Choque – Classificação, Fisiopatologia e Diagnóstico Diferencial
ChoqueÉ a síndrome clinica que resulta de perfusão (Fluxo sanguíneo que chega ao tecido ou aos órgãos). Seja qual for a causa, o desequilíbrio induzido pela hipoperfusão (baixa perfusão indica que existe baixo fluxo sanguíneo proveniente da hipotensão e vasodilatador, provocada pelos mediadores químicos.
A manifestação clinica do choque são :
- Hipotensão (PA média < 60 mmHg), taquicardia, taquipnéia, palidez, agitação e sensório alterados.
- Sinais de vasoconstrição periférica intensa, com pulsos fracos e extremidades frias e úmidas. No choque distributivo ( séptico), há vasodilatação e extremidades quentes.
- Oligúria (< 20mL/h) e acidose metabólica;
- Lesão pulmonar aguda e síndrome da angustia respiratória aguda (SDRA), com edema pulmonar não cardiogênico, hipoxemia e infiltrados pulmonares.
A perfusão adequada dos tecidos implica a integridade estrutural e funcional dos três constituintes básicos do sistema cardiovascular: coração (a bomba), vasos (o continente) e sangue (o conteúdo).
- Mecanismos compensatórios
- Sistema Adrenérgico
- Cortisol
- Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA) e Hormona Antidiurética (ADH)
No choque, particularmente no que se acompanha de perda de volume, o SRAA é ativado e a libertação da HAD pela neuro-hipófise é estimulada, tendo como principal fim a manutenção do volume sanguíneo (através da redução do débito urinário). Enquanto a angiotensina (AII) e a aldosterona fazem-no indiretamente (pela reabsorção de Na+), a ADH age quer indiretamente (também pela reabsorção de Na+) quer diretamente (através da reabsorção de água sem reabsorção de Na+).
Tabela 1 – Classificação do choque
-Hipovolêmico;
-Obstrutivo;
-Cardiogênico;
-Distributivo;
-Choque Neurogênico;
Fonte: https://pcarefisioterapia.com.br/choque-classificacao-fisiopatologia-e-diagnostico-diferencial/
Choque Anafilático: É a principal causa de morte por alergia.
O
choque anafilático é uma reação imediata resultante da dilatação súbita
da microcirculação sanguínea pela ação da histamina. Com a
vasodilatação, há queda de pressão arterial, deficiência de irrigação
cerebral, perda da consciência, coma e morte. Esta cadeia de eventos
pode ser evitada pela aplicação de medicação de emergência. Nas formas
mais discretas do choque, o próprio organismo pode compensar a falência
circulatória.
Sintomas do choque anafilático:
Sensação de mal estar, transpiração, palidez
Tosse seca, falta de ar
Sudorese abundante
Coceira generalizada
Náuseas, vômitos, dor abdominal
Diminuição da Pressão
Perda dos sentidos
Principais causas de reação anafilática:
- Antibióticos: penicilina, estreptomicina e cefalosporinas.
-
Látex: derivado da borracha natural encontrado em luvas, camisinhas,
etc - - Anestésicos locais: procaína, tetracaína, benzocaína e
xilocaína.
- Vitaminas: B1 e B12.
- Hormônios: insulina e ACTH.
- Soros heterólogos: antitetânicos e antidiftéricos.
Reações
anafiláticas menos intensas podem ser causadas por outras causas, como
por exemplo alimentos (camarão). Estas reações em geral não são graves,
manifestando-se por mal estar, tonteira, urticária súbita, surgindo
imediatamente após uso destas substâncias.
Reação Anafilactóide
Tem
os mesmos sintomas da reação anafilática, mas o mecanismo não é
alérgico. Neste caso, a libareção da histamina ocorre por mecanismos
não-imunológicos. O exemplo mais característico é a reação após uso de
contrastes iodados.
Como controlar o choque anafilático
O
tratamento é realizado através de medidas profiláticas (evitando os
alérgenos) e medidas de urgência a serem aplicadas logo que o quadro se
inicia.
A
adrenalina (epinefrina) é o único medicamento de emergência capaz de
salvar a vida de uma pessoa em choque anafilático e deve ser aplicada
imediatamente. É encontrada em forma de ampolas ou na forma de “kit”
auto-injetável.
Converse com seu médico alergista para que ele o oriente.
Texto extraído do livro: Conheça sua Alergia – Lian Pontes de Carvalho e João Bosco Magalhães Rios – Editora Revinter 2001
Fonte: http://blogdalergia.blogspot.com.br/2006/11/choque-anafiltico.html
Como é tratado?
Tratando você mesmo:
Se
você já teve antes uma reação alérgica grave, carregue com você um
"kit" para tratar um choque anafilático e esteja preparado para aplicar
em si mesmo uma injeção presente no "kit". Então procure imediatamente,
ou peça a alguém para conseguir, ajuda médica. Até que o socorro chegue,
deite-se e levante as pernas acima do nível do tórax para aumentar o
fluxo sanguíneo para o coração e o cérebro.
Tratando alguém com choque grave:
O
choque anafilático requer uma atenção médica de emergência. Se você
suspeita que alguém esteja chocando, chame uma ambulância.
Veja
se a pessoa parou de respirar ou se seu coração parou de bater. Se isso
aconteceu, faça manobras de ressuscitação cardiopulmonar até que o
paciente volte a respirar ou a apresentar batimentos cardíacos, ou até
que chegue a ambulância.
Depois,
esteja certo de que a pessoa esteja deitada em posição confortável. Se a
pessoa mantém as vias respiratórias desobstruídas (sem nada na boca ou
garganta), levante suas pernas acima do nível do tórax.
Procure por algum bracelete ou colar que contenha informações sobre alergias.
Quando
o médico chegar, ele poderá aplicar uma injeção de epinefrina
(=adrenalina) assim que verificar a anafilaxia ou mesmo uma reação
alérgica menos grave. Além disso, o médico poderá:
- administrar drogas como anti-histamínicos ou corticóides, possivelmente por via intravenosa
- dar líquido (soro) na veia para aumentar o volume de líquidos dentro dos vasos sanguíneos
- hospitalizar a pessoa para se certificar de que sua pressão arterial e batimentos cardíacos restabeleceram o padrão normal e de que os sintomas não retornarão.
Quanto tempo duram os efeitos?
A
duração dos efeitos do choque anafilático dependerá de quão rápido a
pessoa recebe o tratamento. Os sintomas poderão durar de poucos minutos a
várias horas. Sem um tratamento médico imediato, o resultado pode ser a
morte, mas o tratamento precoce pode ajudar e prevenir complicações
sérias.
Como eu posso me cuidar?
Procure ajuda o quanto antes.
Se você já teve uma reação alérgica grave previamente, você poderá:
- solicitar a seu médico para prescrever "kits" de tratamento do choque e ler consigo as instruções de seu uso. Checar o prazo de validade dos "kits". Rever as instruções até que você esteja familiarizado com elas. Levar sempre consigo um "kit": na pasta, bolsa, mochila, "necessaire", bolsa de uso na ginástica/esporte, e mantenha um em casa, em local fixo e de fácil acesso.
- Esteja preparado para aplicar em si mesmo uma injeção em caso de emergência. Pense nessa injeção como algo que pode mantê-lo vivo até que possa ter um atendimento médico.
- Use um bracelete ou colar que informe sobre sua alergia e diga o que fazer em caso de emergência. Informe seus amigos e colegas de trabalho sobre esses procedimentos.
- Evite alimentos, substâncias químicas, drogas e outras substâncias que já causaram reações alérgicas em você. Por exemplo, se o camarão provoca em você alergia, não coma camarão (sob qualquer forma), independente da quantidade.
- Considere a possibilidade de fazer uma imunoterapia, na qual seu organismo é gradualmente exposto à substância que lhe faz mal, para torná-la menos nociva a você. A imunoterapia é muito eficaz nas alergias a insetos, mas não para alimentos ou drogas.
- Sempre informe seu médico e dentista sobre qualquer alergia a drogas que você tenha, antes que eles prescrevam alguma medicação que achem necessária. Peça-os para prescrever outra droga e solicite uma lista de drogas relacionadas. Informe também na farmácia (ao farmacêutico) sobre alergias a drogas. Há remédios comumente vendidos nas farmácias que podem causar choque anafilático.
- Cheque os rótulos dos remédios populares e de alimentos, se você tem alergia a drogas ou alimentos.
Como posso ajudar a prevenir o choque anafilático?
Saiba
que substância causa sua reação e evite essa substância. Pergunte ao
seu médico sobre tratamentos por dessensibilização, que podem ajudar em
certos casos.
Dr. H.M. Eisenberg
IMPORTANTE
- Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
- As informações disponíveis no site da Dra. Shirley de Campos possuem apenas caráter educativo.
Fonte: http://drashirleydecampos.com.br/noticias.php?noticiaid=4567&assunto=Alergia
Mastócitos
Artigo por Colunista Portal - Educação - quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
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