sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

4/12/2015 às 00h28

Bebê nasce com síndrome tão grave que pode morrer se ganhar um beijo da própria mãe

Defesas do corpo do pequeno Samuel não conseguem lutar contra nenhum tipo de infecção
 
Tio de Samuel também sofre da mesma síndrome, que só afeta meninos e tem características hereditárias Reprodução/mirror.co.uk
 
Qual mãe não sonha em cobrir seu filho de beijos todos os dias? Infelizmente, Pamela Roberts não pode dar o afeto que tanto sonha ao seu pequeno Samuel, de apenas três meses de idade. Isso porque o menino é portador de uma condição genética rara e muito séria, e, por causa disso, apenas um beijo dela poderia matá-lo.
A síndrome de imunodeficiência combinada de Samuel faz com que seu organismo seja incapaz de lutar contra infecções. Muitos dos pacientes que desenvolvem a doença acabam morrendo em cerca de um ano do nascimento, se não receberem o tratamento adequado.
Atualmente, Samuel, nascido em Prescot, no distrito de Liverpool (Inglaterra), se recupera de um transplante de medula óssea realizado recentemente.
Pamela e o marido, Ian Miller, sabiam da condição do filho desde antes do seu nascimento. O tio de Samuel, irmão de Pamela, também é portador da mesma síndrome, que tem características hereditárias e afeta apenas meninos.
A mãe conta que foram realizados diversos exames logo no começo da gestação, até que se tivesse, enfim, o diagnóstico exato.
— Eu sabia o que significaria para ele ter SCID, então logo de cara já busquei ajuda de um hospital especializado. Quando descobrimos, foi um choque. Acho que, principalmente, porque meu irmão tem a mesma doença, então sei como funciona.
Com amostras do DNA de Samuel em mãos, os médicos conseguiram, por fim, encontrar um doador de medula óssea compatível com o bebê antes mesmo que ele nascesse, em 11 de agosto deste ano.
Samuel pode ir para casa com os pais e permanecer lá por seis semanas, que é o tempo em que o sistema imunológico ainda está protegido contra infecções por conta do tempo em que o bebê passou no útero da mãe.
Após estas seis semanas, ele precisou voltar ao hospital, em Newcastle, onde foi colocado em uma espécie de incubadora protegida e esterilizada, com ar filtrado, a fim de mantê-lo protegido contra quaisquer infecções. Apenas os pais do menino e uma reduzida equipe de especialistas tinham autorização para entrar na “bolha”.
— Foi muito difícil. Ninguém quer ter um filho doente, que precise passar por isso. São muitos procedimentos dolorosos, e você só quer levá-lo para casa. É horrível ver seu bebezinho em um hospital, mas você tem que lidar com isso. Você tem que ser forte pelo seu filho.
Samuel ainda precisou passar por um ciclo de quimioterapias e algumas cirurgias antes do transplante, que vai ajudá-lo a desenvolver um sistema imunológico saudável.

Nenhum comentário :

Postar um comentário