por isso, doentes internados na UTI são alguns de seus alvos mais comuns. A superbactéria pode atingir qualquer órgão do corpo humano, mas suas manifestações mais frequentes são como agentes causadores de pneumonia e infecção urinária.
Desde 1996, quando foi identificada pela primeira vez a KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase), diversos países já sofreram surtos de graves infecções causadas pela bactéria, uma mutação genética que aprendeu a se defender da ação dos medicamentos criados para exterminá-la.
O Brasil, por exemplo, registrou casos de pacientes infectados pela KPC em 2014, e, no começo deste ano, uma epidemia explodiu nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal, onde, ao todo, 35 pessoas apresentaram micro-organismos deste tipo.
A KPC costuma afetar pacientes hospitalizados e com imunidade baixa — por isso, doentes internados na UTI são alguns de seus alvos mais comuns. A superbactéria pode atingir qualquer órgão do corpo humano, mas suas manifestações mais frequentes são como agentes causadores de pneumonia e infecção urinária.
Em um dos casos mais relevantes do surto de junho passado, uma mulher
de 83 anos deu entrada no hospital com quadro de pneumonia e, ao ser
admitida para tratamento, contraiu a nova infecção por KPC.
A suspeita é de que o problema tenha surgido depois que os antibióticos que eram ministrados à paciente para o tratamento do problema respiratório acabaram, e a instituição optou por substituí-los por uma nova medicação.
De acordo com o médico infectologista Alexandre Naime Barbosa, a interrupção no uso de uma medicação deste tipo, seja a nível doméstico, seja em ambiente hospitalar, está intimamente ligada ao surgimento e desenvolvimento das superbactérias.
— A pessoa às vezes tem algo simples, como uma sinusite, e o médico receita 21 dias de antibiótico. Ao tomar por uma duração diferente desta, o paciente estimula bactérias que já têm alguma tendência a resistir à medicação, e então surge o problema.
Nos Estados Unidos, 179 foram colocadas em alerta após duas mortes serem registradas por infecção pela ERC, outra superbactéria que se aloja em organismos debilitados, em geral de pacientes em recuperação após cirurgias.
Neste caso, os dois mortos tinham em comum o fato de terem passado por intervenções com duodenoscópios, instrumentos usados no tratamento e diagnóstico de problemas no pâncreas e na vesícula.
Em um estudo encomendado pelo governo britânico em 2014, e coordenado pelo economista Jim O’Neill, o cenário médico da luta de medicações versus organismos resistentes parece assustador.
De acordo com entrevista de O’Neill à rece de notícias BBC, publicada à época da divulgação dos resultados, as mortes causadas por este problema crescerão vertiginosamente no mundo todo.
Na Nigéria, por exemplo, uma em cada quatro mortes, a partir de 2050, poderá ser atribuída a infecções resistentes a antibióticos. Já na Índia, dois milhões de mortes adicionais seriam registradas anualmente.
A suspeita é de que o problema tenha surgido depois que os antibióticos que eram ministrados à paciente para o tratamento do problema respiratório acabaram, e a instituição optou por substituí-los por uma nova medicação.
De acordo com o médico infectologista Alexandre Naime Barbosa, a interrupção no uso de uma medicação deste tipo, seja a nível doméstico, seja em ambiente hospitalar, está intimamente ligada ao surgimento e desenvolvimento das superbactérias.
— A pessoa às vezes tem algo simples, como uma sinusite, e o médico receita 21 dias de antibiótico. Ao tomar por uma duração diferente desta, o paciente estimula bactérias que já têm alguma tendência a resistir à medicação, e então surge o problema.
Nos Estados Unidos, 179 foram colocadas em alerta após duas mortes serem registradas por infecção pela ERC, outra superbactéria que se aloja em organismos debilitados, em geral de pacientes em recuperação após cirurgias.
Neste caso, os dois mortos tinham em comum o fato de terem passado por intervenções com duodenoscópios, instrumentos usados no tratamento e diagnóstico de problemas no pâncreas e na vesícula.
Em um estudo encomendado pelo governo britânico em 2014, e coordenado pelo economista Jim O’Neill, o cenário médico da luta de medicações versus organismos resistentes parece assustador.
De acordo com entrevista de O’Neill à rece de notícias BBC, publicada à época da divulgação dos resultados, as mortes causadas por este problema crescerão vertiginosamente no mundo todo.
Na Nigéria, por exemplo, uma em cada quatro mortes, a partir de 2050, poderá ser atribuída a infecções resistentes a antibióticos. Já na Índia, dois milhões de mortes adicionais seriam registradas anualmente.
Queridos leitores, as Bactérias Gram-positivas são muito resistentes porque sua parede é mais dura, isso faz com que o antibiótico não a atravesse, devido ao Ácido Teicoico e o Peptídeoglicano responsáveis pelo endurecimento da parede das bactérias. Por isso, é mais difícil combater uma infecção por bactéria Gram-positiva.
Por isso, é tão importante a assepsia de equipamentos, roupas de cama, das mãos e jalecos dos profissionais, utensílios domésticos (pratos, copos, talheres), dos quartos, do bloco cirúrgico, das UTIs... dentro do hospital.
A baixa imunidade de crianças e idosos pode levá-los ao óbito, pois os órgãos ficam debilitados gradativamente.
Médicos e enfermeiros não devem circular por lugares como lanchonetes, restaurantes... enfim, não devem sair do ambiente hospitalar com jaleco, pois irão voltar ao atendimento aos pacientes. Imaginem quantas bactérias não trazem lá de fora para dentro dos quartos, UTIs?
KPC, a superbactéria
A bactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) , a“superbactéria”, foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2000, depois de ter sofrido uma mutação genética, que lhe conferiu resistência a múltiplos antibióticos (aos carbapenêmicos, especialmente) e a capacidade de tornar resistentes outras bactérias. Essa característica pode estar diretamente relacionada com o uso indiscriminado ou incorreto de antibióticos.
A bactéria KPC pode ser encontrada em fezes, na água, no solo, em vegetais, cereais e frutas. A transmissão ocorre em ambiente hospitalar, através do contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal.
Crianças, idosos, pessoas debilitadas, com doenças crônicas e imunidade baixa ou submetidas a longos períodos de internação hospitalar (dentro ou fora da UTI) correm risco maior de contrair esse tipo de infecção.
A resistência aos antibióticos não é um fenômeno novo nem específico da espécie Klebsiella. Felizmente, esses germes multirresistentes não conseguem propagar-se fora do ambiente hospitalar.
Sintomas
Os sintomas são os mesmos de qualquer outra infecção: febre, prostração, dores no corpo, especialmente na bexiga, quando a infecção atinge o trato urinário, e tosse nos episódios de pneumonia.
Diagnóstico
A confirmação do diagnóstico se dá por meio de um exame de laboratório que identifica a presença da bactéria em material retirado do sistema digestivo. Infelizmente, nem todos os hospitais estão suficientemente aparelhados para realizar esse exame.
Prevenção
A prevenção é fundamental no controle da infecção hospitalar. Por isso, todos os pacientes portadores da bactéria KPC, mesmo que assintomáticos, devem ser mantidos em isolamento.
Lavar as mãos com bastante água e sabão e desinfetá-las com álcool em gel são medidas de extrema eficácia para evitar a propagação das bactérias. Esses recursos devem ser utilizados, tanto pelos profissionais de saúde que lidam com os doentes, como pelas visitas.
Outras formas de prevenir a propagação das bactérias incluem o uso sistemático de aventais de mangas compridas, luvas e máscaras descartáveis, sempre que houver contato direto com os pacientes, a desinfecção rotineira dos equipamentos hospitalares e a esterilização dos instrumentos médico-cirúrgicos.
Tratamento
Existem poucas classes de antibióticos que se mostram efetivas para o tratamento das infecções hospitalares pela bactéria KPC. Daí, a importância dos cuidados com a prevenção.
Recomendações
Lave as mãos com frequência, especialmente antes e depois de entrar em contato com pessoas doentes;
* Só tome antibióticos se forem prescritos sob orientação médica;
* Saiba que a maioria das infecções respiratórias não é causada por bactérias, mas, sim, por vírus sobre os quais os antibióticos não exercem nenhum efeito;
* Mantenha as visitas afastadas dos pacientes infectados;
* Higienize as mãos com álcool gel, sempre que possível;
* Esteja atento à nova regulamentação da Anvisa sobre o uso dos antibióticos;
*Procure reduzir ao mínimo necessário as visitas e consultas nos hospitais.
Fonte: http://drauziovarella.com.br/letras/k/infeccao-hospitalar/
16/11/2015 às 12h31 (Atualizado em 16/11/2015 às 12h35)
Mulher fica com rosto "oco" depois de contrair bactéria comedora de carne
Lois percebeu que problema era grave quando osso do nariz foi expelido durante um espirro
Depois
de quase ter seu rosto inteiro comido por uma bactéria, esta atriz finalmente
pode respirar aliviada — literalmente.
Lois Temel se recupera lentamente de uma doença extremamente rara que a deixou tão debilitada que, quando espirrou, ela acabou expelindo o próprio septo.
Lois Temel se recupera lentamente de uma doença extremamente rara que a deixou tão debilitada que, quando espirrou, ela acabou expelindo o próprio septo.
A inglesa de 41 anos teve fasciíte necrosante, uma infecção
bacteriana que avança rápido e é extremamente letal. As bactérias penetram nas
camadas mais profundas da pele, espalhando-se velozmente e destruindo os
tecidos.
Lois passou por uma cirurgia para remover o problema e reconstruir seu nariz, mas ficou arrasada quando descobriu que, para seu azar, a infecção tinha voltado.
Lois passou por uma cirurgia para remover o problema e reconstruir seu nariz, mas ficou arrasada quando descobriu que, para seu azar, a infecção tinha voltado.
Ela, que já tinha contraído gripe suína em 2009, conta
ter se visto à beira do suicídio depois de ser obrigada a passar por cinco
operações para reconstruir seu rosto. Por conta disso, ela perdeu o emprego e
precisou voltar a morar na casa dos pais, já que não tinha mais dinheiro para
pagar o aluguel.
Lois
foi a primeira pessoa do Reino Unido a testar uma técnica cirúrgica chamada reconstrução
facial com Bioactive Glass. Após a operação, ela também foi submetida a
drenagem de pulmões, sessões de fonoaudiologia e fisioterapia respiratória,
tudo para tentar devolver a normalidade à sua rotina.
— Eu
queria apenas arrancar aquilo da minha cara. Um dia espirrei e começou a jorrar
sangue. Quando olhei, havia um pedaço de osso na minha mão, e era meu septo. Foi
horrível.
Agora,
já no final de sua recuperação, Lois passou em um teste da Royal Academy of
Dramatic Art de Londres, e pretende se formar em breve, para retomar a vida
normal.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/fotos/mulher-fica-com-rosto-oco-depois-de-contrair-bacteria-comedora-de-carne-16112015#!/foto/6
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