quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

26/11/2015 às 09h10 (Atualizado em 26/11/2015 às 09h57)

SP registra 2 casos de microcefalia em bebês

Especialistas suspeitam que má-formação tenha ligação com a contaminação por zika vírus
 
Brasil vive surto de microcefalia EDMAR MELO/JC IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO

A cidade de São Paulo já registrou dois casos de microcefalia com suspeita de relação com o zika vírus, de gestantes vindas de Estados do Nordeste.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, uma das mulheres deu à luz na semana passada, no Hospital Municipal Mário Degni, no Butantã, zona oeste da capital. A outra está com 36 semanas de gestação, mas a má-formação já foi diagnosticada durante um exame de imagem feito na Santa Casa de São Paulo, onde está sendo atendida.

A primeira engravidou na Paraíba e passou o início da gestação naquele Estado, onde 96 casos de microcefalia já foram registrados. A segunda veio de Pernambuco, Estado com o maior número de registros até agora: 487.

A capital tem uma média histórica de 10 a 15 casos de microcefalia por ano, causados por outros fatores, como rubéola e consumo de drogas. Neste ano, já haviam sido notificados 12. Mas os dois novos casos são os primeiros da cidade com suspeita de relação com o zika.

Brasil vive surto de microcefalia EDMAR MELO/JC IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO
A cidade de São Paulo já registrou dois casos de microcefalia com suspeita de relação com o zika vírus, de gestantes vindas de Estados do Nordeste.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, uma das mulheres deu à luz na semana passada, no Hospital Municipal Mário Degni, no Butantã, zona oeste da capital. A outra está com 36 semanas de gestação, mas a má-formação já foi diagnosticada durante um exame de imagem feito na Santa Casa de São Paulo, onde está sendo atendida.

A primeira engravidou na Paraíba e passou o início da gestação naquele Estado, onde 96 casos de microcefalia já foram registrados. A segunda veio de Pernambuco, Estado com o maior número de registros até agora: 487.

A capital tem uma média histórica de 10 a 15 casos de microcefalia por ano, causados por outros fatores, como rubéola e consumo de drogas. Neste ano, já haviam sido notificados 12. Mas os dois novos casos são os primeiros da cidade com suspeita de relação com o zika.

Em todo o Estado, foram confirmados dois casos autóctones do zika vírus: um em Sumaré e outro em São José do Rio Preto, ambos no interior. As contaminações aconteceram no primeiro semestre do ano.

Gravidez
Padilha afirmou que as mulheres não devem ser desencorajadas a engravidar — como já disseram técnicos federais —, mas devem redobrar os cuidados. "A dengue é potencialmente mais grave para uma grávida do que o zika porque pode causar a morte da gestante ou um aborto. O que deve ser feito é redobrar o cuidado com o combate ao mosquito, porque aí estaremos nos prevenindo da dengue e do zika", disse.

Medidas
Além de editar norma no dia 11 deste mês, orientando os hospitais a notificarem casos suspeitos de microcefalia, mesmo antes do nascimento da criança, a Secretaria Municipal da Saúde convocou uma reunião na quarta-feira (25), com 1.200 representantes de unidades de saúde públicas e privadas para capacitação de gestores no enfrentamento da dengue e do zika vírus.

A pasta convocou também os serviços particulares pelo fato de 40% das 23 mortes por dengue ocorridas no ano terem sido registradas nesse tipo de estabelecimento. A secretaria apresentou regras detalhadas sobre diagnóstico e notificação do zika e medidas que serão tomadas contra a dengue no próximo verão, entre elas a aplicação de larvicida em imóveis da capital paulista, instalação antecipada de dez tendas de atendimento, aplicação de testes rápidos de diagnóstico, entre outras.

Segundo o secretário da Saúde, Alexandre Padilha, a expectativa é de que a epidemia do próximo ano seja ainda mais grave do que neste ano, quando 100 mil pessoas tiveram a doença.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/sp-registra-2-casos-de-microcefalia-em-bebes-26112015  

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