quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

29/12/2015 às 16h13

Brasil tem quase 3.000 casos suspeitos de microcefalia

Doença pode ter atingido recém-nascidos de 656 municípios, em 20 Estados do País
Maior número de casos foi registrado em Pernambuco (1.153), o que representa 38,76% dos casos de todo o paísEstadão Conteúdo
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (29) o último boletim epidemiológico do ano sobre microcefalia. Os dados foram copilados até o dia 26 de dezembro. Até o momento, foram notificados 2.975 casos suspeitos da doença em recém-nascidos de 656 municípios de 20 unidades da federação. Também estão sendo investigados 40 óbitos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus zika.
Das 20 unidades da federação com casos suspeitos, nove permaneceram com número de casos suspeitos iguais ao Boletim anterior divulgado na semana passada. Três Estados (TO, MG e MT) apresentaram diminuição de casos e oito apresentaram aumento de casos.
O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (1.153), o que representa 38,76% dos casos de todo o país. O estado foi o primeiro a identificar aumento de microcefalia no país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (129), Maranhão (94) e Piauí (51).
Em novembro, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações, que estão sendo realizadas de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde.
Trata-se de um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.
Também está em funcionamento, desde o dia 10 de novembro, o COES (Centro de Operações de Emergência em Saúde), um mecanismo de gestão de crise que reúne as diversas áreas para responder a esse evento.
Orientação
O Ministério da Saúde recomenda que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, além de se protegerem da exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Também faz parte destas orientações o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico.
O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.

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