domingo, 20 de dezembro de 2015

Água de caminhões pipa no NE terá larvicida para combater zika

Governo espera que ação evite proliferação do mosquito Aedes Egypti

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Mãe segura seu bebê enquanto espera por consulta sobre o caso de microcefalia em hospital de Recife - Edmar Melo / Agência O Globo

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde informou que a água distribuída pelos caminhões pipa no Nordeste terá larvicida para destruir as larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika. O vírus é tido por especialistas como o responsável pelo recente aumento de casos de bebês nascidos com microcefalia.
Nesta terça, o governo informou que já são 1761 casos suspeitos de microcefalia no Brasil. No ano passado, foram apenas 147 notificações. O governo espera que os caminhões com larvicida evitem a proliferação do mosquito, uma vez que a região enfrenta secas intensas e a população precisa usar reservatórios de água.
- Nós vamos colocar o larvicida na água transportada nos carros pipa, para quando a água for distribuída para as casas ela já estar preparada para destruir as larvas do mosquito. Esta é a nossa ação principal que vamos fazer agora - explicou o ministro Marcelo Castro, titular da pasta, após uma reunião com 21 governadores no Palácio do Planalto para discutir estratégias de combate ao vírus.
Ao dar orientações para evitar a contaminação, Castro afirmou que as pessoas devem evitar ficar com partes do corpo expostas e disse considerar que os homens se protegem mais que as mulheres.
- É preciso evitar de todas as maneiras o contato com o mosquito da da dengue, através de calça comprida, de meia sapato. Eu percebo que os homens se protegem melhor que as mulheres. As mulheres normalmente ficam de perna de fora e quando usam calça, usam sandália. E o mosquito é um tanto tímido, não é tao agressivo quanto pernilongo. Ele chega devagar e encosta nas extremidades.
Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira,o Brasil já registrou 1.761 casos suspeitos de microcefalia, distribuídos por 422 cidades de 14 unidades da federação. Há ainda 19 mortes de bebês com a doença que estão sob investigação e que podem estar relacionadas ao vírus zika. No boletim anterior, apresentado na segunda-feira da semana passada, eram 1.248 casos. Em 2014, foram 147 casos em todo o Brasil.

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