Cigarros de cafeína chegam ao mercado americano, mas médicos alertam contra perigos
Inaladores prometem ‘explosão de energia’ para apressados. Produtos ainda não foram amplamente testados, no entanto
por O Globo
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Atualizado
Companhia Eagle Energy Vapor sugere que cigarros de cafeína sejam usados antes de praticar esportes
- Instagram/eagleenergyvapor
RIO - Os cigarros eletrônicos — aqueles que convertem em vapor a nicotina diluída em líquidos — ainda são um tema polêmico para cientistas. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, diz que não há provas de que eles sejam menos nocivos do que os cigarros comuns. Enquanto essa discussão ainda se desenrola nos laboratórios de testes, algumas empresas não perderam tempo e já criaram uma novidade na área: o cigarro de cafeína. Os novos dispositivos, que servem para serem inalados, prometem fornecer uma explosão de energia para os estudantes que ficam até tarde debruçados sobre livros ou para empresários apressados demais para comprar um café numa lanchonete.
RIO - Os cigarros eletrônicos — aqueles que convertem em vapor a nicotina diluída em líquidos — ainda são um tema polêmico para cientistas. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, diz que não há provas de que eles sejam menos nocivos do que os cigarros comuns. Enquanto essa discussão ainda se desenrola nos laboratórios de testes, algumas empresas não perderam tempo e já criaram uma novidade na área: o cigarro de cafeína. Os novos dispositivos, que servem para serem inalados, prometem fornecer uma explosão de energia para os estudantes que ficam até tarde debruçados sobre livros ou para empresários apressados demais para comprar um café numa lanchonete.
As substâncias ativas do produto são o nosso guaraná amazônico,
taurina e ginseng. O coquetel funciona como um energético que, em vez de
ser bebido, pode ser inalado.
“Serve para quando você está no teleférico pronto para esquiar, quando está caminhando, dirigindo no carro”, garantiu ao jornal The New York Times Elliot Mashford, o empresário canadense por trás do Eagle Energy Vapor, que tem sido vendido nos Estados Unidos em bancas de jornais, farmácias e cassinos.
Por outro lado, médicos alertam sobre os perigos de se consumir uma grande quantidade de cafeína de uma vez só — o que se torna muito mais provável a partir do momento em que poucas baforadas são conta do recado. O excesso da susbtância pode provocar, náuseas, dor de cabeça, ansiedade, tremores, insônia e acelerar o ritmo do coração, o que pode ser mortal para quem já tem alguma doença cardíaca. A longo prazo, as consequências podem ser ainda mais devastadoras para a saúde.
O
mais preocupante para os médicos é que o produto, por ser novo, ainda
não foi amplamente testado. Além disso, a inalação de qualquer
substância, especialmente um estimulante, pode representar um risco, já
que a velocidade da absorção na corrente sanguínea é mais rápida do que
no caso da ingestão. Dessa forma, o nível da droga no organismo sobe com
muita rapidez.
O dispositivo funciona de maneira parecida com os e-cigarettes, que
esquenta as substâncias para transformar os produtos químicos ativos em
vapor.
O cigarro de cafeína descartável, que custa US$ 8,99 (quase R$ 30), dura cerca de 500 baforadas. Embora cada inalador contenha apenas dois miligramas de cafeína (contra cerca de 150 miligramas contidos em um copo de 350ml de café), as companhias fabricantes dizem que apenas dez ou 20 baforadas por vez são aconselhadas.
Embora os cigarros eletrônicos sejam comercializados normalmente nos Estados Unidos, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe, desde 2009, a compra ou venda desses produtos no Brasil.
“Serve para quando você está no teleférico pronto para esquiar, quando está caminhando, dirigindo no carro”, garantiu ao jornal The New York Times Elliot Mashford, o empresário canadense por trás do Eagle Energy Vapor, que tem sido vendido nos Estados Unidos em bancas de jornais, farmácias e cassinos.
Por outro lado, médicos alertam sobre os perigos de se consumir uma grande quantidade de cafeína de uma vez só — o que se torna muito mais provável a partir do momento em que poucas baforadas são conta do recado. O excesso da susbtância pode provocar, náuseas, dor de cabeça, ansiedade, tremores, insônia e acelerar o ritmo do coração, o que pode ser mortal para quem já tem alguma doença cardíaca. A longo prazo, as consequências podem ser ainda mais devastadoras para a saúde.
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O cigarro de cafeína descartável, que custa US$ 8,99 (quase R$ 30), dura cerca de 500 baforadas. Embora cada inalador contenha apenas dois miligramas de cafeína (contra cerca de 150 miligramas contidos em um copo de 350ml de café), as companhias fabricantes dizem que apenas dez ou 20 baforadas por vez são aconselhadas.
Embora os cigarros eletrônicos sejam comercializados normalmente nos Estados Unidos, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe, desde 2009, a compra ou venda desses produtos no Brasil.
Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/cigarros-de-cafeina-chegam-ao-mercado-americano-mas-medicos-alertam-contra-perigos-16907308
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