quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

23/12/2015 às 11h22

Após México, Filipinas aprovam vacina contra dengue

Na Ásia, 67 milhões de pessoas contraem dengue todos os anos
Aedes é mosquito transmissor da dengueRafael Neddermeyer/Fotos Públicas
Após aprovação no México no começo do mês, as Filipinas também aprovaram a vacina contra a dengue do laboratório Sanofi Pasteur, segundo comunicado da empresa desta quarta-feira (23).Esse é a primeiro país da Ásia a aprovar o imunizante. 
A Agência de Administração de Medicamentos e Alimentos das Filipinas concedeu o registro da vacina tetravalente contra a dengue para a prevenção da doença causada por todos os quatro tipos de dengue em pessoas de nove a 45 anos de idade que vivem em áreas endêmicas.
Globalmente, o impacto da dengue na Ásia tem sido o maior, com cerca de 67 milhões de pessoas que contraem a doença anualmente. 
Segundo o laboratório, o desenvolvimento deste produto levou cerca de 20 anos. Até o fim de 2015, 20 países, pelo menos, terão um pedido de registro em suas respectivas agências regulatórias.  
No Brasil, em outubro, a  CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) aprovou a liberação comercial da do produto no Brasil. Falta agora o registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O pedido foi submetido à agência em março deste ano e não tem prazo para o resultado final do processo.
O infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações), ressaltou a complexidade do processo, em função da variação conhecida de quatro tipos da doença.
— A vacina da dengue é uma vacina quimérica, com pedações do vírus usados para o processo de imunização. É uma vacina que levou muito tempo para ser estruturada, pois foi necessário reconhecer quais pedaços da dengue 1,2,3 ou 4 deveriam estar contidos na vacina.
A vacinação é composta de três doses, injetáveis, a serem aplicadas em intervalos de seis meses. Kfouri ressaltou que a vacina tem eficácia de cerca de 60% nos casos mais rotineiros. 
Em relação aos casos graves, em que se incluem dengue hemorrágica, a eficácia, segundo ele, é de em torno de 90%. Já a taxa de hospitalização é evitada em cerca de 80% dos casos.

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