Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais:
* Inabilidade para interagir socialmente;
* Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos;
* Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
O
grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros
mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento
da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente se
mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é
portador de comportamento agressivo e retardo mental.
Os estudos
iniciais consideravam o transtorno resultado de dinâmica familiar
problemática e de condições de ordem psicológica alteradas, hipótese que
se mostrou improcedente. A tendência atual é admitir a existência de
múltiplas causas para o autismo, entre eles, fatores genéticos e
biológicos. Sintomas
O autismo acomete
pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as
meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas
dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais
ficarem evidentes antes de a criança completar três anos. De acordo com o
quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:
1) ausência
completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a
falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos,
deficiência mental;
2) o portador é voltado para si mesmo, não
estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue
falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a
repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da
compreensão;
3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até
superior, menor dificuldade de interação social que permite aos
portadores levar vida próxima do normal.
Na adolescência e vida
adulta, as manifestações do autismo dependem de como as pessoas
conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que
favoreceram sua adaptação e auto-suficiência. Diagnóstico
O
diagnóstico é essencialmente clínico. Leva em conta o comprometimento e
o histórico do paciente e norteia-se pelos critérios estabelecidos por
DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana
de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças
da OMS). Tratamento
Até o momento, autismo é
um distúrbio crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que
devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por
equipe multidisciplinar.
Não existe tratamento padrão que possa
ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo
com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o
uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades
associadas. Recomendações
* Ter em casa uma
pessoa com formas graves de autismo pode representar um fator de
desequilíbrio para toda a família. Por isso, todos os envolvidos
precisam de atendimento e orientação especializados;
* É
fundamental descobrir um meio ou técnica, não importam quais, que
possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista;
*
Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam;
por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina;
*
Apesar de a tendência atual ser a inclusão de alunos com deficiência em
escolas regulares, as limitações que o distúrbio provoca devem ser
respeitadas. Há casos em que o melhor é procurar uma instituição que
ofereça atendimento mais individualizado;
* Autistas de bom
rendimento podem apresentar desempenho em determinadas áreas do
conhecimento com características de genialidade. Fonte: http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo/
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos
três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e
interação social.
Em maio de 2013 foi lançada a quinta edição do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), que trouxe algumas mudanças
importantes, entre elas novos diagnósticos e alterações de nomes de
doenças e condições que já existiam.
Nesse manual, o autismo, assim como a Síndrome de Asperger,
foi incorporado a um novo termo médico e englobador, chamado de
Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Com essa nova definição, a
Síndrome de Asperger passa a ser considerada, portanto, uma forma mais
branda de autismo. Dessa forma, os pacientes são diagnosticados apenas
em graus de comprometimento, dessa forma o diagnóstico fica mais
completo.
O Transtorno do Espectro Autista é definido pela presença de “Déficits
persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos
contextos, atualmente ou por história prévia”, de acordo com o DSM-V.
As causas do autismo ainda são desconhecidas, mas a pesquisa na área é
cada vez mais intensa. Provavelmente, há uma combinação de fatores que
levam ao autismo. Sabe-se que a genética e agentes externos desempenham
um papel chave nas causas do transtorno. De acordo com a Associação
Médica Americana, as chances de uma criança desenvolver autismo por
causa da herança genética é de 50%, sendo que a outra metade dos casos
pode corresponder a fatores exógenos, como o ambiente de criação.
De qualquer maneira, muitos genes parecem estar envolvidos nas causas do
autismo. Alguns tornam as crianças mais suscetíveis ao transtorno,
outros afetam o desenvolvimento do cérebro e a comunicação entre os
neurônios. Outros, ainda, determinam a gravidade dos sintomas.
Quanto aos fatores externos que possam contribuir para o surgimento do
transtorno estão a poluição do ar, complicações durante a gravidez,
infecções causadas por vírus, alterações no trato digestório,
contaminação por mercúrio e sensibilidade a vacinas.
Autismo e vacinas
E por falar nelas, ainda se acredita muito que algumas vacinas possam
causar autismo em crianças. Os pais podem pedir ao médico ou enfermeira
que esperem ou até mesmo recusem a aplicação da vacina. No entanto, é
importante pensar também nos riscos de não vacinar a criança.
Algumas pessoas acreditam que uma pequena quantidade de mercúrio
(chamada de timerosal), que é um conservante comum em vacinas multidose,
causa autismo ou TDAH. No entanto, as pesquisas NÃO indicam que esse risco seja verdadeiro.
A American Academy of Pediatrics e The Institute of Medicine dos EUA concordam que nenhuma vacina
ou componente dela é responsável pelo número de crianças que atualmente
são diagnosticadas com autismo. Eles concluíram que os benefícios das
vacinas são maiores do que os riscos.
Todas as vacinas de rotina da infância estão disponíveis em formas de dose única em que não foi adicionado mercúrio.
Quantas crianças têm autismo?
O número exato de crianças com autismo é desconhecido. Um relatório
publicado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA
sugere que o autismo e seus distúrbios relacionados são muito mais
comuns do que se imagina. Não está claro se isso se deve a um aumento na
taxa da doença ou à maior capacidade de diagnóstico do problema.
O autismo afeta quatro a cinco vezes mais meninos do que meninas. Renda
familiar, educação e estilo de vida parecem não influenciar no risco de
autismo.
Alguns médicos acreditam que a maior incidência de autismo se deve a
novas definições do transtorno. O termo "autismo" agora inclui um
espectro mais amplo de crianças. Por exemplo, hoje em dia, uma criança
diagnosticada com autismo altamente funcional poderia ser simplesmente
considerada tímida ou com dificuldade de aprendizado há 30 anos.
Outros transtornos de desenvolvimento parecido incluem:
Síndrome de Rett: muito diferente do autismo, só ocorre no sexo feminino
Transtorno desintegrativo da infância: doença rara em que
uma criança adquire as habilidades e depois esquece tudo antes dos 10
anos de idade
Transtorno de desenvolvimento pervasivo: não especificado, também chamado de autismo atípico.
Alguns fatores são considerados de risco para o desenvolvimento do autismo. Confira:
Sexo: meninos são de quatro a cinco vezes mais propensos a desenvolver autismo do que meninas
Histórico familiar: famílias que já tenham tido algum
integrante com autismo correm riscos maiores de ter outro
posteriormente. Da mesma forma, é comum que alguns pais que tenham
gerado algum filho autista apresentem problemas de comunicação e de
interação social eles mesmos
Outros transtornos: crianças com alguns problemas de saúde
específicos tendem a ter mais riscos de desenvolver autismo do que
outras crianças. Epilepsia e esclerose tuberosa estão entre esses
transtornos
Idade dos pais: quanto mais avançada a idade dos pais, mais chances de a criança desenvolver autismo até os três anos.
A maioria dos pais de crianças com autismo suspeita que algo está errado
antes de a criança completar 18 meses de idade e busca ajuda antes que
ela atinja 2 anos. As crianças com autismo normalmente têm dificuldade
em:
Brincar de faz de conta
Interações sociais
Comunicação verbal e não verbal
Algumas crianças com autismo parecem normais antes de um ou dois anos,
mas de repente "regridem" e perdem as habilidades linguísticas ou
sociais que adquiriram anteriormente. Esse tipo de autismo é chamado de
autismo regressivo.
Uma pessoa com autismo pode:
Ter visão, audição, tato, olfato ou paladar excessivamente
sensíveis (por exemplo, eles podem se recusar a usar roupas "que dão
coceira" e ficam angustiados se são forçados a usálas)
Ter uma alteração emocional anormal quando há alguma mudança na rotina
Fazer movimentos corporais repetitivos
Demonstrar apego anormal aos objetos.
Os sintomas do autismo podem variar de moderados a graves.
Os problemas de comunicação no autismo podem incluir:
Não poder iniciar ou manter uma conversa social
Comunicar-se com gestos em vez de palavras
Desenvolver a linguagem lentamente ou não desenvolvê-la
Não ajustar a visão para olhar para os objetos que as outras pessoas estão olhando
Não se referir a si mesmo de forma correta (por exemplo, dizer "você quer água" quando a criança quer dizer "eu quero água")
Não apontar para chamar a atenção das pessoas para objetos (acontece nos primeiros 14 meses de vida)
Repetir palavras ou trechos memorizados, como comerciais
Usar rimas sem sentido
Existem diversos sintomas que podem indicar autismo, e nem sempre a
criança apresentará todos eles. Entre os grupos de sintomas que podem
afetar uma pessoa com autismo estão:
Interação social
Não faz amigos
Não participa de jogos interativos
É retraído
Pode não responder a contato visual e sorrisos ou evitar o contato visual
Pode tratar as pessoas como se fossem objetos
Prefere ficar sozinho, em vez de acompanhado
Mostra falta de empatia
Resposta a informações sensoriais
Não se assusta com sons altos
Tem a visão, audição, tato, olfato ou paladar ampliados ou diminuídos
Pode achar ruídos normais dolorosos e cobrir os ouvidos com as mãos
Pode evitar contato físico por ser muito estimulante ou opressivo
Esfrega as superfícies, põe a boca nos objetos ou os lambe
Parece ter um aumento ou diminuição na resposta à dor
Brincadeiras
Não imita as ações dos outros
Prefere brincadeiras solitárias ou ritualistas
Não faz brincadeiras de faz de conta ou imaginação
Comportamentos
Acessos de raiva intensos
Fica preso em um único assunto ou tarefa (perseverança)
Baixa capacidade de atenção
Poucos interesses
É hiperativo ou muito passivo
Comportamento agressivo com outras pessoas ou consigo
Crianças, em geral, dão os primeiros sinais de autismo logo no primeiro
ano de vida. Se você notar qualquer sinal do transtorno em seu filho,
converse com um médico. Ele poderá recomendar exames específicos. Os
comportamentos da criança de alerta são:
Não responder com sorriso ou expressão de felicidade aos seis meses
Não imitar sons ou expressões faciais aos nove meses
Não balbuciar aos 12 meses
Não gesticular aos 12 meses
Não dizer nenhuma palavra aos 16 meses
Não dizer frases compostas de pelo menos duas palavras aos 24 meses
Perder habilidades sociais e de comunicação em qualquer idade.
É provável que um clínico geral consiga fazer o diagnóstico de dermatite
de contato analisando seus sintomas. No entanto, você pode ser
encaminhado para um dermatologista, médico especialista em pele.
Como as consultas costumam ser breves e há muitas informações e
perguntas para cobrir, é uma boa ideia estar bem preparado. Aqui estão
algumas informações para ajudar no diagnóstico mais rápido:
Anote quaisquer sintomas que você está enfrentando,
inclusive os que podem parecer sem relação com o motivo pelo qual você
agendou a consulta
Anote as informações pessoais importantes, incluindo quaisquer tensões principais ou mudanças de vida recentes
Faça uma lista de todos os medicamentos, bem como de quaisquer vitaminas ou suplementos que você está tomando
Leve um membro da família ou amigo junto. Às vezes pode ser
difícil lembrar todas as informações fornecidas durante a consulta.
Alguém que acompanha você pode se lembrar de algo que você perdeu ou
esqueceu.
O que esperar do médico?
Médicos costumam fazer várias perguntas. É importante estar preparado
para respondê-las. Confira alguns exemplos de questões que poderão ser
levantadas por um especialista:
Quais comportamentos em específicos levaram você a procurar ajuda médica para seu filho?
Quando os primeiros sintomas começaram?
Esses comportamentos atípicos são frequentes ou ocasionais?
Quais os hábitos favoritos de seu filho?
Seu filho interage com familiares e outras crianças?
Sua família tem histórico de autismo ou algum outro transtorno cerebral?
O médico procurará por sinais de atraso no desenvolvimento da criança.
Se observados os principais sintomas do autismo, ele encaminhará a
criança em questão para um especialista, que poderá fazer um diagnóstico
mais exato e preciso. Geralmente, ele é feito antes dos três anos de
idade, já que os sinais do transtorno costumam aparecer cedo.
Para realizar o diagnóstico, o médico utiliza o critério do Manual de
Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais, da Associação
Americana de Psiquiatria. Segundo ele, a criança poderá ser
diagnosticada com autismo se apresentar pelo menos seis dos sintomas
clássicos do transtorno.
Todas as crianças devem fazer exames de desenvolvimento de rotina com o
pediatra. Podem ser necessários mais testes se o médico ou os pais
estiverem preocupados. Para autismo, isso deve ser feito principalmente
se uma criança não atingir marcos de linguagem.
Essas crianças poderão fazer uma avaliação auditiva, teste de chumbo no
sangue e teste de triagem para autismo, como a lista de verificação de
autismo em crianças (CHAT) ou o questionário para triagem de autismo.
Um médico experiente no diagnóstico e tratamento de autismo normalmente é
necessário para fazer o diagnóstico. Como não há testes biológicos para
o autismo, o diagnóstico muitas vezes será feito com base em critérios
muito específicos.
Uma avaliação de autismo normalmente inclui um exame físico e
neurológico completo. Pode incluir também alguma ferramenta de exame
específica, como:
Entrevista diagnóstica para autismo revisada (ADIR)
Programa de observação diagnóstica do autismo (ADOS)
Escala de classificação do autismo em crianças (CARS)
Escala de classificação do autismo de Gilliam
Teste de triagem para transtornos invasivos do desenvolvimento.
As crianças com autismo ou suspeita de autismo normalmente passarão por testes genéticos em busca de anomalias nos cromossomos.
O autismo inclui um amplo espectro de sintomas. Portanto, uma avaliação
única e rápida não pode indicar as reais habilidades da criança. O ideal
é que uma equipe de diferentes especialistas avalie a criança com
suspeita de autismo. Eles podem avaliar: comunicação, linguagem,
habilidades motoras, fala, êxito escolar e habilidades de pensamento.
O autismo continua sendo um distúrbio difícil para as crianças e suas
famílias, mas a perspectiva atual é muito melhor do que na geração
passada. Naquela época, a maioria das pessoas com autismo era internada
em instituições.
Hoje, com o tratamento correto, muitos dos sintomas do autismo podem
melhorar, mesmo que algumas pessoas permaneçam com alguns sintomas
durante toda a vida. A maioria das pessoas com autismo consegue viver
com suas famílias ou na sociedade.
A perspectiva depende da gravidade do autismo e do nível de tratamento
que a pessoa recebe. Procurar ajuda de outras famílias que tenham
parentes com autismo e por profissionais que deem o suporte necessário
aos parentes também é uma alternativa interessante.
O autismo pode estar associado a outros distúrbios que afetam o cérebro, como a Síndrome do X frágil, déficit intelectual e esclerose tuberosa. Algumas pessoas com autismo podem, também, desenvolver convulsões.
O estresse de lidar com o autismo pode levar a complicações sociais e
emocionais para a família e os cuidadores, bem como para a própria
pessoa com autismo. Por isso, acompanhamento psicológico tanto para um,
quanto para o outro é essencial.
Não existe cura para autismo, mas um programa de tratamento precoce,
intensivo e apropriado melhora muito a perspectiva de crianças pequenas
com o transtorno. A maioria dos programas aumentará os interesses da
criança com uma programação altamente estruturada de atividades
construtivas. Os recursos visuais geralmente são úteis.
O principal objetivo do tratamento é maximizar as habilidades sociais e
comunicativas da criança por meio da redução dos sintomas do autismo e
do suporte ao desenvolvimento e aprendizado.
Mas a forma de tratamento que tem mais êxito é o que é direcionado às
necessidades específicas da criança. Um especialista ou uma equipe
experiente deve desenvolver o programa para cada criança. Há várias
terapias para autismo disponíveis, incluindo:
Terapias de comunicação e comportamento
Medicamentos
Terapia ocupacional
Fisioterapia
Terapia do discurso/linguagem
Existem diversos programas para tratar problemas sociais, de comunicação
e de comportamento que estejam relacionados ao autismo. Alguns desses
programas focam na redução de problemas comportamentais e na
aprendizagem de novas habilidades. Outros procuram ensinar crianças a
como agir em determinadas situações sociais e a como se comunicar
propriamente. Um desses programas é a ABA, sigla em inglês para Análise
Aplicada do Comportamento, muito utilizado em crianças pequenas com
algum distúrbio dentro do espectro do autismo. A ABA usa uma abordagem
de aprendizado individual que reforça a prática de várias habilidades. O
objetivo é que a criança se aproxime do funcionamento normal do
desenvolvimento. Os programas de ABA normalmente são feitos na casa da
criança sob a supervisão de um psicólogo comportamental.
Outro programa bastante recorrente como alternativa de tratamento é o
TEACCH (sigla em inglês para Tratamento e Educação para Autistas e
Crianças com Déficits relacionados à Comunicação), que utiliza outros
recursos visuais que ajudam a criança a trabalhar de forma independente e
a organizar e estruturar seu ambiente.
O TEACCH tenta melhorar as habilidades e a adaptação de uma criança, ao
mesmo tempo que aceita os problemas associados aos distúrbios dentro do
espectro do autismo. Diferentemente dos programas de ABA, os programas
TEACCH não esperam que as crianças atinjam o desenvolvimento normal com o
tratamento.
Medicamentos
Não existem medicamentos capazes de tratar os principais sintomas do
autismo, mas, muitas vezes, são usados medicamentos para tratar
problemas comportamentais ou emocionais que os pacientes com autismo
apresentem, como agressividade, ansiedade, problemas de atenção,
compulsões extremas que a criança não pode controlar, hiperatividade, impulsividade, irritabilidade, alterações de humor, surtos, dificuldade para dormir e ataques de raiva.
Dieta
Nem todos os especialistas concordam que as mudanças na dieta fazem
diferença, nem todas as pesquisas sobre esse método mostraram resultados
positivos, mas se você está considerando essas ou outras alterações
alimentares como via de tratamento para seu filho, é recomendável uma
conversa com um gastroenterologista (especialista no sistema digestório)
e com um nutricionista.
Algumas crianças com autismo parecem responder a uma dieta sem glúten ou
sem caseína. O glúten é encontrado em alimentos que contêm trigo,
centeio e cevada. A caseína é encontrada no leite, no queijo e em outros
produtos lácteos.
Outras abordagens
Existem muitos tratamentos anunciados para o autismo que não têm base
científica e histórias de "curas milagrosas" que não atendem às
expectativas. Se seu filho tem autismo, pode ser útil falar com outros
pais de crianças autistas e com especialistas em autismo. Acompanhe o
avanço das pesquisas na área, que está se desenvolvendo rapidamente.
Um exemplo desses tratamentos precoce são as infusões de secretina.
Houve muita empolgação com esse método de tratamento no passado. Agora,
depois de muitas pesquisas realizadas em vários laboratórios, é possível
que a secretina não faça nenhum efeito para crianças com autismo. No
entanto, as pesquisas continuam.
Não há uma fórmula correta para prevenir o autismo, mas estudos recentes
mostram que o papel da herança genética para o desenvolvimento do
transtorno não é tão grande como se supunha. Os genes desempenham 50%
das chances de uma criança vir a ter autismo. Ou seja, em pelo menos
metade dos casos não há muito o que fazer contra a genética humana. Mas
os outros 50% correspondem a fatores externos, muito relacionados ao
ambiente em que a criança cresce e a hábitos comportamentais. Isso abre
um campo enorme de pesquisa, especialmente no que diz respeito à
prevenção do autismo. Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/autismo
Estudo reforça que ácido fólico na gravidez pode reduzir o risco de autismo nos bebês
Suplementos
da vitamina já são recomendados a gestantes e a mulheres que pretendem
engravidar para reduzir o risco de má formação congênita
- Atualizado em
Gravidez: Pesquisa reforça a possibilidade de o
ácido fólico consumido por grávidas reduzir o risco de seus filhos
serem autistas(Thinkstock/VEJA)Um
extenso estudo americano concluiu que tomar suplementos de ácido fólico
durante a gravidez reduz em até 40% o risco de o bebê ter autismo. Essa
vitamina, presente em alimentos como brócolis, tomate, lentilha e
também em bebidas como a cerveja, diminui as chances de haver má
formação congênita, mas ainda não está claro se a substância protege a
criança contra problemas neurológicos. A nova pesquisa, publicada nesta
quarta-feira no periódico The Journal of The American Association (JAMA), fornece novas evidências que reforçam tal relação, que já havia sido apontada por trabalhos anteriores.
Saiba mais
ÁCIDO FÓLICO
Também chamado de vitamina B9, pode ser encontrado em alimentos como
brócolis, couve, tomate, feijão, lentilha e cogumelo, em bebidas como a
cerveja e em suplementos vitamínicos. Uma concha de feijão preto, por
exemplo, tem 119 microgramas da vitamina. O ácido fólico atua no
processo de multiplicação celular e na formação da hemoglobina.
Recomenda-se o consumo da vitamina a mulheres que estão pensando em
engravidar - de preferência 30 dias antes da fecundação e durante o
primeiro trimestre gestação. O ácido é associado a um menor risco de má
formação congênita.
A pesquisa, feita na Universidade da Califórnia, Davis, nos Estados
Unidos, se baseou nos dados de 85.176 bebês inscritos no Estudo de Corte
de Mães e Crianças Norueguesas, o maior trabalho já feito sobre a
influência de fatores genéticos e ambientais sobre doenças neurológicas.
Os pais dessas crianças também participaram da pesquisa. Após
acompanhar as crianças entre três e dez anos após o seu nascimento, a
equipe observou que 270 delas apresentaram algum transtorno do espectro
autista.
De acordo com os
resultados da pesquisa, mães que fizeram uso de suplementos de ácido
fólico antes e durante a gestação tiveram filhos com um risco até 40%
menor de serem diagnosticados com autismo na infância. Esse benefício
foi observado apenas em mulheres que tomaram os suplementos durante o
período entre quatro semanas antes de engravidarem e oito semanas após o
início da gestação - o que revela que o momento do consumo da vitamina é
crucial para reduzir os riscos de saúde ao bebê. Os pesquisadores não
encontraram evidências de que outros suplementos alimentares, como de
ômega-3, por exemplo, na gravidez influenciam no risco de autismo no
filho. Consumo ideal - Segundo a Federação Brasileira das
Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o consumo de
suplementos de ácido fólico é indicado para prevenir anencefalia
(defeito congênito na formação do cérebro e da medula) e espinha bífida
(formação anômala dos ossos da coluna vertebral) - dois defeitos de
fechamento do tubo neural (estrutura que dará origem ao sistema nervoso
central do bebê, incluindo cérebro e coluna).
A recomendação do órgão é a de que as mulheres consumam 400
microgramas por dia de ácido fólico durante pelo menos um mês antes de
engravidar e ao longo do primeiro trimestre de gestação - período em que
o tubo neural está em pleno desenvolvimento.
Em 2002, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
determinou a adição de 4,2 miligramas de ferro e de 150 miligramas de
ácido fólico para cada 100 gramas de farinha de trigo e de milho. A
intenção era reduzir a prevalência de anemia por deficiência de ferro e
prevenir defeitos do tubo neural.
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