terça-feira, 22 de dezembro de 2015

22/12/2015 às 13h46 (Atualizado em 22/12/2015 às 13h50)

Ministério reforça atenção ao zika nos hemocentros após suspeita de transmissão do vírus por transfusão

Em Campinas (SP) foi registrada uma suspeita de infecção do vírus pelo sangue
o ministério pediu aos hemocentros um reforço na triagem de doadoresThinkstock
O Ministério da Saúde pediu a colaboração dos hemocentros espalhados pelo País para adequar os critérios no procedimento de doação de sangue, nesta terça-feira (22). A atenção reforçada acontece diante da epidemia de zika vírus no Brasil.
Em Campinas (SP) foi registrada uma suspeita de infecção de uma pessoa com o vírus por meio de uma transfusão de sangue. Até então, a doença tinha sido transmitida apenas pelo mosquito Aedes aegypti.
Por conta disso, o ministério pediu aos hemocentros um reforço na triagem de doadores. Será feito um questionário para saber se os candidatos sofreram com febre, dores articulares e musculares, manchas no corpo, entre outros sintomas do zika vírus, nos últimos 30 dias. Se for constatada a infecção, a pessoa se torna inapta para doação durante um mês.
Também foram enviadas orientações pós-doação de sangue, para detectar possíveis transmissões da doença. Os hemocentros devem pedir aos doadores que os informem em caso de apresentar sintomas como febre, exantemas ou diarreia até sete dias depois da doação de sangue. As unidades também devem intensificar o monitoramento das transfusões para possíveis reações adversas no período imediato de duas semanas.
Apesar dos critérios mais rígidos, o secretário de Atenção a Saúde, Alberto Beltrame, pede que a população não deixe de doar sangue. Ele afirma que o Brasil tem um dos sistemas transfusionais mais seguros do mundo, e que as medidas são apenas prevenções contra boatos que possam prejudicar o estoque dos hemocentros.
— Não há motivo para queda da doação, pelo contrario, é momento de reforçar, momento de necessidade de que pessoas doem sangue. O mote da nossa campanha é que “doar sangue é compartilhar vida“. Mais do que nunca é necessário, importante reforçar e chamar a sociedade para ato de solidariedade humana, especialmente no verão, quando caem estoques e sobe a demanda.

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