30/7/2015 às 11h07 (Atualizado em 30/7/2015 às 15h16)
Universidade de Bruxelas testa nova técnica contra diabetes
Ideia é destruir a mucosa que reveste o duodeno, responsável por gerar insulina
As provas iniciais demonstraram que
pacientes com níveis de 9,5 de hemoglobina glicosilada passaram a níveis
de 7,3 depois de três meses de tratamento
Thinkstock
Pesquisadores da ULB (Universidade Livre de Bruxelas) estão testando
com sucesso uma técnica revolucionária para tratar o diabetes tipo 2,
que atinge 90% dos portadores da doença, informou o jornal "Le Soir"
nesta quinta-feira (30). A nova técnica, baseada em um aparelho
desenvolvido pela americana Fractyl, está sendo testado pela equipe de
Gastroenterologia do professor Jacques Devière, do Hospital
Universitário Erasme, e em um hospital de Roma.
A técnica consiste em destruir por aquecimento a mucosa que reveste o duodeno, a parte do intestino delgado que fica depois do estômago e que rodeia o pâncreas, o qual se encarrega de gerar a insulina, disse Devière.
— É importante destruí-la porque as células glandulares mucosas segregam uma variedade de hormônios que terminam produzindo resistência à insulina.
Isto é possível colocando um balão no duodeno, através de uma sonda introduzida pela boca do paciente, sem a necessidade de cirurgia, exlpicou.
— O balão separa a mucosa da submucosa mediante a introdução de fluidos fisiológicos entre as duas camadas. Uma vez separada a mucosa, esta fica exposta em outro balão da mesma sonda a água a 85 graus de 7 a 10 segundos, o que a destrói durante um mês e faz com que a resistência que tinha desenvolvido à insulina e as dificuldades para tratar o açúcar alimentício desapareçam durante um tempo.
As provas iniciais demonstraram que pacientes com níveis de 9,5 de hemoglobina glicosilada passaram a níveis de 7,3 depois de três meses de tratamento. A medição da hemoglobina glicosilada, cujos valores normais devem ficar entre 5% e 6%, é um exame de laboratório muito utilizado para saber se o controle que o paciente realiza sobre a doença foi bom durante os últimos meses. Segundo o professor, essa ainda não é uma solução definitiva, mas a maior vantagem é a possibilidade de poder passar de um tratamento com remédios a uma operação endoscópica que não requer cirurgia.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/universidade-de-bruxelas-testa-nova-tecnica-contra-diabetes-30072015
A técnica consiste em destruir por aquecimento a mucosa que reveste o duodeno, a parte do intestino delgado que fica depois do estômago e que rodeia o pâncreas, o qual se encarrega de gerar a insulina, disse Devière.
— É importante destruí-la porque as células glandulares mucosas segregam uma variedade de hormônios que terminam produzindo resistência à insulina.
Isto é possível colocando um balão no duodeno, através de uma sonda introduzida pela boca do paciente, sem a necessidade de cirurgia, exlpicou.
— O balão separa a mucosa da submucosa mediante a introdução de fluidos fisiológicos entre as duas camadas. Uma vez separada a mucosa, esta fica exposta em outro balão da mesma sonda a água a 85 graus de 7 a 10 segundos, o que a destrói durante um mês e faz com que a resistência que tinha desenvolvido à insulina e as dificuldades para tratar o açúcar alimentício desapareçam durante um tempo.
As provas iniciais demonstraram que pacientes com níveis de 9,5 de hemoglobina glicosilada passaram a níveis de 7,3 depois de três meses de tratamento. A medição da hemoglobina glicosilada, cujos valores normais devem ficar entre 5% e 6%, é um exame de laboratório muito utilizado para saber se o controle que o paciente realiza sobre a doença foi bom durante os últimos meses. Segundo o professor, essa ainda não é uma solução definitiva, mas a maior vantagem é a possibilidade de poder passar de um tratamento com remédios a uma operação endoscópica que não requer cirurgia.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/universidade-de-bruxelas-testa-nova-tecnica-contra-diabetes-30072015
Nenhum comentário :
Postar um comentário