sexta-feira, 31 de julho de 2015

Maconha pode ajudar no tratamento de ossos quebrados, diz estudo

Fraturas em ratos tiveram grande melhora após uso do canabidiol, segundo Universidade de Tel Aviv

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Extrato de canabidiol, substância derivada da cannabis, ajuda a controlar crises de epilepsia - Reprodução

TEL AVIV - Cientistas israelenses estão explorando novas aplicações para a maconha na medicina, e seus estudos apontam que um composto da planta ajuda a curar fraturas ósseas. A nova pesquisa, publicada no Journal of Bone and Mineral Research (Jornal de Pesquisa Mineral e Óssea), revelou que os ossos quebrados curam mais rápido e ficam mais fortes quando o paciente recebe o composto não-psicoativo canabidiol, ou CBD.
“Descobrimos que o canabidiol por si só torna os ossos mais fortes durante a cicatrização, aumentando a maturação da matriz de colágeno, que fornece a base para a nova mineralização do tecido ósseo. Depois de ter sido tratado com o CBD, o osso quebrará com muito menos facilidade no futuro”, disse em um comunicado o doutor Yankel Gabet, um dos líderes da pesquisa no Laboratório de Pesquisa Óssea na Universidade de Tel Aviv.
Os cientistas administraram o CBD a um grupo de ratos com fraturas no meio do fêmur. Depois de apenas oito semanas, eles tiveram uma melhora acentuada nos ossos quebrados. Em outro grupo de ratos, eles injetaram uma mistura de CBD e THC, ingrediente psicoativo da maconha. Comparando os resultados, concluiu-se que o CBD sozinho era um tratamento eficaz.
Como explicam os pesquisadores, os seres humanos têm um sistema endocanabinóide natural, que regula uma série de processos fisiológicos, bem como o esqueleto. O cérebro humano e o corpo são, portanto, preparados para responder às substâncias canabinóides, mesmo aquelas que vêm de uma fonte externa, como a maconha.
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Muitos estudos nos últimos anos têm demonstrado o potencial médico da maconha. Formas purificadas da cannabis já mostraram ser úteis para controlar os níveis de açúcar no sangue, por exemplo, e podem retardar a propagação do HIV. Outros pesquisadores sugerem que o CBD pode ser eficaz na redução da inflamação causada por esclerose múltipla e que a substância pode ajudar a parar o processo de metástase em muitos tipos de câncer agressivos, matar as células cancerosas em pessoas com leucemia e servir como um tratamento antipsicótico alternativo. “O potencial clínico dos compostos feitos com canabinóides é simplesmente inegável”, afirmou o doutor Gabet no comunicado.
Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/maconha-pode-ajudar-no-tratamento-de-ossos-quebrados-diz-estudo-16866409

France Presse 22/10/2015 11h07 - Atualizado em 22/10/2015 11h11

Menina epiléptica começa tratamento à base de maconha no México

Menina de oito anos que sofre até 400 ataques epilépticos diários.
Governo autorizou o tratamento.

Graciela faz fisioterapia em sua casa no México (Foto: AFP Photo/Carlos Ramirez) 

Graciela faz fisioterapia em sua casa no México (Foto: AFP Photo/Carlos Ramirez)

Uma menina mexicana de oito anos que sofre até 400 ataques epilépticos diários é a primeira pessoa no México a usar um medicamento à base de maconha - depois de o governo autorizar o tratamento, informou seu pai nesta quarta-feira (21).
Graciela, de oito anos, começou a tomar na terça-feira (20) "uma dose de 0,23 ml, duas vezes ao dia", do medicamento comercializado nos Estados Unidos sob o nome de Charlotte's Web, disse Raúl Elizalde, pai da menina.
"Ainda é cedo para saber se está funcionando. Os médicos acreditam que os efeitos positivos poderão ser observados em dois meses", acrescentou Elizalde.
Graciela, que vive na cidade de Monterrey, um polo industrial do norte do México, sofre de uma severa forma de epilepsia conhecida como síndrome de Lennox-Gastaut.
Os pais já apelaram para fortes tratamentos - até mesmo uma cirurgia no cérebro - para melhorar as dores da menina, mas nada funcionou até agora para melhorar sua frágil condição.
No mês passado, um juiz concedeu autorização para o uso do canabidiol (CBD), o que provocou objeções do governo do México - afogado numa sangrenta guerra contra o tráfico de drogas.
Finalmente, o ministério da Saúde se comprometeu a ajudar a obter a permissão para importar o remédio produzido pela farmacêutica britânica GW Pharmaceuticals, que continua em fase de testes.
"Cabe esclarecer que esta autorização sanitária não significa o aval para o uso da maconha em nenhuma de suas formas", alertou o ministério da Saúde na semana passada.
Em abril, a GW Pharmaceuticals disse que relatórios de pesquisas mostraram que o medicamento levou a uma redução de 54% dos ataques entre 137 crianças e jovens adultos que o tomaram por 12 semanas em 11 hospitais norte-americanos.
O presidente Enrique Peña Nieto, cujo governo mantém uma luta contra cartéis do tráfico de drogas que já matou dezenas de milhares de pessoas em uma décadas, se opõe à descriminalização da maconha no país.
A legalização da maconha, contudo, já é uma realidade que abre caminho em outras partes da América Latina, como Uruguai, que legalizou a produção e venda em 2013, e o Chile, que deu um passo à frente neste sentido em julho deste ano.
Nos Estados Unidos, vizinho do México, mais de 20 estados legalizaram a maconha.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/10/menina-epileptica-comeca-tratamento-base-de-maconha-no-mexico.html 

11/11/2015 às 00h08 (Atualizado em 11/11/2015 às 08h31)

Justiça Federal do DF libera substância psicoativa da maconha para uso medicinal

A decisão é do juiz federal Marcelo Rebello Pinheiro, da 16ª Vara de Justiça Federal do DF
 
O magistrado deu o prazo de 10 dias para que a decisão seja cumprida, mas ela ainda está sujeita a recurso no TRF da 1ª Região Divulgação/Anvisa
A 16ª Vara de Justiça Federal do Distrito Federal autorizou nesta terça-feira (10) a importação e a prescrição médica de produtos e medicamentos com THC (tetrahicrocannabidiol), substância derivada da maconha. Desta forma, a substância sai da lista de proibidas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o uso passa a ser regulado por médicos.
A decisão é do juiz federal Marcelo Rebello Pinheiro, que concordou com o pedido de antecipação formulado pelo MPF (Ministério Público  Federal). Na ação, o órgão pedia também a liberação do plantio, colheita, exploração e comercialização da substância, mas os pedidos foram negados. O magistrado deu o prazo de 10 dias para que a decisão seja cumprida, mas ela ainda está sujeita a recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
A decisão permitiu também a pesquisa científica controlada com a canabis e todas as sua espécies. Até então, apenas o canabidiol havia sido liberado pela Anvisa.
Em nota enviada ao R7 DF, a Anvisa informa que ainda não foi notificada sobre a decisão judicial e diz que os efeitos da decisão e possíveis ações do órgão ainda serão analisados pela agência no momento em que for notificada.
Fonte: http://noticias.r7.com/distrito-federal/justica-federal-do-df-libera-substancia-psicoativa-da-maconha-para-uso-medicinal-11112015

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