terça-feira, 22 de dezembro de 2015

21/12/2015 às 19h13 (Atualizado em 22/12/2015 às 07h14)

EUA derrubam proibição de 30 anos para doações de sangue por homens gays

De acordo com a agência estatal reguladora, a decisão teve como base um exame dos últimos dados científicos 

O governo dos Estados Unidos derrubou nesta segunda-feira (21) a proibição de 30 anos para doações de sangue por homens gays, dizendo que eles agora podem doar 12 meses depois do seu último contato sexual com outro homem.
A agência para alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) afirmou que sua decisão de reverter a política teve como base um exame dos últimos dados científicos que mostram que uma proibição indefinida não é necessária para prevenir a transmissão do HIV, o vírus que causa a Aids.
"No fim das contas, a janela de 12 meses de espera é apoiada pela melhor evidência científica disponível, neste momento, de relevância para a população dos Estados Unidos", declarou o vice-diretor da divisão biológica da FDA, Peter Marks, em comunicado.
A medida alinha os EUA a outros países como o Reino Unido, a Austrália e a Nova Zelândia, que também têm períodos de espera de 12 meses. Defensores dos direitos gays afirmaram que a nova política continua discriminatória.
"É ridículo e contrário à saúde pública que um homem gay casado numa relação monogâmica não possa doar sangue, mas que um homem heterossexual promíscuo, com centenas de parceiras sexuais no último ano, possa", declarou o parlamentar democrata Jared Polis.
A FDA afirmou que tem trabalhado com outras agências do governo, considerado a contribuição de organismos externos e "cuidadosamente examinado as evidências científicas mais recentes disponíveis para sustentar a revisão da política".
A agência declarou que suas políticas têm ajudado a reduzir a transmissão de HIV por transfusão de sangue de 1 em cada 1.200 para 1 em cada 1,47 milhão.

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