Campinas tem média de 5 casos de escorpiões por semana; veja cuidados
Barreiras físicas ajudam a evitar; inseticida pode aumentar risco de picada.
De 1º de julho a 13 de dezembro, Prefeitura registrou 131 ocorrências.
Escorpiões são encontrados em casas de Campinas (Foto: Reprodução / EPTV)
Chuva antecipada e calor colaboraram para proliferação dos animais.
A jovem precisou de atendimento e foi levada para um pronto-socorro.
Campinas (SP) tem registrado uma média de 5,6 ocorrências de escorpiões por semana nos últimos seis meses, de acordo com a Prefeitura. Ao todo, 131 casos foram relatados por moradores de 1º de julho a 13 de dezembro. A coordenadora da Vigilância em Zoonoses de Campinas, Tosca de Lucca, alerta sobre os cuidados. O uso de inseticidas, por exemplo, pode aumentar o risco de picadas.
O número da administração municipal aponta um aumento de 12,9% em relação a 2014, que teve 116 registros de escorpiões no período. No entanto, nos últimos meses os moradores começaram a se deparar com os bichos com mais frequência, e a preocupação é necessária. O veneno dos escorpiões pode levar uma vítima à morte.
Os escorpiões mais comuns na região são o marrom e o amarelo. O primeiro prefere a superfície, se abriga em entulhos e telhas. O segundo prefere redes de esgoto e tubulações e tem o veneno mais potente, pode causar acidentes mais graves. Mas, os dois tipos podem levar à morte.
O G1 preparou um resumo, com auxílio da vigilância, com as dicas sobre onde os escorpiões constumam aparecer, como evitar que eles entrem nas casas, como eliminar um escorpião com segurança e o que fazer se a pessoa for picada. Confira abaixo.
Clima influencia na frequência
Com a chegada das chuvas, mais intensas este ano, e do calor, os animais tendem a se desalojar de tubulações, redes de esgoto e de outros locais usados por eles como abrigo. A atividade deles aumenta, assim como a reprodução, e, algumas vezes, vão parar nas casas e até em apartamentos.
Com a chegada das chuvas, mais intensas este ano, e do calor, os animais tendem a se desalojar de tubulações, redes de esgoto e de outros locais usados por eles como abrigo. A atividade deles aumenta, assim como a reprodução, e, algumas vezes, vão parar nas casas e até em apartamentos.
"As condições climáticas influenciam bastante. Normalmente, eles têm hábito noturno e podem ficar um longo período sem se alimentar. Se reproduzem duas vezes por ano, mas a ocorrência também está relacionada ao alimento. No calor, também aumentam as baratas, principal alimento deles", explica Tosca.
As regiões Sul e Leste de Campinas, que compreendem as regiões dos bairros São Bernardo, Jardim Nova Europa, Jardim São Pedro e Jardim Ouro Branco, foram as que registraram aumento nas ocorrências de escorpiões este ano, segundo a vigilância.
Chegam por ralos e rede elétrica
Nos imóveis, seja no térreo ou mesmo em andares altos, os escorpiões podem acessar o interior dos ambientes por meio de ralos abertos e até de conduítes de fiação elétrica e também de telefone.
Nos imóveis, seja no térreo ou mesmo em andares altos, os escorpiões podem acessar o interior dos ambientes por meio de ralos abertos e até de conduítes de fiação elétrica e também de telefone.
"Eles procuram sempre locais escuros e onde possam encontrar alimento. Assim, eles acessam o interior das casas. Em prédios, não é incomum o relato de escorpiões em andares altos, principalmente em prédios mais antigos", alerta a coordenadora da vigilância.
Criar barreiras mecânicas - como ralos fechados ou tampas em ralos abertos, proteção nas frestas de portas e janelas, colocar tela contra insetos - é o primeiro passo para não deixar que esses animais entrem nas residências.
Também há a necessidade de evitar o acúmulo de materiais inservíveis, que acabam servindo de abrigo, como entulho e materiais de construção acumulados. Manter o local sem matéria orgânica é essencial para não atrair baratas para o ambiente, alimento preferido dos escorpiões.
A possibilidade de criar galinhas em casa, segundo Tosca, pode ajudar por elas serem predadoras de escorpiões. Ajuda no controle, mas não é suficente para evitá-los totalmente.
Encontrou um? Não use inseticida
"Para nós, preocupa muito o fato da população pensar que o inseticida resolve tudo. Muito pelo contrário. Os inseticidas são contra-indicados para o controle de escorpião. Dificilmente consigo atingir o escorpião no momento da aplicação. Ele é capaz de perceber a existência de inseticida no ambiente. Os inseticidas têm um efeito irritante sobre os escorpiões, que se desalojam e aumentam, nesse momento, os riscos de um acidente", alerta Tosca.
"Para nós, preocupa muito o fato da população pensar que o inseticida resolve tudo. Muito pelo contrário. Os inseticidas são contra-indicados para o controle de escorpião. Dificilmente consigo atingir o escorpião no momento da aplicação. Ele é capaz de perceber a existência de inseticida no ambiente. Os inseticidas têm um efeito irritante sobre os escorpiões, que se desalojam e aumentam, nesse momento, os riscos de um acidente", alerta Tosca.
Fazer dedetização também não é recomendado para eliminar os escorpiões. Ao encontrar o animal, a coordenadora recomenda matar o bicho, mas sem se aproximar muito, de forma mecânica (com ajuda de uma vassoura, por exemplo).
Em seguida, o escorpião deve ser colocado em um vidro e o morador pode ligar no telefone 156 da Prefeitura para registrar o ocorrido. A administração municipal se compromete, então, a enviar técnicos da Vigilância em Saúde da região da moradia, que vão analisar o local, fazer uma vistoria detalhada no ambiente e orientar corretamente os moradores.
Foto de escorpião foi tirada por professora em escola, segundo mãe de aluna (Foto: Reprodução / EPTV)Fui picado! E agora?
A pessoa que for picada por um escorpião deve lavar o local com água e sabão e ser levada imediatamente para a unidade de saúde mais próxima. Se possível, levar o escorpião causador do acidente.
A pessoa que for picada por um escorpião deve lavar o local com água e sabão e ser levada imediatamente para a unidade de saúde mais próxima. Se possível, levar o escorpião causador do acidente.
"Nem sempre há necessidade do uso do soro. Mas, em todos os casos, as pessoas devem procurar atendimento. O soro está disponível somente em hospitais de referência, mas o encaminhamento pode ser feito pelo profissional da área da saúde da unidade mais próxima. A orientação é que a pessoa picada não perca tempo. Nos postos de saúde é feito um bloqueio para minimizar as intensas dores no local", explica Tosca.
Os acidentes tendem a ser mais graves em crianças abaixo de 7 anos de idade, idosos, pessoas com problemas de saúde - como cardiopatas, com problemas hepáticos, entre outros - e também em gestantes. Se o escorpião for um filhote, a quantidade de veneno no corpo será menor.
Caso a vítima não tenha visto o bicho que a picou, é possível, no mínimo, desconfiar que foi um escorpião devido à dor intensa, aguda e abrupta. Esses sinais devem ser relatados na unidade de saúde. É importante ficar alerta para sintomas como sonolência, náusea e vômitos, que já mostram sinais de gravidade.
Jovem é picada por escorpião e é desclassificada da Fuvest (Foto: Victória Sideri/ Arquivo pessoal)http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2015/12/campinas-tem-media-de-5-casos-de-escorpioes-por-semana-veja-cuidados.html
Surgimento de escorpiões na região de Campinas preocupa moradores
Chuva antecipada e calor colaboraram para proliferação dos animais.
'Três escorpiões na sala de aula', diz mãe de aluna de creche em Campinas.
Até em uma creche da cidade, no bairro Boa Vista, os escorpiões têm sido encontrados com frequência.
"Foram encontrados no parque que eles brincam e também na sala de aula deles. Três escorpiões na sala de aula", conta Camila Braga, gestora de RH e mãe de uma estudante. Segundo ela a escola passou por dedetização, após exigência dos pais.
Segundo o veterinário da Vigilância de Campinas Cláudio Castanha, o período de reprodução costuma começar em outubro, mas com a antecipação das chuvas, os escorpiões começaram a aparecer em agosto.
Foto de escorpião foi tirada por professora em escola, segundo mãe de aluna (Foto: Márcio Campos / EPTV)
Ocorrência na região
Em Vinhedo (SP), a ocorrência desses animais tem preocupado moradores como a dona de casa Vitória Ferraz, que tem um bebê de 9 meses.
Em Vinhedo (SP), a ocorrência desses animais tem preocupado moradores como a dona de casa Vitória Ferraz, que tem um bebê de 9 meses.
"A gente está achando demais e acha em toda parte da casa. Lavanderia, no banheiro, já achamos atrás do sofá, indo para o meu quarto. Tá demais. (...) A gente está a ponto de fechar a casa e ir embora", conta a dona de casa Vitória Ferraz.
O filho está na fase de engatinhar pela casa. "Tudo o que ele vê, ele mexe. Eu tenho medo de [o escorpião] picar ele. Perdi minha liberdade por causa disso", conta.
A Prefeitura de Vinhedo informou à EPTV, afiliada da TV Globo, que os casos na cidade ocorrem em áreas isoladas e que a vigilância tem atendido os chamados da população.
Moradores de Sumaré (SP) e Mogi Mirim (SP) também têm encontrado os animais venenosos com frequência e dentro de casa. Alguns escorpiões de grande porte.
Não podem ser erradicados
O veterinário da Vigilância explica que os escorpiões não podem ser erradicados, mas há alternativas para reduzir o aparecimento dos bichos.
O veterinário da Vigilância explica que os escorpiões não podem ser erradicados, mas há alternativas para reduzir o aparecimento dos bichos.
"Se for escorpião marrom, que é mais ligado à entulho e lixo, é pedido um manejo ambiental, uma limpeza, uma adequação do ambiente para reduzir a população desse bicho. Se for o escorpião amarelo, que é subterrâneo e de rede de esgoto, são orientadas a adoção de barreiras físicas para impedir o escorpião de sair daquele ambiente e entrar no imóvel", explica Castanha.
Ele alerta, ainda, que os marrons são menos perigosos que os amarelos. Este últimos são mais peçonhentos e podem levar a vítima a óbito dependendo do peso dela.
Escorpiões foram encontrados por moradora de Vinhedo (Foto: Reprodução / EPTV])Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2015/12/surgimento-de-escorpioes-na-regiao-de-campinas-preocupa-moradores.html
Jovem é picada por escorpião, passa mal e abandona Fuvest em Campinas
A jovem precisou de atendimento e foi levada para um pronto-socorro.
De acordo com a instituição, candidata vai ser eliminada da disputa.
Pronto Atendimento da Vila Padre Anchieta, em Campinas (Foto: Reprodução EPTV)Uma candidata da Fuvest abandonou a prova neste domingo (29) em uma das salas da Universidade Paulista (Unip), no bairro Swift, em Campinas (SP). Ela passou mal devido a uma picada de escorpião durante a madrugada.
Do local de provas, a vestibulanda, de 18 anos, foi levada para o Pronto-Socorro da Vila Padre Anchieta e liberada às 17h, após um período de observação. Ela foi medicada com analgésicos porque o médico observou que o ferimento já havia ocorrido há muito tempo.
De acordo com a assessoria de imprensa da Fuvest e a Prefeitura de Campinas, o ataque ocorreu na casa onde a estudante mora, por volta das 3h. A prova teve início às 13h.
Eliminada
A candidata foi eliminada por ter abandonado o local antes do prazo estabelecido no edital do processo seletivo. O teste só poderia ter sido feito no hospital, caso ela tivesse feito o pedido antecipadamente.
A candidata foi eliminada por ter abandonado o local antes do prazo estabelecido no edital do processo seletivo. O teste só poderia ter sido feito no hospital, caso ela tivesse feito o pedido antecipadamente.
O horário em que ela começou a passar mal não foi informado pela Fuvest, porque o relatório ainda não havia sido entregue à direção do vestibular. Isso é feito apenas após o término da prova. Os candidatos têm até as 18h para finalizar o exame. Em Campinas, 28.121 se inscreveram para o vestibular da Fuvest.
Neste ano, estão aptos para fazer a primeira fase do vestibular 142.721 candidatos, que disputam 9.688 vagas, sendo 9.568 de cursos da USP e 120 da medicina da Santa Casa. Do total, 14.140 são treineiros.
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